quinta-feira, 23 de julho de 2020
Covid-19 avança e o Brasil está "à deriva"
Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:
“O Brasil segue quebrando recordes em mortes diárias na América Latina e Caribe (…) Embora muitos tenham se acostumado com a subnotificação de mortes pela covid-19, esse número pode ser ainda maior e ter facilmente ultrapassado os 100 mil”. A avaliação é do epidemiologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Jesem Orellana, ao analisar os números atualizados da pandemia no país.
Fundeb: vitória da educação contra Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
A prorrogação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) pela Câmara dos Deputados pode ser considerada uma vitória histórica do povo brasileiro e das forças democráticas e progressistas. Trata-se do principal mecanismo de financiamento das escolas públicas. E mais: aumenta a quantidade de recursos que a União passa a depositar no Fundo.
Com isso, a desigualdade é reduzida à medida em que serão destinados mais recursos aos municípios mais pobres. As estimativas dão conta de que com as mudanças 17 milhões de alunos a mais serão beneficiados.
A prorrogação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) pela Câmara dos Deputados pode ser considerada uma vitória histórica do povo brasileiro e das forças democráticas e progressistas. Trata-se do principal mecanismo de financiamento das escolas públicas. E mais: aumenta a quantidade de recursos que a União passa a depositar no Fundo.
Com isso, a desigualdade é reduzida à medida em que serão destinados mais recursos aos municípios mais pobres. As estimativas dão conta de que com as mudanças 17 milhões de alunos a mais serão beneficiados.
O bem mais valioso dos trabalhadores
Por João Guilherme Vargas Netto
Agora que o Ministério Público do Trabalho relacionou 25 mil denúncias de que empresas e órgãos públicos estariam expondo trabalhadores ao risco de contaminação pelo Covid-19, em matéria da Folha assinada por Fernanda Brigatti, os sindicatos ficam desafiados a fazerem um levantamento dos contaminados em suas bases e das mortes ocorridas.
O Sindmotoristas de São Paulo, dos motoristas e dos cobradores, já fez esse dever de casa. A Secretaria de Saúde do sindicato registrou 747 casos suspeitos, 208 confirmados e 52 mortes durante a pandemia.
Para os metalúrgicos a direção da CNTM enviou questionários a serem respondidos, com poucos resultados até agora.
Agora que o Ministério Público do Trabalho relacionou 25 mil denúncias de que empresas e órgãos públicos estariam expondo trabalhadores ao risco de contaminação pelo Covid-19, em matéria da Folha assinada por Fernanda Brigatti, os sindicatos ficam desafiados a fazerem um levantamento dos contaminados em suas bases e das mortes ocorridas.
O Sindmotoristas de São Paulo, dos motoristas e dos cobradores, já fez esse dever de casa. A Secretaria de Saúde do sindicato registrou 747 casos suspeitos, 208 confirmados e 52 mortes durante a pandemia.
Para os metalúrgicos a direção da CNTM enviou questionários a serem respondidos, com poucos resultados até agora.
Guerra cibernética virá forte nas eleições
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Na eleição de 2018, a sociedade brasileira foi assombrada por um fenômeno surpreendente: a guerra cibernética – ou ciberguerra –; o dispositivo sujo e devastador planejado e empregado no campo de batalha eleitoral pela extrema-direita.
A votação que assegurou a vitória do Bolsonaro no 2º turno da eleição de 2018 com 57 milhões de votos é resultado, dentre outros fatores, também desta estratégia cibernética bem sucedida.
Até onde se sabe, a Cambridge Analytica [CA], empresa de tecnologia de informações criada por Steve Bannon para interferir e manipular processos eleitorais, foi pioneira neste experimento.
Na eleição de 2018, a sociedade brasileira foi assombrada por um fenômeno surpreendente: a guerra cibernética – ou ciberguerra –; o dispositivo sujo e devastador planejado e empregado no campo de batalha eleitoral pela extrema-direita.
A votação que assegurou a vitória do Bolsonaro no 2º turno da eleição de 2018 com 57 milhões de votos é resultado, dentre outros fatores, também desta estratégia cibernética bem sucedida.
