domingo, 29 de julho de 2018

Lula agradece artistas do Festival Lula Livre

Foto: Mídia Ninja
Da revista Fórum:

Festival nos realizado nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, reuniu artistas, poetas e músicos. Com 80 mil participantes, o evento pediu a libertação do ex-presidente e que seja respeitado o direito de Lula de ser candidato.

Confira a carta enviada por Lula aos artistas e lida pelos apresentadores do Festival:

***

Queridos artistas, estudantes, trabalhadores, meus queridos amigos reunidos nesse sábado. Eu só posso agradecer a solidariedade de vocês. Quantas vezes, quando a sociedade calou diante de barbaridades, foram os nossos músicos, escritores, cineastas, atores, dramaturgos, dançarinos, artistas plásticos, cantores e poetas que vieram lembrar que amanhã há de ser outro dia?

Chico e Gil definem país da Lava-Jato

Foto: Mídia Ninja
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Abençoado país onde a música expressa o melhor de nossa cultura, no qual dois gigantes com a estatura de Chico Buarque e Gilberto Gil se uniram nos arcos da Lapa carioca para cantar os rumos e as dores do momento atual.

Numa nação de 207 milhões, com um aparato de comunicação ocupado em amortecer a resistência e distrair consciências, poucos homens e mulheres tem a capacidade de mostrar o que está no centro de nossas urgências mais sérias e graves. Poucos tem tanta credibilidade, merecem tanto respeito. Há mais de meio século são vistos como expressão da consciência do Brasil e da maioria dos brasileiros

MBL questiona "livre iniciativa" do Facebook

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Há dois anos, Marcello Reis, líder do Revoltados Online, apareceu revoltado em vídeo após ver a página do seu grupo removida pelo Facebook. Chorando copiosamente, dizia ser vítima de uma “ditadura” - logo ele, que já defendeu uma intervenção militar e hoje é garoto-propaganda de Bolsonaro. Segundo o Facebook, a página foi banida por violar as regras do site, que proíbem conteúdos como discurso de ódio e homofobia. Os Revoltados Online também foram responsáveis por divulgar para milhões de seguidores a informação de que o filho de Lula seria dono da Friboi e que Paulo Pimenta (PT-RS) seria sócio da boate Kiss, palco da tragédia em Santa Maria (RS).

Os destruidores do Brasil

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A aproximação crescente da data das eleições parece provocar um aumento na taxa de desespero dos setores ligados ao financismo e às elites mais reacionárias e conservadoras de nosso País. Afinal, quando se aventuraram pela estratégia desestabilizadora do “golpeachment”, não poderiam jamais imaginar que o cenário às vésperas do pleito de 2018 fosse o que vivemos atualmente.

A economia e o país da opinião pronta

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Todo modelo econômico está sujeito a exageros. Mas o que diferencia as nações desenvolvidas daquelas institucionalmente mais frágeis é o descolamento da realidade, que marca a implementação dessas políticas.

A economia não é uma ciência exata, com regras imutáveis no tempo e no espaço. Há regras de ouro, a serem seguidas por qualquer nação. Mas as decisões devem se subordinar às circunstâncias de cada momento.

Boff: "Está confuso, mas eu sonho"

Por Leonardo Boff, em seu blog:

“Faz escuro mas eu canto porque a manhã vai chegar”,proclamou o poeta Thiago de Mello na época sombria da ditadura civil-militar de 1964.

”Está confuso mas eu sonho” digo eu, nestes tempos não menos sombrios. O sonho ninguém pode prender. Ele antecipa o futuro e anuncia o amanhã.

Ninguém pode dizer o que vai ser deste país após o golpe parlamentar-jurídico-mediático de 2016. Faz escuro e tudo está confuso mas eu sonho. Este sonho está rodando em minha cabeça há muitos dias e resolvi expressá-lo para alimentar a nossa inarredável esperança.

Aumenta a precarização do trabalho

Editorial do site Vermelho:

Há mais de 13 milhões de desempregados no pais. Em outubro de 2017 a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD) divulgada pelo IBGE referente ao trimestre anterior revelou uma taxa de desemprego de 12,4%, discretamente inferior aos 13% do trimestre anterior. Número comemorado como o início da queda no desemprego.

