domingo, 13 de julho de 2014

“Elite branca” volta a vaiar Dilma

Por Altamiro Borges

Ao entregar a taça de campeã à seleção alemã, neste domingo no Maracanã, Dilma Rousseff voltou a ouvir vaias e alguns palavrões. As grosserias foram bem menores do que as registradas na abertura da Copa do Mundo, no estádio do Itaquerão, mas devem reacender a polêmica sobre a origem de classe destes “indignados”. O tema já foi motivo de controvérsia entre a própria presidenta e seu ministro Gilberto Carvalho, chefe da Casa Civil. Mas uma rápida olhada nos perfis dos frequentadores dos estádios nestes 30 dias de Copa no Brasil não deixa qualquer margem à dúvida. A esmagadora maioria pertence à chamada “elite branca”, segundo a clássica definição do liberal Claudio Lembo. 

Rivaldo dá canelada em Galvão Bueno

Por Altamiro Borges

Na sua última narração de um jogo do Brasil – ele prometeu, mas ninguém acredita –, Galvão Bueno cometeu mais um de seus famosos deslizes. Justificou, assim, um antigo clamor dos estádios: “Cala boca, Galvão”. Após transmitir a derrota da seleção diante da Holanda no sábado (12), o apresentador da Globo apresentou sua lista dos maiores craques do país. “A história do futebol brasileiro foi escrita por Pelé, Garrincha, Didi, Nilton Santos, Tostão, Zagallo, Gerson, Rivellino, Jairzinho, Romário, Ronaldo… e também por aqueles que não conquistaram o título, como o Junior, Casagrande, Falcão, Zico, Sócrates. A história escrita por esses jogadores merecia uma participação melhor [nesta Copa]”.

Banqueiro ladrão não vai pra cadeia!

http://www.marciobaraldi.com.br/
Por Altamiro Borges

Banqueiro larápio não vai mesmo para a cadeia no Brasil. Ele conta a proteção do Poder Judiciário – o mais hermético e corrupto do país – e com a cumplicidade da mídia privada, que adora promover a escandalização da política, mas blinda os seus bilionários anunciantes. Na sexta-feira (11), a Justiça Federal condenou Carlos Eduardo Schahin, sócio do antigo Banco Schahin, a quatro anos de prisão em regime semiaberto e a multa de R$ 670 mil por evasão de divisas. Mas ele continuará livre e solto. Na mesma semana, Ângelo Calmon de Sá, ex-presidente do Banco Econômico, anunciou que pedirá a revisão da sua pena de sete anos de reclusão – que ele nunca cumpriu na cadeia.

Ativistas presos na véspera da decisão

Por Altamiro Borges

Numa ação arbitrária, a Polícia Civil do Rio de Janeiro deteve neste sábado (12), véspera da decisão da Copa do Mundo no Maracanã, 19 ativistas sob a alegação de que teriam organizado protestos na cidade desde a chamada jornada de junho do ano passado. Eles foram acusadas de formação de quadrilha e de envolvimento em atos de vandalismo. Entre os presos está Elisa Quadros Pinto, a Sininho, detida em Porto Alegre e transferida à capital carioca. O chefe da Polícia Civil, Fernando Veloso, ainda justificou as detenções temporárias alegando ter “informações de que essas pessoas planejavam provocar torcedores argentinos [na final do Mundial] para gerar confronto”.

O batalhão de funcionários de Barbosa

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que mais surpreende na notícia de que Joaquim Barbosa quer garantir o emprego de 46 pessoas de seu gabinete não é o fato em si.

Todo mundo, quando se aposenta, se esforça para que seus subordinados sobrevivam.

O que realmente chama a atenção é o número de funcionários de JB: 46. É um pequeno exército.

Argentina e o complexo de vira-lata

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O complexo de vira-latas também se manifesta, em nosso colunismo ancien regime, na xenofobia contra os argentinos, compreensível e tolerável como brincadeira popular, mas inaceitável enquanto política editorial de jornalões metido a sérios. A insinuação reiterada de que seria uma “vergonha” entregar a taça à Messi apenas revela a pobreza de espírito da nossa mídia.

