sábado, 29 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
Steve Bannon e a ofensiva da extrema direita
Por Celso Japiassu, no site Carta Maior:
A ofensiva da extrema direita, herdeira ideológica do nazi-fascismo, tenta ocupar espaços no solo da Europa, onde um dia a sua matriz construiu uma triste e trágica história.
Países como a Polônia e a Hungria estão virtualmente ocupados e vários outros abrigam partidos que, dentro da democracia, trabalham para desestabilizá-la e substituí-la por regimes populistas, radicais e reacionários. Um ardiloso agente dessa ação que pretende subverter por dentro os sistemas democráticos europeus chama-se Steve Bannon.
O americano Steve Bannon tem 66 anos, foi executivo de mídia no site direitista Breitbart News, onde veiculava material de cunho racista, antissemita, sexista e xenofóbico.
Ajudou a eleger Donald Trump, em cujo governo atuou como estrategista chefe até ser demitido em 2017.
A ofensiva da extrema direita, herdeira ideológica do nazi-fascismo, tenta ocupar espaços no solo da Europa, onde um dia a sua matriz construiu uma triste e trágica história.
Países como a Polônia e a Hungria estão virtualmente ocupados e vários outros abrigam partidos que, dentro da democracia, trabalham para desestabilizá-la e substituí-la por regimes populistas, radicais e reacionários. Um ardiloso agente dessa ação que pretende subverter por dentro os sistemas democráticos europeus chama-se Steve Bannon.
O americano Steve Bannon tem 66 anos, foi executivo de mídia no site direitista Breitbart News, onde veiculava material de cunho racista, antissemita, sexista e xenofóbico.
Ajudou a eleger Donald Trump, em cujo governo atuou como estrategista chefe até ser demitido em 2017.
Cheiro de golpe no ar
Por Frei Betto, em seu site:
O ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sugeriu, em 19 de fevereiro, que o povo deve ir às ruas “contra a chantagem do Congresso”. Bastou este aceno autoritário para os aliados do presidente convocarem manifestação para o domingo, 15 de março.
Ora, quando uma autoridade do Poder Executivo convoca uma manifestação contrária a outro Poder da República, no caso o Legislativo, isso é gravíssimo e sinaliza conspiração golpista ou, sem rodeios, o fechamento do Congresso. Tomara que o Poder Judiciário, representado pelo STF, proíba tal manifestação, pois caso contrário correrá o risco de assinar o fechamento de suas portas.
Mais tarde será tarde, estaremos na ditadura
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Até quando as instituições, especialmente Congresso e STF, pouparão Bolsonaro, permitindo que ele avance com a tática de testar os limites da democracia, para em alguma hora romper a cerca e instaurar a ditadura?
A quarta-feira de cinzas foi de protestos, alguns mais enérgicos, como o do ministro do STF Celso de Mello, outros mais brandos, como os de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Dias Toffoli, presidente do STF, sem falar no silêncio imperdoável do presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre.
Até quando as elites econômicas vão acreditar que será possível haver reformas neoliberais, ajuste fiscal e crescimento com Bolsonaro na Presidência?
Até quando as instituições, especialmente Congresso e STF, pouparão Bolsonaro, permitindo que ele avance com a tática de testar os limites da democracia, para em alguma hora romper a cerca e instaurar a ditadura?
A quarta-feira de cinzas foi de protestos, alguns mais enérgicos, como o do ministro do STF Celso de Mello, outros mais brandos, como os de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Dias Toffoli, presidente do STF, sem falar no silêncio imperdoável do presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre.
Até quando as elites econômicas vão acreditar que será possível haver reformas neoliberais, ajuste fiscal e crescimento com Bolsonaro na Presidência?
Coronavírus agrava economia já sem rumo
Da Rede Brasil Atual:
Com o fim do carnaval, o mercado brasileiro entrou em “pânico” nesta quarta-feira (26), superando a queda dos principais mercados mundiais, abalados por conta das notícias sobre a disseminação da epidemia do coronavírus. Por aqui, a falta de rumo da política econômica do governo Bolsonaro deve ser agravada por conta da retração da economia mundial, em especial a da China, foco principal da infecção e principal parceira comercial do Brasil. Há ainda as tensões políticas estimuladas pelo próprio presidente, que ampliam as incertezas no cenário econômico.