Mas não foi. O governo e a mídia hegemônica que o apóia festejaram aquela diminuição – discretíssima – no número de brasileiros desempregados, sem confessar que, reflexo da reacionária contra-reforma trabalhista, aquele resultado representava o aumento da precarização do trabalho que ameaça os brasileiros. Os dados do IBGE revelam que, dos escassos novos empregos criados, a imensa maioria foi sem carteira assinada, restringindo direitos dos trabalhadores e favorecendo apenas a ganância do capital.

Cresce o apoio internacional a Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O apoio internacional à candidatura e à liberdade de Lula passou por ex-presidentes das Américas, da Europa, do Oriente, da África, congrega vários prêmios Nobel, chefes de Estado, como o primeiro-ministro da Espanha, e culmina, agora, com a adesão à campanha pró Lula de quase 10% do Congresso norte-americano.

Na última quinta-feira, o eurodeputado italiano Roberto Gualtieri, do partido Democrático da Itália e presidente da Comissão de Economia do Parlamento Europeu, visitou Lula na prisão. Foi representar o Bloco Social Democrata no Parlamento Europeu e o Partido Socialista Europeu. Entregou a Lula mensagens de apoio de parlamentares e ex-presidentes italianos.

O jogo feito para a disputa eleitoral

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O ato em que o Centrão oficializou seu apoio ao candidato Geraldo Alckmin forçava a comparação com a posse de Michel Temer no Planalto, após o afastamento de Dilma.

Na mesa de 12 cadeiras sentaram-se apenas homens, e todos brancos.

Faltaram os do MDB, mas acabarão todos juntos.

Havia também de comum, entre a maioria daqueles homens, o fato de serem investigados pela Lava Jato ou de responderem a outros inquéritos.

Mas o clima era de euforia e congraçamento pela grande aliança selada. Agora é ver se, unidos, partidos e máquinas da centro-direita darão ao tucano os votos de que precisa para chegar ao segundo turno.

A "guerra" do MBL contra o Facebook

Globonews aciona a farsa eleitoral de 2018

Arcos da Lapa, Rio de Janeiro, 28/7/18. Foto: Ricardo Stuckert
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Ontem, enquanto o povo fervia nos Arcos da Lapa, pedindo a liberdade de Lula, a Globonews anunciava um novo programa: a Central das Eleições.

O apresentador bem que tentava dar um tom de importância ao anúncio:

“Você vai ver debates, entrevistas, pesquisas de intenção de voto, muita análise dos nossos comentaristas.”

Só que, apesar do empenho, não conseguia impedir o telespectador mais atento de ver que o programa nasce como a farsa.

Cantanhêde joga a toalha diante de Lula

Milhares lotam os Arcos da Lapa pela liberdade de Lula
Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A inefável Eliane Cantanhêde, no Estadão de hoje, joga a toalha e admite que a eleição “embicou para três candidatos principais: o sr. X do PT, a ser definido, mas já com a força eleitoral do ex-presidente Lula, contra Jair Bolsonaro, do PSL, ou Geraldo Alckmin, do PSDB”.

E afirma que “isso projeta um segundo turno entre esquerda e direita e uma guerra entre Bolsonaro e Alckmin para ver quem chega lá contra o PT”.

Isso, claro, porque a ex-colunista da “massa cheirosa” conta como certa a ausência do nome de Lula na urna eletrônica, pois aí nem segundo turno haveria.

Isolado, Bolsonaro enfrenta crise

Por Vilma Bokany, no site da Fundação Perseu Abramo:

Após a convenção do PSL, que ocorreu no último domingo, dia 22 de julho, Bolsonaro ainda não definiu seu vice. A expectativa era que Janaína Paschoal, advogada responsável pelo impeachment que afastou a presidenta eleita Dilma Rousseff, em 2016, fosse anunciada como sua vice durante a convenção. No entanto, Janaína fez um discurso que desagradou à base de Bolsonaro, colocando-se contrária a posições defendidas pelo pré-candidato como a redução da maioridade penal e as cotas raciais.

