Por Marcos Dantas, no Jornal GGN:
No último dia 14, o Tribunal Superior Eleitoral anunciou ter concluído importantes acordos de cooperação com as plataformas YouTube, Facebook, WhatsApp, Instagram, Twitter, TikTok e Kwai: pelos acordos, as plataformas se comprometem a adotar medidas internas que possam filtrar ou bloquear a disseminação de notícias falsas, mentiras, desinformação durante o próximo período eleitoral. Se essas medidas serão mesmo efetivas, ou não, é uma outra história. Dos acordos, porém, esteve ausente um importante ator, o Telegram, plataforma de mensageria que hoje já se encontra instalada em mais de 50% dos aparelhos celulares brasileiros.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
De olho nas urnas (eletrônicas)
Charge: Pelicano |
Como acontece em todo ano eleitoral, daqui a pouco – passado o carnaval e com março avançando – o cenário começará a se mover com mais intensidade.
Alguns aspectos, porém, já se insinuam, e a menos que aconteçam mudanças drásticas, deverão ganhar forças conforme o tempo vá passando e a tensão aumentando.
De momento, duas candidaturas estão consolidadas, a de Lula e a de Jair Messias.
A tal “terceira via” tão ansiada pelos donos do dinheiro e pelo conglomerado oligopólico dos meios de comunicação não dá sinais sequer remotos de que irá decolar.
E, das consolidadas, é preciso desde já olhar com atenção o que se insinua na neblina: Bolsonaro, apesar de todas as aberrações que comete a cada minuto de cada hora, apesar da falta de rumo, apesar dos crimes de responsabilidade, mantém firme uma fatia considerável do eleitorado.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
Uma coalizão eleitoral ou um pacto político?
Charge: Gilmar |
Se a federação de partidos for tomada apenas como uma solução para salvar as pequenas legendas das cláusulas de barreira – que tiram a representação parlamentar daquelas que não obtiverem o mínimo exigido de votos nas próximas eleições para a Câmara dos Deputados – então é preciso pesar as suas inconveniências.
As obrigações decorrentes deste acordo fogem aos padrões das coalizões políticas tradicionais, onde os partidos que integram uma aliança eleitoral têm toda liberdade para trilhar o caminho que for, passada a eleição.
Segundo a nova lei, as forças políticas que formarem uma federação para disputar as eleições proporcionais devem permanecer unidas pelos quatro anos seguintes.
Estarão submetidas a um programa definido antes da disputa eleitoral, e poderão, por meio de regras pactuadas previamente, definir posições políticas que, votadas internamente, obrigam a obediência de todos seus integrantes.
As obrigações decorrentes deste acordo fogem aos padrões das coalizões políticas tradicionais, onde os partidos que integram uma aliança eleitoral têm toda liberdade para trilhar o caminho que for, passada a eleição.
Segundo a nova lei, as forças políticas que formarem uma federação para disputar as eleições proporcionais devem permanecer unidas pelos quatro anos seguintes.
Estarão submetidas a um programa definido antes da disputa eleitoral, e poderão, por meio de regras pactuadas previamente, definir posições políticas que, votadas internamente, obrigam a obediência de todos seus integrantes.
Quem vai subir no muro no segundo turno?
Charge: Jota Camelo |
Há uma dúvida razoável, que a maioria ainda escamoteia, porque é um dilema histórico que envolve omissões, surpresas, covardias e traições.
Esta é a dúvida: quem, entre os que já se habilitaram a concorrer à presidência da República, apoiará Lula num segundo turno contra a extrema direita, considerando-se que Bolsonaro dificilmente sai do páreo?
Tirando Sergio Moro, quem mais saltará fora ou ficará em cima do muro ou pode até declarar apoio a Bolsonaro? O que Ciro Gomes fará desta vez?
Para que lado irá João Doria, mantendo ou não a candidatura até o fim? Doria dará apoio protocolar e frouxo a Lula, ou será categórico?
Doria já é carta fora do baralho na eleição
Charge: Carol Cospe Fogo |
Matadoras para as pretensões de João Doria as declarações de Alexandre Leite à Folha nesta semana. Menos pela capacidade de análise do deputado federal pelo União Brasil e mais pelo que ele representa: Alexandre é filho de Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo.
Ninguém menos que o líder popular da zona Sul da capital que levou Doria para andar na periferia.
Primeiro na campanha pela prefeitura e depois ao governo do estado.
O filho de Leite diz que Doria tem problemas de personalidade – o que não é novidade.
Defende que o vice-governador Rodrigo Garcia – ex-DEM, ex-parceiro do pai – se afaste do gestor para manter suas pretensões de governar o estado.
Folha divulga fake news dos Bolsonaro
Charge: Latuff |
O diário paulistano Folha de S. Paulo decidiu fazer parte, ter uma rachadinha própria, na divulgação de fake news pela família Bolsonaro, ao publicar artigo nas suas versões online e imprensa, no qual o senador Flávio Bolsonaro não expressa opinião mas sim divulga mentiras e fala de coisas que nunca aconteceram, com acusações sem base nenhuma contra o ex-presidente Lula. Divulgar um artigo desses levanta sérias preocupações com a seriedade e a ética com que o jornal irá cobrir as eleições deste ano.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
Estadão e seus templários anti-Lula
Charge: Duke |
Que o Estadão tem ideia fixa em relação a Lula, não se discute. É uma convicção tão arraigada quanto seu respeito pela Revolução Constitucionalista.
Prova dessa fixação é a chamada da pesquisa eleitoral da Confederação Nacional dos Transportes.
A pesquisa permitiria inúmeras chamadas, tipo:
1. Lula mantém a liderança no 1º e 2º turno.
2. Bolsonaro se recupera levemente.
3. Ciro Gomes passa Sérgio Moro.
4. 65% dos eleitores não votariam em Doria em nenhuma hipótese.
Qual a chamada escolhida?:
“Bolsonaro tem 40% contra 30% de Lula entre os evangélicos”
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