Com o fim do carnaval, o mercado brasileiro entrou em “pânico” nesta quarta-feira (26), superando a queda dos principais mercados mundiais, abalados por conta das notícias sobre a disseminação da epidemia do coronavírus. Por aqui, a falta de rumo da política econômica do governo Bolsonaro deve ser agravada por conta da retração da economia mundial, em especial a da China, foco principal da infecção e principal parceira comercial do Brasil. Há ainda as tensões políticas estimuladas pelo próprio presidente, que ampliam as incertezas no cenário econômico.
As crises e os capitães
Por Fernando Brito, em seu blog:
Os jornais, pelo mundo afora, dizem que esta é a pior semana econômica desde a crise de 2008.
É, portanto, bom lembrar que os efeitos daquela não desapareceram de uma hora para outra e que os governos, por toda a parte, tinham instrumentos que, de alguma forma, ajudaram na sua estabilização, provendo liquidez pela baixa de juros, pelas emissões e até, como ocorreu com a General Motors, com aportes diretos nas empresas.
E isso já não é possível hoje, senão numa muito menor escala.
Os jornais, pelo mundo afora, dizem que esta é a pior semana econômica desde a crise de 2008.
É, portanto, bom lembrar que os efeitos daquela não desapareceram de uma hora para outra e que os governos, por toda a parte, tinham instrumentos que, de alguma forma, ajudaram na sua estabilização, provendo liquidez pela baixa de juros, pelas emissões e até, como ocorreu com a General Motors, com aportes diretos nas empresas.
E isso já não é possível hoje, senão numa muito menor escala.
Bolsonaro imita Collor e pode ter mesmo fim
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Ao perceber que estava perdendo o apoio do mercado e da mídia, e sem sustentação política no Congresso Nacional, Fernando Collor jogou a última cartada para evitar o impeachment: convocou a população a ir às ruas num domingo, vestida de verde e amarelo, para defender o seu governo, em 1992.
"Não me deixem só!", implorou ele numa reunião com taxistas no Planalto. No domingo, a população foi às ruas, mas vestida de preto, para protestar contra os desmandos do primeiro presidente eleito após o golpe cívico-militar de 1964.
Foi a gota d´água. Pouco depois, seu governo foi derrubado nas ruas, no Congresso e no STF.
Agora, o capitão Bolsonaro também está perdendo o apoio do mercado e da mídia, dois pilares da sua eleição, e também entrou em confronto com o Congresso Nacional.
Ao perceber que estava perdendo o apoio do mercado e da mídia, e sem sustentação política no Congresso Nacional, Fernando Collor jogou a última cartada para evitar o impeachment: convocou a população a ir às ruas num domingo, vestida de verde e amarelo, para defender o seu governo, em 1992.
"Não me deixem só!", implorou ele numa reunião com taxistas no Planalto. No domingo, a população foi às ruas, mas vestida de preto, para protestar contra os desmandos do primeiro presidente eleito após o golpe cívico-militar de 1964.
Foi a gota d´água. Pouco depois, seu governo foi derrubado nas ruas, no Congresso e no STF.
Agora, o capitão Bolsonaro também está perdendo o apoio do mercado e da mídia, dois pilares da sua eleição, e também entrou em confronto com o Congresso Nacional.
A Bolsa e a aposta perdida de Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
Com a reabertura da Bolsa de Valores de São Paulo, após os festejos do carnaval, foi possível observar os efeitos da crise no chamado “mercado internacional” no Brasil. As quedas acentuadas dos últimos dias refletiram as consequências da expansão do coronavírus para a Europa e Estados Unidos. Pesou de maneira significativa, também, o prognóstico de redução do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão e de uma possível desaceleração do crescimento chinês.
Com a reabertura da Bolsa de Valores de São Paulo, após os festejos do carnaval, foi possível observar os efeitos da crise no chamado “mercado internacional” no Brasil. As quedas acentuadas dos últimos dias refletiram as consequências da expansão do coronavírus para a Europa e Estados Unidos. Pesou de maneira significativa, também, o prognóstico de redução do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão e de uma possível desaceleração do crescimento chinês.
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