quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Além de golpista, Daniel Silveira é ladrão

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


A Agência Brasil revelou nesta terça-feira (14) que “o Ministério Público Federal pediu à Justiça a condenação do ex-deputado Daniel Silveira pelo desvio de R$ 220 mil dos cofres públicos. Ele é acusado de improbidade administrativa. O MPF afirma que Daniel usou a verba de gabinete da Câmara dos Deputados para pagar um serviço que nunca foi prestado”. O truculento bolsonarista, que está preso na penitenciária de Bangu-8 por atentar contra a democracia, agora também é acusado por roubo.

Segundo a reportagem, “em julho de 2019, o então deputado federal pediu à Câmara o reembolso por serviços contratados pelo próprio gabinete. A nota fiscal no valor de R$ 10 mil atesta que um advogado trabalhou como consultor para elaboração de um projeto de lei. O estudo era sobre a liberação do uso de armas não letais por professores da rede pública e privada. Daniel Silveira ganhou o reembolso da Câmara, mas para o MPF esse serviço nunca foi prestado pelo advogado”.

O ex-deputado desviou R$ 220 mil da Câmara

“A investigação revelou que, semanas antes, o então deputado já havia pedido o mesmo estudo à Consultoria Legislativa da Câmara. Em 2021, Silveira e o advogado Samuel Pinheiro Maciel foram acusados de improbidade administrativa. Num período de dois anos, o deputado ganhou R$ 220 mil da Câmara depois de apresentar 22 notas fiscais da suposta consultoria particular. Nesse mesmo intervalo, Silveira fez 63 pedidos aos especialistas da Câmara. Os investigadores concluíram que ‘os serviços supostamente prestados por Samuel Pinheiro Maciel foram realizados pela Consultoria Legislativa’”.

A ação pelo roubo dos R$ 220 mil tramita na Justiça Federal de Petrópolis (RJ), cidade da região serrana onde o troglodita morava e onde funcionava o escritório que emitiu as notas fiscais. “Em um relatório da investigação, anexado ao processo na semana passada, o MPF afirma que causou estranheza o fato de não existir nenhum diálogo entre os acusados nem pesquisas realizadas em 2019, ano em que o contrato foi assinado. O MPF pediu a condenação do ex-deputado e do advogado por improbidade administrativa. O relatório afirma que houve enriquecimento ilícito dos acusados e prejuízo aos cofres públicos”, descreve a Agência Brasil.

STF rejeita pedido para reduzir a pena de oito anos

Pelo jeito, Daniel Silveira não sairá tão cedo da cadeia. Em meados de outubro passado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou reduzir a pena do fascista de oito anos e nove meses de prisão. Segundo postagem na ocasião do site UOL, “a defesa pediu que fossem contabilizados na pena total os períodos em que o ex-deputado esteve em prisão domiciliar... O advogado também afirmou que a limitação do uso de redes sociais e a proibição em conceder entrevistas ‘afetaram a vida’ de Silveira’”.

O ministro do STF não se comoveu com a choradeira. “Alexandre de Moraes afirmou que a redução de pena nessas condições não existe e ressaltou que Silveira violou o monitoramento eletrônico diversas vezes, como consta no relatório da Polícia Federal feito sobre o caso e entregue à Procuradoria-Geral da República e ao STF. A PGR foi consultada e também se posicionou contra o pedido do ex-deputado”, registrou o site.

Bolsonaristas abandonam o troglodita na cadeia

Prova da dramática situação do troglodita é que ele foi totalmente abandonado pelo ex-presidente fujão Jair Bolsonaro, por seus filhotes e seus milicianos. Matéria do site Metrópoles postada no final de julho destacou no título de “Lista de visitas a Daniel Silveira mostra abandono por bolsonaristas”. Segundo a notinha, “preso novamente desde fevereiro deste ano, o ex-deputado não recebeu visitas na prisão de seus antigos aliados políticos. A lista de visitas, obtida pela coluna via Lei de Acesso à Informação, mostra que o bolsonarista só recebeu familiares”.

“Durante a eleição, Daniel Silveira foi usado como trampolim político por várias figuras aliadas interessadas em surfar na onda de ataques ao STF. Após sua derrota na corrida pelo Senado, pelo PTB do Rio de Janeiro, e sua posterior condenação, que o tornou inelegível, Silveira foi abandonado por políticos bolsonaristas e até pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem era próximo. A interlocutores, Silveira vinha reclamando do abandono. A situação, também de acordo com esses interlocutores, teria levado o ex-deputado à depressão”.

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