Até onde se sabe, a Cambridge Analytica [CA], empresa de tecnologia de informações criada por Steve Bannon para interferir e manipular processos eleitorais, foi pioneira neste experimento.
Vitória da educação, derrota de Bolsonaro
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Neste vagalhão de fatos e notícias que só causam tristeza, revolta ou vergonha, a aprovação da PEC que prorroga o Fundeb pela Câmara é algo a celebrar.
Um clarão na noite escura.
Agora será permanente a cota da União no financiamento do ensino fundamental e médio, e também do ensino infantil, que antes não era coberto pelo fundo.
A cota federal passará, até 2026, dos atuais 10% do gasto total para 23%, em escala progressiva. Melhor ainda: a sanha de Bolsonaro para vetar decisões legislativas não poderá alcançar uma emenda constitucional.
Caberá ao Congresso promulga-la, logo que o Senado fizer sua parte.
Neste vagalhão de fatos e notícias que só causam tristeza, revolta ou vergonha, a aprovação da PEC que prorroga o Fundeb pela Câmara é algo a celebrar.
Um clarão na noite escura.
Agora será permanente a cota da União no financiamento do ensino fundamental e médio, e também do ensino infantil, que antes não era coberto pelo fundo.
A cota federal passará, até 2026, dos atuais 10% do gasto total para 23%, em escala progressiva. Melhor ainda: a sanha de Bolsonaro para vetar decisões legislativas não poderá alcançar uma emenda constitucional.
Caberá ao Congresso promulga-la, logo que o Senado fizer sua parte.
A direita chama o bolsonarismo à ordem
Por Roberto Amaral, em seu blog:
O acordão da casa-grande, tratado neste espaço como artimanha em andamento (“A tramoia da casa-grande para salvar Jair Bolsonaro”. 09.072020), deixa o campo das hipóteses e se estabelece como fato consumado, de que dá conta a nova linha editorial dos grandes jornais, para os quais a presença do capitão e sua récua no comando do país deixou de representar uma ameaça às instituições democráticas. Porque o fundamental, agora, é salvar a “pauta Guedes”, ameaçada de cair por terra com o esboroamento do governo.
O acordão da casa-grande, tratado neste espaço como artimanha em andamento (“A tramoia da casa-grande para salvar Jair Bolsonaro”. 09.072020), deixa o campo das hipóteses e se estabelece como fato consumado, de que dá conta a nova linha editorial dos grandes jornais, para os quais a presença do capitão e sua récua no comando do país deixou de representar uma ameaça às instituições democráticas. Porque o fundamental, agora, é salvar a “pauta Guedes”, ameaçada de cair por terra com o esboroamento do governo.
Greve contra as 750 demissões na Renault
Foto do site do SMC |
Trabalhadores da Renault de São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, decretaram greve por tempo indeterminado contra a demissão de 750 funcionários da unidade. A paralisação foi aprovada por unanimidade na noite da terça (21) em assembleia na porta da fábrica.
Desde o início da pandemia, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) encontra dificuldades de negociar com a empresa alternativas para manter os empregos.
quarta-feira, 22 de julho de 2020
O lixo que vai 'abrigar' Bolsonaro
Por Fernando Brito, em seu blog:
Com o fracasso da coleta das assinaturas para a criação do tal “Aliança pelo Brasil”, especula-se – sem que o presidente negue – que Jair Bolsonaro vai se filiar ao PTB – suprema afronta ao legado de Vargas.
A ler a nota da coluna de Monica Bergamo, hoje, e assistir à estarrecedora “entrevista” do presidente do partido e autor do convite ao presidente, Roberto Jefferson, entende-se a razão da escolha bolsonariana, que já começou a ficar clara com o ânimo com que ele assiste às falas do “petebista”.
Ontem, Jefferson, numa linguagem de lupanar, disse que dois ministros do Supremo são “sodomitas”, aos quais chama de “Carmem Miranda” e “Lulu Boca de Veludo” e descreve, lubricamente, supostas cenas “o ministro do Supremo, de quatro, com o negão pá, pufo-pufo nele”.