Sem monopólio de transmissão... nos EUA

Por Heloisa Villela, de Nova York, no blog Viomundo:

Cento e dez milhões de telespectadores. Este foi o público da última final do campeonato de futebol americano, o Super Bowl, no dia 2 de fevereiro deste ano.

Com um público desta envergadura, não é à toa que o futebol americano fique com o filé mignon, ou melhor, com o caviar do bolo publicitário, não apenas dos eventos esportivos mas dos eventos que a televisão dos Estados Unidos transmite ao vivo. Para se ter uma ideia, cada comercial de trinta segundos, nos intervalos da partida, custou cerca de 4 milhões de dólares. Claro, a exposição é garantida.

O sucesso econômico da Copa

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Dados divulgados esta semana já consolidam o sucesso da Copa do Mundo no Brasil do ponto de vista econômico e de negócios, apesar de a oposição e setores da mídia nos últimos meses terem apostado no fracasso desses aspectos. Um dos estudos mais importantes aponta para estimativas segundo as quais o maior evento do futebol mundial deve somar cerca de R$ 30 bilhões à economia do país. A pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) foi encomendada pelo Ministério do Turismo e feita a partir dos números consolidados durante a realização da Copa das Confederações no ano passado, que injetou R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro.

A derrota da seleção e a fracassomania

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O debate sobre os destinos do futebol brasileiro pode até ser necessário, mas não vale exagerar na fracassomania.

Se a derrota por 7 a 1 para a Alemanha é uma lembrança trágica, merecida, o quarto lugar depois dos 3 a 0 contra a Holanda não pode ser visto como uma tradução daquilo que se viu em campo.

A malandragem para defender a CBF

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Macumba ideológica: uma receita de como defender o indefensável e impedir as mudanças.

Confiram:

1. FIFA e CBF manobrando interesses gigantescos do marketing esportivo e dos direitos de transmissão montaram uma estrutura mundial de corrupção.

2. Aí, a CBF impõe ao Brasil o maior vexame futebolístico da história.

O reacionarismo político no Brasil

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Os ataques do articulista da revista Veja, Rodrigo Constantino, detonando o Plebiscito Popular sobre uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, mostram o pavor que a direita tem desta proposta.

Quando a presidenta Dilma lançou a proposta de um plebiscito legal que decidisse a convocação de uma Constituinte, o pensamento reacionário cerrou fileiras. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, porta-voz do pensamento de direita, imediatamente afirmou: “Fui dormir na Espanha e acordei na Venezuela”. Foi a senha para que se desatassem discursos irados acusando o plebiscito de “golpe”.

O futebol e seus mistérios

Por Celso Vicenzi, no site da Adital:

Sim, há muitas explicações. Nenhuma delas suficiente, tampouco convincente. Darão boa ou má literatura, inesgotável assunto para mesas de bar e mesas-redondas de futebol na TV. Páginas e páginas serão escritas, milhões de comentários nas redes sociais. Os mais exaltados xingarão o técnico, os jogadores, o país onde vivem. Haverá oportunistas, como sempre. E também mal-educados. Não faltarão os que sempre irão se curvar diante da "superioridade europeia”, resquícios de um passado de nação colonizada que, gradativamente, parece perder sua força. Mas é possível identificar também muitos brasileiros sensatos, que amam seu país, capazes de separar vida e jogo, política e esporte, virtudes e defeitos de uma nação.

Israel, EUA e a barbárie em Gaza

Por Noam Chomsky, no site Outras Palavras:

Às três da madrugada (horário de Gaza), de 9 de julho, em meio ao último exercício de selvageria de Israel, recebi um telefonema de um jovem jornalista palestino em Gaza. Ao fundo, podia ouvir o lamúrio de seu filho pequeno, entre sons de explosões de jatos, atirando sobre qualquer civil que se mova e sobre casas. Ele acabava de ver um amigo, num carro claramente identificado como “imprensa”, voar pelos ares. E ouvia gritos ao lado de sua casa, após uma explosão — mas não podia sair, ou seria um alvo provável.

