segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Os movimentos sociais e a comunicação

Enviado por Igor Felippe:

Se existe um ponto em que a mídia comercial se revela especialmente parcial e tendenciosa é a cobertura dos movimentos sociais e das lutas dos trabalhadores. Toda vez que ocorre uma greve ou uma passeata, os jornais e revistas da chamada grande mídia, assim como as emissoras de rádio e televisão, destacam o impacto que o protesto provoca na produção ou na rotina da população, não dando destaque para as reivindicações que levaram os trabalhadores a se mobilizar.


As lutas sociais no campo, em especial as ocupações de latifúndios dos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária, são tratadas pela imprensa como se fossem atos criminosos. E os verdadeiros crimes, como os assassinatos de lutadores do povo e defensores do meio ambiente por pistoleiros a mando de fazendeiros, raramente encontram espaço proporcional nos meios de comunicação.

As grandes empresas jornalísticas escondem ou minimizam o que não convém aos seus donos e seus anunciantes, assim como aos políticos que os representam. Já quando é do seu interesse, enfatizam, exageram, manipulam e até inventam. Assim funciona a imprensa empresarial, lançando mão de ênfases e omissões, como analisou o teórico estadunidense Noam Chomsky.

Para analisar essa situação e buscar meios para contrapor ao monopólio da informação no país, o jornal Brasil de Fato promove o seminário Jornalismo Popular: Movimentos Sociais e Desafios da Comunicação.

Convidamos estudantes e professores das faculdades de Jornalismo e da área da comunicação, assim como profissionais em todas as áreas da mídia, para uma jornada de um dia inteiro em contato com dirigentes de movimentos sociais, intelectuais e comunicadores da imprensa popular.

O objetivo é conhecer um pouco do Brasil que a chamada “grande mídia” esconde, dialogando com as fontes de informações que raramente conseguem levar a sua voz até a esfera pública. Dessa maneira, estudantes, professores e profissionais do Jornalismo poderão ter acesso a uma visão mais ampla e diversificada da realidade brasileira. Venha conhecer aquele lado que nunca tem a chance de ser fazer ouvir.

Você terá mais informações para desenvolver pautas que envolvem conflitos sociais. Só assim, com jornalistas com conhecimento sólido e amplo leque de fontes sobre as lutas dos trabalhadores, será possível ter no Brasil uma imprensa capaz contribuir na construção de um país democrático.

Seminário

Jornalismo Popular: movimentos sociais e desafios da comunicação

Dia - 26 de novembro
Horário - 9h às 18h
Local - PUC-SP, sala 239
Endereço - Campus Perdizes. Rua Ministro de Godoy, 969, São Paulo

Faça a sua inscrição - cursosbrasildefato@gmail.com

Certificação
PUC-SP/Brasil de Fato

Mais informações
http://cursosbrasildefato.blogspot.com/
Entrada Franca/Vagas Limitadas

Programação

-Brasil e a crise global- João Pedro Stedile (coordenação nacional do MST) - 9h00-10h30

-Comunicação como terreno de disputa

- Laurindo Lalo Leal Filho (sociólogo e jornalista, é professor de Jornalismo da ECA-USP)
- Bia Barbosa (Intervozes)

10h30-12h

-Cultura e novas mídias - Silvio Mieli (PUC-SP) e Pablo Ortelado (USP)

13h30-14h30

-Experiências da imprensa popular e movimentos sociais- Nilton Viana (Brasil de Fato), Comunicação MST/Via Campesina, Antonio Pacheco Jordão (TVT), Leonardo Sakamoto (Repórter Brasil), Juçara Zottis (Rádio Comunitária Cantareira)

14h30-16h

-Debate: Universidade e imprensa popular- ideias para um trabalho em conjunto
16h30-18h

Estudantes, professores e profissionais de jornalismo, participem! Conheçam as iniciativas dos movimentos sociais na área da comunicação!

Realização
Brasil de Fato

Apoio
Departamento de Jornalismo da PUC-SP

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