Com o fracasso da coleta das assinaturas para a criação do tal “Aliança pelo Brasil”, especula-se – sem que o presidente negue – que Jair Bolsonaro vai se filiar ao PTB – suprema afronta ao legado de Vargas.
A ler a nota da coluna de Monica Bergamo, hoje, e assistir à estarrecedora “entrevista” do presidente do partido e autor do convite ao presidente, Roberto Jefferson, entende-se a razão da escolha bolsonariana, que já começou a ficar clara com o ânimo com que ele assiste às falas do “petebista”.
Ontem, Jefferson, numa linguagem de lupanar, disse que dois ministros do Supremo são “sodomitas”, aos quais chama de “Carmem Miranda” e “Lulu Boca de Veludo” e descreve, lubricamente, supostas cenas “o ministro do Supremo, de quatro, com o negão pá, pufo-pufo nele”.
Militares, poder e contrapoder
Por André Singer, no site A terra é redonda:
O ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmou recentemente: “Não é aceitável que se tenha esse vazio no Ministério da Saúde. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a este genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”.
Evidentemente trata-se de uma declaração muito forte, mas ela é esperada diante dessa situação em que o governo brasileiro está crescentemente militarizado, muitos ministérios importantes da Esplanada ocupados por oficiais das três Forças, sobretudo do Exército. E no caso do Ministério da Saúde por um general da ativa.
O ministro do STF, Gilmar Mendes, afirmou recentemente: “Não é aceitável que se tenha esse vazio no Ministério da Saúde. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a este genocídio, não é razoável. É preciso pôr fim a isso”.
Evidentemente trata-se de uma declaração muito forte, mas ela é esperada diante dessa situação em que o governo brasileiro está crescentemente militarizado, muitos ministérios importantes da Esplanada ocupados por oficiais das três Forças, sobretudo do Exército. E no caso do Ministério da Saúde por um general da ativa.
Extrema direita ganha por W.O. nas redes
Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:
Enquanto você lê esta coluna, parte da rede bolsonarista de WhatsApp recebe aproximadamente 5 mil mensagens nos quase 2 mil grupos de apoio ao ex-capitão.
“A extrema direita ganha por W.O.”, quando há vitória de um time sem adversário. Assim Pedro*, expert em tecnologia e política, define a atual disputa ideológica entre direita e esquerda nas redes sociais. Ele segue sua explicação: “é como se fosse uma guerra aberta, na qual a direita vem com drone e bombardeio, e a esquerda joga um fogo de artifício para o alto para tentar demonstrar reação, sem exatamente entender que está numa guerra”.
“A extrema direita ganha por W.O.”, quando há vitória de um time sem adversário. Assim Pedro*, expert em tecnologia e política, define a atual disputa ideológica entre direita e esquerda nas redes sociais. Ele segue sua explicação: “é como se fosse uma guerra aberta, na qual a direita vem com drone e bombardeio, e a esquerda joga um fogo de artifício para o alto para tentar demonstrar reação, sem exatamente entender que está numa guerra”.
Contra os rentistas, revogar o Teto de Gastos
Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:
O cenário era aquele do período posterior à aprovação definitiva do impedimento de Dilma Roussef, em agosto de 2016. Michel Temer já tinha se aboletado no Palácio do Planalto e havia nomeado Henrique Meirelles para chefiar o ministério da Fazenda. A enorme pressão exercida pelos representantes do sistema financeiro e pelos “especialistas” dos grandes meios de comunicação referia-se – dia sim, outro também – à necessidade de impor um maior rigor no controle dos gastos públicos e mais austeridade na chamada “responsabilidade fiscal”.
O cenário era aquele do período posterior à aprovação definitiva do impedimento de Dilma Roussef, em agosto de 2016. Michel Temer já tinha se aboletado no Palácio do Planalto e havia nomeado Henrique Meirelles para chefiar o ministério da Fazenda. A enorme pressão exercida pelos representantes do sistema financeiro e pelos “especialistas” dos grandes meios de comunicação referia-se – dia sim, outro também – à necessidade de impor um maior rigor no controle dos gastos públicos e mais austeridade na chamada “responsabilidade fiscal”.
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