sábado, 6 de julho de 2019
Paulo Guedes: o amigo do mercado
Por Samuel Pinheiro Guimarães
1. Jair Bolsonaro, Presidente da República, tem declarado que “nada entende de economia”.
2. Segundo Bolsonaro, o economista Paulo Guedes seria o seu “Posto Ipiranga” para a Economia.
3. É uma “terceirização” inédita na História do Brasil, esta de transferir toda a responsabilidade para Paulo Guedes, Ministro da Economia, para formular e executar a política econômica.
4. Guedes é um economista ultra neoliberal, cuja visão do Brasil e da economia brasileira é a visão do Mercado, simples para desafios tão complexos quanto os que apresentam as instituições sociais, econômicas e políticas brasileiras.
1. Jair Bolsonaro, Presidente da República, tem declarado que “nada entende de economia”.
2. Segundo Bolsonaro, o economista Paulo Guedes seria o seu “Posto Ipiranga” para a Economia.
3. É uma “terceirização” inédita na História do Brasil, esta de transferir toda a responsabilidade para Paulo Guedes, Ministro da Economia, para formular e executar a política econômica.
4. Guedes é um economista ultra neoliberal, cuja visão do Brasil e da economia brasileira é a visão do Mercado, simples para desafios tão complexos quanto os que apresentam as instituições sociais, econômicas e políticas brasileiras.
sexta-feira, 5 de julho de 2019
Bolsonaristas ameaçam de morte 2 senadores
Por Altamiro Borges
A exemplo das hordas nazifascistas, que espalharam ódio e violência na Alemanha e na Itália, os bolsonaristas não toleram a democracia. Eles rejeitam qualquer diferença ou polêmica. A intolerância não atinge apenas as forças de esquerda. Mesmo antigos aliados são tratados como inimigos a serem exterminados – que o digam, na área do jornalismo, os “petralhas” Reinaldo Azevedo e Rachel Sheherazade. Até no terreno institucional, essas milícias que atuam no mundo real e virtual fazem ameaças e espalham o terror. Elas são adoradoras da morte!
A exemplo das hordas nazifascistas, que espalharam ódio e violência na Alemanha e na Itália, os bolsonaristas não toleram a democracia. Eles rejeitam qualquer diferença ou polêmica. A intolerância não atinge apenas as forças de esquerda. Mesmo antigos aliados são tratados como inimigos a serem exterminados – que o digam, na área do jornalismo, os “petralhas” Reinaldo Azevedo e Rachel Sheherazade. Até no terreno institucional, essas milícias que atuam no mundo real e virtual fazem ameaças e espalham o terror. Elas são adoradoras da morte!
Faustão e o Domingão da Lava Jato
Por Leandro Fortes
De todas as mazelas da Lava Jato desnudadas pela matéria da revista Veja, em parceria com o Intercept Brasil, uma nota tragicômica se sobressai ao lodo geral: Fausto Silva, o Faustão, era conselheiro do então juiz Sérgio Moro.
Deslumbrado, o bacharel da zona rural não se conteve. Foi ao Telegram revelar a Deltan Dallangnol os conselhos de Faustão de como falar ao “povão” sobre as atrocidades que cometia à margem da lei. Um media training inusitado que acabou servindo, agora, para confirmar o que todos sabiam, mas que Moro mentia, descaradamente, para se safar: as mensagens são todas reais.
De todas as mazelas da Lava Jato desnudadas pela matéria da revista Veja, em parceria com o Intercept Brasil, uma nota tragicômica se sobressai ao lodo geral: Fausto Silva, o Faustão, era conselheiro do então juiz Sérgio Moro.
Deslumbrado, o bacharel da zona rural não se conteve. Foi ao Telegram revelar a Deltan Dallangnol os conselhos de Faustão de como falar ao “povão” sobre as atrocidades que cometia à margem da lei. Um media training inusitado que acabou servindo, agora, para confirmar o que todos sabiam, mas que Moro mentia, descaradamente, para se safar: as mensagens são todas reais.
Entender o bolsonarismo para combatê-lo
Charge: André Dahmer - malvados |
O governo federal segue tropeçando em suas próprias pernas. Dia após dia, afirmações são feitas, para rapidamente serem negadas e assim o governo segue sem acertos. O que alguns entendem como uma tática política, para mim não passa de bizarrice mesmo. Em resumo, um governo composto por figuras e ações patéticas. E a população já sente isso. Recente pesquisa divulgada pelo Ibope coloca que 48% da população brasileira já desaprova o governo de Bolsonaro. Número alto para um governo que sequer completou seis meses.
Sugestões para uma estratégia de luta
Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:
Alguns setores da burguesia começam a considerar que as trapalhadas do governo, contra as esquerdas e contra si próprio, agravadas por seu constante empenho em criminalizar a política e os políticos, já teria ido longe demais.
Tais trapalhadas teriam efeitos antagônicos em relação a suas pretensões políticas, levando à perda total do foco sobre os problemas a serem realmente resolvidos, a exemplo da queda de quase 7% no PIB per capita, da expansão trágica do desemprego (que tende a superar os 13 milhões), e do endividamento do setor público (que está perto de 70% do PIB).
