Todo metido a valentão, o influenciador digital Wellington Macedo de Souza permaneceu covardemente em silêncio e não respondeu a nenhuma pergunta durante o seu depoimento na CPMI dos Atos Golpistas nesta quinta-feira (21). O homem-bomba bolsonarista, que participou da tentativa de explosão de um caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília na véspera do Natal do ano passado, está preso desde 14 de setembro após ser capturado em Cidade do Leste, no Paraguai.
A autorização para ele permanecer calado foi dada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), até que insistiu várias vezes para obter alguma resposta, mas sem sucesso. “Eliziane direcionou suas perguntas para a atividade golpista e terrorista do blogueiro. Também ressaltou a insistência de pedidos de Pix e observou que ele estava desempregado, mas comprou um SUV de R$ 150 mil”, descreve o site UOL.
Condenado a seis anos de cadeia
Wellington Macedo foi condenado em agosto deste ano pela Justiça do Distrito Federal a seis anos de prisão. Ele foi acusado de “expor a integridade física da população mediante uso de explosivo, colocado próximo a um caminhão-tanque estacionado nos arredores do aeroporto de Brasília”. O criminoso já era conhecido nos meios políticos. Como lembra o site UOL, “o blogueiro trabalhou como assessor da ex-ministra e hoje senadora Damares Alves (Republicanos-DF) de fevereiro a dezembro de 2019, com um salário bruto de R$ 10.373”.
“Em 2021, ele foi preso após incentivar atos antidemocráticos no 7 de setembro daquele ano, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Wellington ficou preso por 42 dias em 2021, foi solto e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. No ano passado, ele se candidatou a deputado federal por São Paulo, pelo PTB, mas recebeu apenas 1.118 votos e não conseguiu se eleger”. Na sequência, o valentão fugiu e só foi descoberto recentemente foragido no Paraguai. Uma ação conjunta da Polícia Nacional do país vizinho e da Polícia Federal brasileira permitiu a sua detenção.
Durante seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, a senadora e ex-ministra Damares Alves – também chamada de Damares da Goiabeira – não deu o ar da graça para criticar ou apoiar o seu ex-assessor. A ausência do seu pronunciamento foi tão sentida quanto o silêncio acovardado do falante blogueiro bolsonarista.
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