Charge: Aroeira |
O “olavete” Abraham Weintraub, que era um bajulador pegajoso do fascista Jair Bolsonaro quando foi seu ministro/sinistro da Educação, virou um tormento para os bolsonaristas. Ele não perdoa seus ex-amiguinhos e nem o seu ex-mito. Vale acompanhar suas postagens nas redes sociais. Elas são hilárias. Nesta terça-feira (12), por exemplo ele ironizou os eleitores do governador-forasteiro Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamando-os de “otários”.
Pelo X (antigo Twitter), o venenoso reagiu às notícias veiculadas pela imprensa sobre o cordial encontro entre o presidente Lula e o gestor paulista para tratar de investimentos públicos. Em evento no Palácio do Planalto, o governador bolsonarista discursou e fez elogios ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. De imediato, Abraham Weintraub tripudiou: “Vocês que votaram no Tarcísio… Será que foram feitos de otários?”. Ele ainda destacou uma imagem do encontro. “Olha a foto, que bonita… Otários!”.
Durante as eleições do ano passado, o ex-ministro tentou viabilizar a sua candidatura ao governo de São Paulo, mas foi rifado pelo “capetão” – que adora abandonar seus soldados pela estrada. Frustrado e magoado, ele até disputou uma vaga de deputado federal, mas foi rejeitado pelos eleitores paulistas. Agora, sua diversão é falar algumas verdades sobre o ex-presidente fujão e atazanar os seus capachos. Em junho passado, ele trocou tiros com o próprio Jair Messias Bolsonaro, conforme registrou na ocasião o jornal Estadão.
O "cafetão" e os tchutchucas do Centrão
“Weintraub chamou o ex-chefe do Executivo de ‘cafetão’ por estar recebendo dinheiro por transferências via Pix de apoiadores. Bolsonaro desdenhou da declaração do ex-aliado, afirmando, em entrevista, que ele ‘não merece destaque’. Nas redes sociais, Weintraub rebateu e sugeriu um duelo entre os dois: ‘Pode escolher local e hora’”, descreve a reportagem. Pelas redes sociais, o lacrador provocou os seguidores do fascista “Vamos lá, tchutchucas do centrão! O cafetão precisa do seu Pix! Liberem todo esse patriotismo de vocês”, tuitou.
Dias depois, em 26 de junho, durante uma coletiva na Assembleia Legislativa de São Paulo, Jair Bolsonaro disse que seu ex-puxa-saco “não possui cargo público que mereça destaque” na mídia. Afirmou ainda que ele segue uma “linha bastante agressiva de agir”" e sugeriu que as críticas são motivadas por rancor. “Eu não vou falar em ingratidão aqui. Então, ajudamos ele a se estabelecer, e depois ele veio para o Brasil, achando que seria recebido nos braços do povo como candidato a governador... Eu lamento a palavra cafetão”, choramingou.
Irritado, Abraham Weintraub convidou o ex-presidente pra briga. "Você @jairbolsonaro não tem coragem de falar isso na minha cara! Pode escolher local e hora. Trazer os filhos juntos e até aquela Michelle que você conheceu com o Valdemar (presidente do PL) e se faz de santa. Desmascaro todos vocês”. Ele também afirmou que o “cafetão” é “covarde, ladrão, mentiroso e frouxo” e que “sempre se esconde, como um rato, atrás dos outros”.
Ex-ministro foi rifado e teve 4.057 votos
Como lembrou o Estadão, as desavenças entre os dois fascistoides só têm se aguçado. “Weintraub deixou o comando do Ministério da Educação (MEC), em junho de 2020, após acumular crises nos 14 meses em que esteve à frente da pasta e após a divulgação de vídeo de reunião ministerial na qual ele defendeu a prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os quais chamou de ‘vagabundos’. Após ser exonerado do MEC, foi para os Estados Unidos, assumiu o cargo de diretor-executivo do Banco Mundial em julho de 2020, e passou a receber, na época, um salário de US$ 21,5 mil mensais”.
“O ex-ministro anunciou sua pré-candidatura ao governo de São Paulo em abril de 2022. Os conflitos entre Jair Bolsonaro e Abraham Weintraub se intensificaram nesse período, quando ele renunciou ao cargo no Banco Mundial para focar na campanha. Weintraub desistiu de concorrer ao Palácio dos Bandeirantes no fim de julho. O candidato apoiado pelo ex-presidente foi Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi eleito. O ex-chefe do MEC disputou uma cadeira na Câmara, mas não obteve sucesso, com 4.057 votos”.
0 comentários:
Postar um comentário