SUS: Hora de resistir e reinventar

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Como é pobre e enviesada a velha mídia brasileira. Há anos, Saúde aparece, nas pesquisas de opinião, como o tema que mais preocupa a população. Exemplo raro de sistema público que propõe cuidado universal e gratuito, o SUS completa em 2018 seus trinta anos, em meio a conquistas notáveis e enormes problemas. Nesse momento preciso, começa um congresso de Saúde Coletiva que se propõe a enxergar, em seus múltiplos aspectos, os impasses do sistema – e a buscar alternativas. O encontro é solenemente ignorado pelos jornais, rádios e TVs hegemônicos.

Chico e Gil encerram Festival Lula Livre

Por Eduardo Miranda, no jornal Brasil de Fato:

Chico Buarque e Gilberto Gil fecharam a noite do Festival Lula Livre, no Rio, neste sábado (28). Os artistas, que não se reuniam para uma apresentação musical desde o período da ditadura militar no Brasil, pediram a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Chico gritou "Lula Livre" enquanto Gil disse ao público que o ex-presidente agradece pela grande manifestação que reuniu quase 100 mil pessoas nos Arcos da Lapa, para uma série de shows gratuitos e ações culturais promovidas por artistas, intelectuais, pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

"Geraldo" e a camaradagem do 'Roda Viva'

Do blog Viomundo:

A atriz Monica Iozzi publicou a ilustração acima no Instagram. Nem precisou de palavras.

Quem viu, especialmente depois da entrevista com a presidenciável Manuela DÁvila, do PCdoB, notou: Geraldo Alckmin, ou melhor, Geraldo, foi tratado pelos entrevistadores do Roda Viva como o dono da TV Cultura.

“Engraçado é que a esquerda é acusada de querer controlar os meios de comunicação mas ninguém reclama do que fez Geraldo Alckmin na TV Cultura”, escreveu a economista Laura Carvalho, que assessora o candidato do Psol ao Planalto, Guilherme Boulos.

Os ausentes no ato de apoio ao Alckmin

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Cercado de investigados na Lava Jato na mesa que comandou os trabalhos, o presidenciável tucano Geraldo Alckmin conseguiu juntar novamente no apoio à sua candidatura a fina flor da aliança golpista do impeachment.

Estavam lá todos os caciques do Centrão, já pensando na divisão do butim, caso consigam permanecer no poder.

Só faltaram Michel Temer, Aécio Neves e Eduardo Cunha, por motivos de força maior.

Uma morte a cada 20 horas no trabalho

Da Rede Brasil Atual:

Com 165.996 acidentes de trabalho no ano passado, o estado de São Paulo registrou 447 mortes, ou uma morte a cada 20 horas, em média. O cálculo é do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, mantido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Com base nos dados disponíveis, o Observatório projetou para o primeiro semestre deste ano mais de 100 mil acidentes e um gasto aproximado, em benefícios previdenciários, de R$ 2,4 bilhões.

Economista ligado a Alckmin é alvo da Zelotes

Da revista CartaCapital:

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira 26 a 10ª fase da Operação Zelotes, que apura irregularidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). De acordo com o Ministério Público, oito pessoas e duas empresas são investigadas nesta fase por desvios que ultrapassam os 900 milhões de reais.

De acordo com com notícias veiculas pelas imprensa, um dos alvos da ação é o economista Roberto Giannetti da Fonseca, ligado ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. Giannetti é suspeito de ter recebido propina de 2,2 milhão de reais para favorecer a empresa Paranapanema em julgamento do Carf em 2014.

O fracasso da agenda econômica do golpe

Por Pedro Rossi e Guilherme Mello, no site da Fundação Maurício Grabois:

O golpe fracassou em construir uma agenda econômica capaz de retomar a trilha do desenvolvimento. Seus ideólogos esperavam que, ao promoverem austeridade fiscal e reformas liberalizantes que reduzem o papel do Estado e enfraquecem os trabalhadores, emitiriam sinais para o mercado, que por sua vez melhorariam as expectativas e promoveriam o crescimento do investimento. Com o crescimento em marcha, seria criado o ambiente necessário para a legitimação do golpe e sua agenda econômica neoliberal nas urnas. Esse plano fracassou e lançou o Brasil em uma crise econômica, social e institucional sem precedentes.