São Paulo decidirá as eleições?

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

A corrida Presidencial começou e, como se esperava, os dois principais candidatos da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco, botaram a presidenta Dilma Rousseff no alvo.

A direita é prisioneira do seu ódio

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Quando parte da torcida de convidados, socialites e gente em condições de pagar um bom dinheiro pelo ingresso - e todos tinham o direito de estar lá - xingaram grosseiramente a presidenta Dilma Rousseff, um impulso incontrolável fez Aécio se solidarizar com a estupidez, para depois voltar atrás, advertido pelos marqueteiros de que “pegava mal”.

Lei Pelé: o neoliberalismo no futebol

Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Republico este artigo escrito há alguns anos e publicado originalmente na Carta Maior, porque o considero - infelizmente, 7 e mais vezes infelizmente – absolutamente atual. Espero não tenha que publicá-lo 7 vezes mais, não tenha que publicá-lo nunca mais.
Multiplicam-se as reclamações de que o dinheiro passou a mandar no futebol, que os clubes estão falidos, que os jogadores já não têm apego aos clubes, mudam às vezes durante o campeonato, passando para o rival, se contratam meninos ainda para jogar no exterior, uma parte deles fica abandonado, submetidos a todo tipo de irregularidade.

sábado, 12 de julho de 2014

O “volume morto” de Alckmin secou!

Por Altamiro Borges

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), com o seu jeito de “picolé de chuchu” – segundo a certeira ironia de José Simão – continua se fazendo de "volume morto" diante da grave crise de abastecimento de água em São Paulo. Para ele, tudo está sob controle e não há motivos para preocupação. Mas não é isso que revela o relatório do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) divulgado nesta sexta-feira (11). Apenas nos últimos quinze dias, o órgão recebeu 178 relatos de torneiras vazias na Grande São Paulo, uma média diária de 11,8 reclamações. Apesar de a Sabesp jurar que não há desabastecimento, o Idec garante que milhares de famílias já padecem com a falta crônica de água em suas casas.

Abril está definhando. Veja respira!

Por Altamiro Borges

A Editora Abril, que publica a asquerosa revista Veja, está definhando. Nesta sexta-feira (11), o grupo herdado pelos três filhos de Roberto Civita confirmou que vai transferir dez dos seus títulos – Aventuras na História, Bons Fluidos, Manequim, Máxima, Minha Casa, Minha Novela, Recreio, Sou+Eu, Vida Simples e Viva Mais – para a Editora Caras. Segundo o comunicado oficial, os jornalistas destas redações migrarão aos poucos, até dezembro deste ano, para a nova empresa – mas há quem desconfie que muitos deles serão demitidos neste processo “gradativo”. 

Aécio ama os cartolas da CBF

Por Altamiro Borges

A goleada sofrida diante da Alemanha deflagrou um intenso debate sobre a crise do futebol brasileiro – corroído pela ação avarenta dos cartolas, desorganizado pela máfia da CBF e sugado pela “exclusividade” da Rede Globo, entre outras causas. A presidenta Dilma Rousseff defendeu a urgência de uma “renovação” do futebol; o ministro Aldo Rebelo propôs uma “intervenção indireta” na gestão dos esportes; e alguns cronistas esportivos, mais inflamados, pregaram a imediata prisão dos chefões dos clubes. Já Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, entrou em campo para jogar na retranca. Sua postura gerou uma ácida reação do jornalista Juca Kfouri, que não pode ser acusado de governista. Vale conferir:

sexta-feira, 11 de julho de 2014

O massacre israelense em Gaza

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Mais de 100 palestinos teriam sido mortos e outros 700 feridos, pelo Exército israelense, na faixa de Gaza, por conta da ação “Limite Protetor'', na atual escalada de violência – que começou após o sequestro e morte de jovens israelenses e palestinos.

As Nações Unidas definiram a situação como “uma emergência humanitária crescente''. Ao mesmo tempo, o lançamento de foguetes dos militantes do Hamas feriram moradores de Israel, alguns em estado grave. A maior parte dos alvos têm sido civis, incluindo casas em áreas povoadas.