quinta-feira, 11 de junho de 2020
Weintraub passa a boiada nas universidades
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Enquanto contamos os mortos, eles estão passando a boiada, como pregou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no conclave de vulgaridades que foi a reunião ministerial de 22 de abril.
Os bois passam no escuro e não os vemos, exceto quando tomam a forma de medidas provisórias, como a que foi editada na calada da última noite, permitindo ao ministro da Educação nomear reitores, tirando nomes da algibeira, durante a pandemia.
A decisão que fere de morte a autonomia universitária não pretende ser temporária e tem como alvo imediato a Universidade de Brasília, tão golpeada pelo arbítrio durante a ditadura.
Esta MP tem que ser rejeitada pelo Congresso, onde já surge movimento neste sentido, ou derrubada pelo STF, porque reedita outra com o mesmo sentido, que perdeu validade no último dia 4.
Enquanto contamos os mortos, eles estão passando a boiada, como pregou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no conclave de vulgaridades que foi a reunião ministerial de 22 de abril.
Os bois passam no escuro e não os vemos, exceto quando tomam a forma de medidas provisórias, como a que foi editada na calada da última noite, permitindo ao ministro da Educação nomear reitores, tirando nomes da algibeira, durante a pandemia.
A decisão que fere de morte a autonomia universitária não pretende ser temporária e tem como alvo imediato a Universidade de Brasília, tão golpeada pelo arbítrio durante a ditadura.
Esta MP tem que ser rejeitada pelo Congresso, onde já surge movimento neste sentido, ou derrubada pelo STF, porque reedita outra com o mesmo sentido, que perdeu validade no último dia 4.
Os ditadores mentem
Por Manuel Domingos Neto
Os brasileiros assistem incrédulos à manipulação de dados estatísticos sobre a pandemia.
Trata-se de crime inominável: impede o planejamento eficaz da defesa da sociedade e afeta diretamente a saúde planetária.
Conturba a programação de retorno das atividades econômicas. Resulta em mais sofrimentos para o povo e amplia a desmoralização mundial do governo brasileiro.
O executor desta operação criminosa é um general do Exército. Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, é do serviço de Intendência, responsável pela logística da Corporação.
Todos os oficiais entendem de estatísticas, sobretudo os intendentes.
Os brasileiros assistem incrédulos à manipulação de dados estatísticos sobre a pandemia.
Trata-se de crime inominável: impede o planejamento eficaz da defesa da sociedade e afeta diretamente a saúde planetária.
Conturba a programação de retorno das atividades econômicas. Resulta em mais sofrimentos para o povo e amplia a desmoralização mundial do governo brasileiro.
O executor desta operação criminosa é um general do Exército. Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde, é do serviço de Intendência, responsável pela logística da Corporação.
Todos os oficiais entendem de estatísticas, sobretudo os intendentes.
Zambelli faz a caveira de Moro
Por Fernando Brito, em seu blog:
Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, acerta em cheio: por mais desprezível que seja a médium policial e deputada Carla Zambelli, nem ela merecia ter um padrinho de casamento com o caráter – ou a falta dele – de Sergio Moro.
Falar hoje, gratuitamente, que “mal conhecia” Zambelli e que aceitou o convite para ser seu padrinho de casamento, agora que rompeu com Bolsonaro, é coisa de alguém que não tem a menor âncora moral.
Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, acerta em cheio: por mais desprezível que seja a médium policial e deputada Carla Zambelli, nem ela merecia ter um padrinho de casamento com o caráter – ou a falta dele – de Sergio Moro.
Falar hoje, gratuitamente, que “mal conhecia” Zambelli e que aceitou o convite para ser seu padrinho de casamento, agora que rompeu com Bolsonaro, é coisa de alguém que não tem a menor âncora moral.
Governo ataca a democracia nas universidades
A imediata e ampla resposta à Medida Provisória (MP) nº 979, editada pelo presidente Jair Bolsonaro, que dá ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, poder para escolher reitores de universidades e institutos federais durante a pandemia de coronavírus, dá bem a medida do quanto ela é autoritária.
O ministro passa a ter poder de intervenção nessas instituições, um ataque à autonomia universitária, típica prática de ditaduras. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), assinada pelo PCdoB, PSB, PDT, PSOL, PT, Cidadania, Rede e PV, pede a suspensão imediata da MP.
