domingo, 25 de fevereiro de 2024

PL suspende salário do general Braga Netto

Charge: Aroeira/247
Por Altamiro Borges


O ex-todo-poderoso general Walter Braga Netto – que foi ministro da Casa Civil e da Defesa do covil fascista e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro – deve estar amargurado. Abandonado por seus pares, ele vive uma delicada fase de isolamento político. Segundo recente nota da Veja, o milico já foi rifado até pelo alto comando do Exército – que tenta limpar a imagem suja da instituição. Nesta semana, ele perdeu também uma mamata no seu partido de aluguel, que resolveu cortar a sua remuneração de aproximadamente R$ 30 mil.

Segundo matéria da Folha, “o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, suspendeu os salários de Walter Braga Netto e de Marcelo Câmara de cargos no partido, em meio às investigações da Polícia Federal sobre tentativa de golpe”. O general ocupava o cargo de secretário nacional de relações institucionais da sigla. Além do salário, o PL ainda custeava um flat para o milico golpista em Brasília.

Em nota, o partido justificou o fim da mamata argumentando que ambos não têm mais função. “Com relação à suspensão dos contratos de trabalho dos senhores Marcelo Costa Câmara e Walter Souza Braga Netto, o Partido Liberal informa que, conforme reiterada jurisprudência, havendo impedimento temporário na prestação de serviços em decorrência de prisão preventiva ou cautelar diversa que gere, igualmente, impedimento na execução das atividades laborais, o respectivo contrato deve ser suspenso enquanto perdurar tal situação”.

Cela VIP no QG do Exército

Valdemar Costa Neto, que também foi alvo da Polícia Federal na megaoperação “Tempus Veritatis” (Tempo da Verdade) – e que acabou no xilindró por três dias porque os agentes acharam uma arma com registro vencido e uma pepita de ouro de garimpo ilegal –, parece não estar disposto a peitar o Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, por exemplo, enquanto os “valentões” Jair Bolsonaro e Braga Netto se acovardaram e ficaram calados em depoimentos na PF, o chefão do PL preferiu responder às perguntas por cerca de três horas.

Com o avanço das investigações, o próprio “capetão” poderá abandonar o general-capacho na estrada. A sorte dele é que o Exército, segundo a especulação da Veja, já aprontou uma cela VIP no quartel-general de Brasília.

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