Tais trapalhadas teriam efeitos antagônicos em relação a suas pretensões políticas, levando à perda total do foco sobre os problemas a serem realmente resolvidos, a exemplo da queda de quase 7% no PIB per capita, da expansão trágica do desemprego (que tende a superar os 13 milhões), e do endividamento do setor público (que está perto de 70% do PIB).
A loucura como método de destruição
Por Joaquim Palhares e Mariana Serafini, no site Carta Maior:
Tolstói abre seu clássico Anna Karenina com a célebre frase “todas as famílias felizes se parecem, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, “e a nossa maneira é mais cruel”, acrescenta o ex-chanceler Celso Amorim, ao explicar os desafios que o Brasil deve enfrentar para voltar a se posicionar no mundo como um país soberano.
Em conversa exclusiva com a Carta Maior, o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa dos governos Lula e Dilma analisou o cenário político brasileiro, as mudanças no quadro geopolítico e os impactos da Operação Lava Jato na soberania nacional. Para o diplomata, que em 2009 foi considerado o melhor chanceler do mundo, o Brasil e o povo brasileiro são vítimas de um projeto de desmonte acelerado e será necessário o trabalho de gerações para reverter o estrago. “[O que está acontecendo] é uma coisa muito horrorosa, é uma loucura, é a instalação da loucura como método. Método de destruição”.
Tolstói abre seu clássico Anna Karenina com a célebre frase “todas as famílias felizes se parecem, mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, “e a nossa maneira é mais cruel”, acrescenta o ex-chanceler Celso Amorim, ao explicar os desafios que o Brasil deve enfrentar para voltar a se posicionar no mundo como um país soberano.
Em conversa exclusiva com a Carta Maior, o ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa dos governos Lula e Dilma analisou o cenário político brasileiro, as mudanças no quadro geopolítico e os impactos da Operação Lava Jato na soberania nacional. Para o diplomata, que em 2009 foi considerado o melhor chanceler do mundo, o Brasil e o povo brasileiro são vítimas de um projeto de desmonte acelerado e será necessário o trabalho de gerações para reverter o estrago. “[O que está acontecendo] é uma coisa muito horrorosa, é uma loucura, é a instalação da loucura como método. Método de destruição”.
ONU e OEA defendem Glenn Greenwald
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos de Barão de Itararé:
O Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, e o Relator Especial das Nações Unidas para a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e de expressão, David Kaye, manifestaram preocupação com a situação de Glenn Greenwald, de sua família e dos jornalistas do The Intercept Brasil. Em comunicado oficial, os especialistas denunciaram o assédio e os abusos que Greenwald vem sofrendo, bem como o fato de o governo brasileiro permanecer inerte quanto às hostilidade e ameaças sofridas pelo jornalista. Esse tipo de proteção é dever do Estado de acordo com inúmeras resoluções e recomendações de tais órgãos internacionais.
O Relator Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Edison Lanza, e o Relator Especial das Nações Unidas para a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e de expressão, David Kaye, manifestaram preocupação com a situação de Glenn Greenwald, de sua família e dos jornalistas do The Intercept Brasil. Em comunicado oficial, os especialistas denunciaram o assédio e os abusos que Greenwald vem sofrendo, bem como o fato de o governo brasileiro permanecer inerte quanto às hostilidade e ameaças sofridas pelo jornalista. Esse tipo de proteção é dever do Estado de acordo com inúmeras resoluções e recomendações de tais órgãos internacionais.
O PT e o combate à corrupção
Por Fábio Kerche e Marjorie Marona, na revista Teoria e Debate:
Ao longo das últimas semanas, com as revelações e reportagens do The Intercept Brasil acerca dos bastidores da operação Lava Jato, que culminou com a prisão do ex-presidente Lula, muito foi escrito sobre combate à corrupção, ética da magistratura, imparcialidade do juiz, garantias processuais, utilização política da justiça (lawfare) etc. Diante do Senado, o ex-juiz e hoje ministro da Justiça Sérgio Moro se esforçou para transferir a flagrante ilegalidade dos seus atos para aqueles que divulgaram as conversas entre ele e o procurador da República Deltan Dallagnol. O conteúdo das conversas indica que ambos atuaram no sentido de buscar a condenação de Lula, mesmo que isso significasse passar por cima de princípios balizares da Justiça, como o do devido processo legal, da ampla defesa e da imparcialidade do juízo.
Ao longo das últimas semanas, com as revelações e reportagens do The Intercept Brasil acerca dos bastidores da operação Lava Jato, que culminou com a prisão do ex-presidente Lula, muito foi escrito sobre combate à corrupção, ética da magistratura, imparcialidade do juiz, garantias processuais, utilização política da justiça (lawfare) etc. Diante do Senado, o ex-juiz e hoje ministro da Justiça Sérgio Moro se esforçou para transferir a flagrante ilegalidade dos seus atos para aqueles que divulgaram as conversas entre ele e o procurador da República Deltan Dallagnol. O conteúdo das conversas indica que ambos atuaram no sentido de buscar a condenação de Lula, mesmo que isso significasse passar por cima de princípios balizares da Justiça, como o do devido processo legal, da ampla defesa e da imparcialidade do juízo.
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