Quem é o novo sinistro das Comunicações?
Por Altamiro Borges
Isolado politicamente e temendo a abertura do processo de impeachment, Jair Bolsonaro decidiu escancarar o balcão de negócios no laranjal. Os "éticos" do Centrão são os agraciados da vez. Nesta quarta-feira (10), o "capetão" recriou o Ministério das Comunicações e nomeou o "probo" Fábio Faria (PSD) para o cargo.
A recriação do ministério foi anunciada pelo "capetão" em uma rede social. Pouco depois, o Diário Oficial da União publicou a nomeação do deputado Fábio Faria. O lobista enrolado Fábio Wajngarten, atual secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), será o seu secretário-executivo.
Isolado politicamente e temendo a abertura do processo de impeachment, Jair Bolsonaro decidiu escancarar o balcão de negócios no laranjal. Os "éticos" do Centrão são os agraciados da vez. Nesta quarta-feira (10), o "capetão" recriou o Ministério das Comunicações e nomeou o "probo" Fábio Faria (PSD) para o cargo.
A recriação do ministério foi anunciada pelo "capetão" em uma rede social. Pouco depois, o Diário Oficial da União publicou a nomeação do deputado Fábio Faria. O lobista enrolado Fábio Wajngarten, atual secretário de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), será o seu secretário-executivo.
quarta-feira, 10 de junho de 2020
“Véio da Havan” subornou Olavo de Carvalho?
Por Altamiro Borges
O filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru da famiglia Bolsonaro, está desesperado com as suas dívidas e vomitou certas verdades em vídeo neste sábado (06). Ele disse que o governo é uma merda, humilhou os generais "covardes ou vendidos" e detonou até o "véio da Havan". Vale conferir alguns trechos. É hilário.
Num deles, o polido mentor intelectual do clã diz: "Há décadas existe esse gabinete do ódio contra o Olavo, porra! E vem esse presidente dizer que é meu amigo? Não é meu amigo não. Ele simplesmente se aproveitou. E vai me dar uma condecoração? Enfia a condecoração no cu. Não quero mais saber".
O filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru da famiglia Bolsonaro, está desesperado com as suas dívidas e vomitou certas verdades em vídeo neste sábado (06). Ele disse que o governo é uma merda, humilhou os generais "covardes ou vendidos" e detonou até o "véio da Havan". Vale conferir alguns trechos. É hilário.
Num deles, o polido mentor intelectual do clã diz: "Há décadas existe esse gabinete do ódio contra o Olavo, porra! E vem esse presidente dizer que é meu amigo? Não é meu amigo não. Ele simplesmente se aproveitou. E vai me dar uma condecoração? Enfia a condecoração no cu. Não quero mais saber".
A asfixia permanente do povo negro
Por Humberto Miranda e Rogerio Favaro, no site Brasil Debate:
O mês de maio tem grande significado histórico para a comunidade negra nacional e internacionalmente. Trata-se do mês em que foi abolida a escravidão formalmente no Brasil, dia 13 de maio de 1888, e do mês em que comemoramos 25 de maio de 1963, quando é celebrado o Dia Mundial da África, fato que representou a unidade africana e Afrodiaspórica na luta contra o colonialismo e o neocolonialismo. A população brasileira reconhece o 13 de maio como um mero ato oficial, mas não como um ato de simbolismo nacional na formação de um povo, e pouco conhece o 25 de maio, um ato em defesa da África e dos descendentes de africanos no mundo.
O mês de maio tem grande significado histórico para a comunidade negra nacional e internacionalmente. Trata-se do mês em que foi abolida a escravidão formalmente no Brasil, dia 13 de maio de 1888, e do mês em que comemoramos 25 de maio de 1963, quando é celebrado o Dia Mundial da África, fato que representou a unidade africana e Afrodiaspórica na luta contra o colonialismo e o neocolonialismo. A população brasileira reconhece o 13 de maio como um mero ato oficial, mas não como um ato de simbolismo nacional na formação de um povo, e pouco conhece o 25 de maio, um ato em defesa da África e dos descendentes de africanos no mundo.
