quarta-feira, 13 de março de 2024
Vexame nos EUA e o ativismo dos bolsonaristas
Por Altamiro Borges
Nesta terça-feira (12), um grupo de deputados bolsonaristas foi barrado no Congresso Nacional dos EUA, em Washington. Na sequência, os panacas usaram um púlpito caindo aos pedaços para dar uma “coletiva à imprensa” diante do Capitólio – só que não tinha microfones, câmeras e nem jornalistas. Uma cena patética. Nas redes sociais, o vexame da comitiva nativa foi motivo de chacota, de gozação.
O filhote 03 do “capetão”, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vulgo Dudu Bananinha, foi o orador da turma. Junto com ele, entre outros, Gustavo Gayer (PL-GO), alvo de operações da Polícia Federal, Zé Trovão (PL-SC), que só recentemente se livrou da tornozeleira eletrônica, André Fernandes (PL-CE), outro enrolado no Supremo Tribunal Federal (STF), e o fascistinha Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Nesta terça-feira (12), um grupo de deputados bolsonaristas foi barrado no Congresso Nacional dos EUA, em Washington. Na sequência, os panacas usaram um púlpito caindo aos pedaços para dar uma “coletiva à imprensa” diante do Capitólio – só que não tinha microfones, câmeras e nem jornalistas. Uma cena patética. Nas redes sociais, o vexame da comitiva nativa foi motivo de chacota, de gozação.
O filhote 03 do “capetão”, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vulgo Dudu Bananinha, foi o orador da turma. Junto com ele, entre outros, Gustavo Gayer (PL-GO), alvo de operações da Polícia Federal, Zé Trovão (PL-SC), que só recentemente se livrou da tornozeleira eletrônica, André Fernandes (PL-CE), outro enrolado no Supremo Tribunal Federal (STF), e o fascistinha Marcel Van Hattem (Novo-RS).
É problema de governo, camarada
Operários/Tarsila do Amaral |
O publicitário João Santana, que trabalhou em diversas campanhas políticas no Brasil e na América Latina, concedeu uma entrevista à Folha de S. Paulo em maio de 2023. Na conversa, foi perguntado sobre a comunicação do governo Lula 3. Deu a seguinte resposta: “Fala-se muito que o governo tem problema de comunicação, mas acho que, na verdade, a comunicação sofre problemas de governo”.
Mais do que um problema na área da comunicação, o governo padece da falta de uma estratégia para enfrentar a profunda crise nacional e a nova conformação política com a intensa polarização com a ascensão da extrema-direita
A pesquisa Genial/Quaest aponta uma queda persistente da aprovação do trabalho do Lula e do governo federal, em comparação com os levantamentos anteriores do mesmo instituto. O sinal amarelo acendeu, mas ainda não houve uma mudança qualitativa. O quadro repete o padrão das pesquisas realizadas durante as eleições de 2022, especialmente entre os dois turnos.
O mundo gira e o neofascimo lusitano roda
Charge do site Correio da Madeira |
1. Quem ganhou e quem perdeu a eleição parlamentar de 10 de março em Portugal? O primeiro impulso é ver a Aliança Democrática, agora a maior minoria da Assembleia da República, como a grande vencedora.
À coligação de três legendas de direita – Partido Social Democrata (PPD/PSD), Partido Popular (CDS–PP) e Partido Popular Monárquico (PPM) – caberá a prerrogativa de atender a primeira chamada para a formação de governo.
Obteve 24,49% dos votos, o que resulta em 79 cadeiras num universo de 230.
O tento é ligeiramente superior aos 77 assentos conquistados pela soma das três agremiações nas legislativas anteriores, em 30 de janeiro de 2022. Para efeitos gerais, ficou quase do mesmo tamanho e dificilmente formará uma administração de minoria.
terça-feira, 12 de março de 2024
segunda-feira, 11 de março de 2024
Os jovens da extrema direita chegaram lá!
Por Moisés Mendes, em seu blog:
Nikolas Ferreira e Caroline de Toni têm virtudes, lá pra turma deles, que as esquerdas perderam e a extrema direita esfrega na cara da democracia. São dois jovens na linha de frente do bolsonarismo, escalados para uma missão que os coloca em outro patamar.
Ambos deixam de ser apenas propagadores da retórica fundamentalista para se transformar em protagonistas de ações políticas dentro do Congresso. Nikolas, na Comissão de Educação, e Caroline, na Comissão de Constituição e Justiça, passam a agir talvez até mais do que falar e pregar. Chegaram ao primeiro time.
As esquerdas que não enfiam a cabeça na areia devem ver a ascensão de ambos não como uma provocação da extrema direita a Lula, como andam dizendo, mas como um movimento de aposta no que eles representam.
Nikolas Ferreira e Caroline de Toni têm virtudes, lá pra turma deles, que as esquerdas perderam e a extrema direita esfrega na cara da democracia. São dois jovens na linha de frente do bolsonarismo, escalados para uma missão que os coloca em outro patamar.
Ambos deixam de ser apenas propagadores da retórica fundamentalista para se transformar em protagonistas de ações políticas dentro do Congresso. Nikolas, na Comissão de Educação, e Caroline, na Comissão de Constituição e Justiça, passam a agir talvez até mais do que falar e pregar. Chegaram ao primeiro time.
As esquerdas que não enfiam a cabeça na areia devem ver a ascensão de ambos não como uma provocação da extrema direita a Lula, como andam dizendo, mas como um movimento de aposta no que eles representam.
O lado B das pesquisas
Reprodução |
Alguns aspectos de um problema com múltiplas causas - a queda de popularidade de Lula e de seu governo, atestada pelas pesquisas Quaest e Ipec - passaram batidos pela grande maioria dos analistas de todas as inclinações políticas.
Em entrevista a Luis Nassif, na TV GGN, a jornalista Magali Cunha, pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (ISER), disse que um monitoramento feito pela instituição nas redes sociais de grupos religiosos, da extrema direita ou de hegemonia conservadora, de janeiro para cá, mostra um crescimento considerável na produção e disseminação de informações falsas, vinculando o governo e o PT à liberação de drogas e à descriminalização do aborto, entre outras fake news.
Xadrez de Lula e do fim das utopias
Foto: Ricardo Stuckert/PR |
Peça 1 – as circunstâncias do jogo
Os seis anos de Temer-Bolsonaro não significaram apenas o desmonte do Estado brasileiro.
A longa conspiração contra a democracia, inaugurada oficialmente com o mensalão, provocou um desequilíbrio de toda ordem, um enfraquecimento inédito do Executivo, um protagonismo indevido do Supremo, do Ministério Público Federal, do poder militar, das religiões evangélicas, do mercado, um caos institucional e político que abriu espaço para o bolsonarismo – que se tornou força política polarizadora com o PT.
No início da conspiração, com o mensalão, os quadros do PT com maior conhecimento sobre os sistemas de poder – José Dirceu, José Genoino, Luiz Gushiken – foram expelidos e Lula passou a contar apenas com sua intuição.
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