Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:
A corrida Presidencial começou e, como se esperava, os dois principais candidatos da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco, botaram a presidenta Dilma Rousseff no alvo.
Nada de mais. Mirar e acertar nos erros de governos e governantes não é reação incomum. Foi assim quando o PT era oposição às administrações do PSDB. É assim agora, quando o PSDB faz oposição ao PT. Eles se revezam. Os dois partidos trocam chumbo há 20 anos: oito dos tucanos no poder e 12 dos petistas.
Parece pouco eficiente, no entanto, essa prática de quebrar tetos de vidro alheios. As acusações ao longo da campanha eleitoral deixam a impressão de que pouco tem valido aos oposicionistas. Acusar, nesse período, parece uma decisão contaminada pela suspeita. Assim demonstram os resultados das pesquisas eleitorais.
Talvez falte algo mais que isso a Aécio Neves e a Eduardo Campos, os dois principais opositores. Não possuem um destacado espírito de liderança nacional capaz de atrair a confiança do eleitor que manifesta um desejo de mudanças, com extensão e intensidade ainda não avaliadas com precisão.
Há também sinalização intranquila para a presidenta. O vaivém, ou o sobe e desce, de Dilma Rousseff pode expressar isso no caso da reprovação das políticas públicas e a própria queda de confiança na presidenta ocorridas nos últimos meses. Mas, se Dilma poderia ter perdido a chance de liquidar o pleito no primeiro turno, é certo, igualmente, que essa possibilidade não está definitivamente afastada.
A fotografia dos números de indecisos, votos brancos e votos nulos é de que eles são elevados demais (quadro) para uma disputa que se aproxima da reta final.
Os votos estão à espera de alguém. Para onde se moverá esse contingente de eleitores? Que parte desses votos se manterá assim? Como se dividirão os votos definidos na boca das urnas?
Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, analista atenta aos movimentos das pesquisas eleitorais, fez algumas observações sobre esse agrupamento de eleitores dos três maiores estados do Sudeste.
– O número de pessoas que declaram votar em branco/nulo, ou os que estão indecisos, é 16% maior do que nas eleições anteriores para o Brasil como um todo.
– Nos três maiores estados do Sudeste ocorre o mesmo. Ou seja, nessa região, esse índice é maior (1/5 em MG, 1/4 no RJ e 1/3 em SP).
– O índice é especialmente maior em São Paulo, que, desta vez, não tem um candidato que represente o estado na disputa pela Presidência.
– Nos três estados, o índice é bem maior do que o da média nacional.
Para Márcia, mais que o Sudeste, é São Paulo que definirá o resultado do jogo: “O estado representa perto de 25% dos eleitores do Brasil, e é equivalente a todo o Nordeste. Portanto, conquistar o eleitor de São Paulo é fundamental para os candidatos”.
Considerando a habitual votação do PT no Nordeste, caberá à oposição batalhar os votos em São Paulo para não entregar o jogo no primeiro tempo.
A corrida Presidencial começou e, como se esperava, os dois principais candidatos da oposição, o senador Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco, botaram a presidenta Dilma Rousseff no alvo.
Nada de mais. Mirar e acertar nos erros de governos e governantes não é reação incomum. Foi assim quando o PT era oposição às administrações do PSDB. É assim agora, quando o PSDB faz oposição ao PT. Eles se revezam. Os dois partidos trocam chumbo há 20 anos: oito dos tucanos no poder e 12 dos petistas.
Parece pouco eficiente, no entanto, essa prática de quebrar tetos de vidro alheios. As acusações ao longo da campanha eleitoral deixam a impressão de que pouco tem valido aos oposicionistas. Acusar, nesse período, parece uma decisão contaminada pela suspeita. Assim demonstram os resultados das pesquisas eleitorais.
Talvez falte algo mais que isso a Aécio Neves e a Eduardo Campos, os dois principais opositores. Não possuem um destacado espírito de liderança nacional capaz de atrair a confiança do eleitor que manifesta um desejo de mudanças, com extensão e intensidade ainda não avaliadas com precisão.
Há também sinalização intranquila para a presidenta. O vaivém, ou o sobe e desce, de Dilma Rousseff pode expressar isso no caso da reprovação das políticas públicas e a própria queda de confiança na presidenta ocorridas nos últimos meses. Mas, se Dilma poderia ter perdido a chance de liquidar o pleito no primeiro turno, é certo, igualmente, que essa possibilidade não está definitivamente afastada.
A fotografia dos números de indecisos, votos brancos e votos nulos é de que eles são elevados demais (quadro) para uma disputa que se aproxima da reta final.
Os votos estão à espera de alguém. Para onde se moverá esse contingente de eleitores? Que parte desses votos se manterá assim? Como se dividirão os votos definidos na boca das urnas?
Márcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, analista atenta aos movimentos das pesquisas eleitorais, fez algumas observações sobre esse agrupamento de eleitores dos três maiores estados do Sudeste.
– O número de pessoas que declaram votar em branco/nulo, ou os que estão indecisos, é 16% maior do que nas eleições anteriores para o Brasil como um todo.
– Nos três maiores estados do Sudeste ocorre o mesmo. Ou seja, nessa região, esse índice é maior (1/5 em MG, 1/4 no RJ e 1/3 em SP).
– O índice é especialmente maior em São Paulo, que, desta vez, não tem um candidato que represente o estado na disputa pela Presidência.
– Nos três estados, o índice é bem maior do que o da média nacional.
Para Márcia, mais que o Sudeste, é São Paulo que definirá o resultado do jogo: “O estado representa perto de 25% dos eleitores do Brasil, e é equivalente a todo o Nordeste. Portanto, conquistar o eleitor de São Paulo é fundamental para os candidatos”.
Considerando a habitual votação do PT no Nordeste, caberá à oposição batalhar os votos em São Paulo para não entregar o jogo no primeiro tempo.
1 comentários:
Eleitores indecisos são pessoas despolitizadas, que não têm paixão partidária. Estes ficam aguardando o resultado das pesquisas de intenção de votos e pendem para quem está liderando. É o efeito manada, voto dos que não querem perder.
Portanto, quem estiver na frente das pequisas próximas às eleições vai levar a vitória.
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