Forças Armadas e a ameaça de mais um golpe
Por Hamilton Pereira (Pedro Tierra), na revista Teoria e Debate:
A conduta cada dia mais delirante do ex-capitão frente às demais instituições do Estado brasileiro e o fracasso econômico de Guedes têm resultado no afastamento dos setores liberais que viram nele a oportunidade de liquidar os direitos dos trabalhadores, assegurados nas constituições desde os anos 40 do século passado; de destruir os serviços públicos de saúde e educação; de privatizar e promover a entrega dos recursos naturais do país a empresas estrangeiras, particularmente o petróleo do pré-sal.
A conduta cada dia mais delirante do ex-capitão frente às demais instituições do Estado brasileiro e o fracasso econômico de Guedes têm resultado no afastamento dos setores liberais que viram nele a oportunidade de liquidar os direitos dos trabalhadores, assegurados nas constituições desde os anos 40 do século passado; de destruir os serviços públicos de saúde e educação; de privatizar e promover a entrega dos recursos naturais do país a empresas estrangeiras, particularmente o petróleo do pré-sal.
Abrigar todos que discordam do fascismo
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
Há uma semana praticamente estamos vendo eclodir no mundo inteiro, e no Brasil não é diferente, grandes manifestações populares que se somam à luta contra o racismo, a violência policial, que lamentavelmente impera em grande parte do mundo.
Esses episódios surgiram a partir da morte de um negro estadunidense, George Floyd, uma morte que foi assistida pelo mundo e chocou, pelo menos, os democratas, os humanistas.
Aqui no Brasil nós já vivíamos uma escalada de ações de ambos os lados. Bolsonaro continua coordenando o seu grupo fascista, incentivando o seu grupo para o confronto e o enfrentamento com os poderes constituídos.
Esses episódios surgiram a partir da morte de um negro estadunidense, George Floyd, uma morte que foi assistida pelo mundo e chocou, pelo menos, os democratas, os humanistas.
Aqui no Brasil nós já vivíamos uma escalada de ações de ambos os lados. Bolsonaro continua coordenando o seu grupo fascista, incentivando o seu grupo para o confronto e o enfrentamento com os poderes constituídos.
Bolsonaro e a aposta no caos
Por Silvio Caccia Bava, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:
A situação é desesperadora. Vivemos uma epidemia que já mata mais de mil pessoas por dia no Brasil, sem que o governo federal tenha adotado uma estratégia de defesa da vida e mobilizado todos os recursos disponíveis para controlar a Covid-19. O vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, além de todos os seus desatinos, mostra que o governo nem sequer aborda a pandemia que se alastra pelo país. Ao contrário, Bolsonaro sabota a proposta de isolamento social e se choca com as orientações da Organização Mundial da Saúde e de seu próprio Ministério da Saúde, o que já levou dois ministros a se demitirem em plena pandemia. Pesa sobre o presidente da República a acusação de estar promovendo um genocídio dos brasileiros.
Doze dias que abalaram os Estados Unidos
Manifestantes em St. Paul (Minnesota). Foto: NYT |
Deflagrados pelo assassinato de George Floyd pela polícia e alimentados pela relutância das autoridades de Minneapolis em prender e processar os três cúmplices do assassino, os protestos de multidões varreram os estados Unidos como intensidade inédita desde os anos 1960. Em mais de 150 cidades, os afro-americanos e seus aliados encheram as ruas, enfrentando a pandemia de Covid-19 e a violência da polícia. Desafiaram séculos de desigualdades de raça e classe, exigindo liberdade de justiça para todos e colocando em xeque uma estrutura de poder racista e corrupta, baseada em repressão violenta.
Pobreza e trabalho infantil na pandemia
Ilustração do vídeo Sementes, dos rappers Emicida e Drik Barbosa |
As consequências sócio-econômicas da pandemia de Covid-19 em todo o mundo colocam em risco a meta de erradicação do trabalho infantil até 2025. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima em 152 milhões de crianças do planeta trabalhando atualmente, número que vinha sendo reduzido, mas que mostra agora tendência de aumentar. Para muitas famílias, a crise representa a perda da renda familiar, a interrupção da educação e o fim de um dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes: o de não se obrigado a vender sua força de trabalho para sobreviver.
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