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Vocês são testemunhas de como oposição e mídia movem campanha permanente contra o PT, num esforço diário para associá-lo a irregularidades, à corrupção, à má gestão pública, à administração ineficiente. E o que se constata agora? Que no pente fino que a Justiça Eleitoral faz com base na Lei da Ficha Limpa em relação a candidatos na eleição deste ano, um dos partidos que têm menos candidatos barrados é exatamente o PT. E que o PSDB, os tucanos, partido e gente que posam de vestais o tempo todo são os campeões de candidatos Ficha Suja impugnados neste ranking.
Não passa de verniz descascado, portanto, a moralidade e pureza que dizem ter e querem passar à opinião pública. Dos 317 candidatos barrados até agora pela Justiça Eleitoral o PSDB simplesmente tem o maior número, 56 impugnados, e o PT está na 8ª posição nesse triste campeonato.
PSDB, o campeão de candidaturas impugnadas
O PSDB tem 56 candidatos a prefeito barrados, o corespondente a 17,6% dos 317 impedidos pelos TREs. O PMDB está em 2º lugar com 49 (15,5%). E o PT, em 8º lugar, teve 18 candidatos a prefeito impedidos de concorrer (5,7%).
Aos 56 do PSDB, precisamos juntar os 9 barrados do PPS, um partido infinitamente menor que o PT, mas que tem metade do número de petistas impugnados. Juntar porque são unha e carne. Desde sempre, desde que surgiu o novo partido dos antigos comunistas (PPS) nunca conseguiu ser nada além de uma linha auxiliar, espécie de sublegenda dos tucanos.
Todos os barrados ainda podem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eles serão votados normalmente, mas se perderem na instância máxima (TSE) terão de dar o lugar não a seus vices eleitos a 7 de outubro próximo, mas ao 2º colocado nas urnas. A maior parte dos impedidos teve contas de antigas administrações rejeitadas.
E a Folha de S.Paulo hein?
Espécie de líder entre os que alimentam esta fogueira inquisitorial, o mais ranzinza dentre os veículos de comunicação a acusar justa ou injustamente políticos e gestores por irregularidades administrativas e de todo tipo, publica hoje sua "Entrevista da 2ª" com o juiz Márlon Reis.
O magistrado trabalha no interior do Maranhão e foi um dos inspiradores do movimento que levou à elaboração e aprovação da Lei da Ficha Limpa resultado de iniciativa popular subcrita por mais de 1,5 milhão de assinaturas.
A Folha simplesmente não perguntou nada ao juiz Márlon na entrevista da segunda sobre este 1ºlugar dos tucanos campeões de Ficha Suja. Que coisa mais feia...E olha que a entrevista foi feita na última 6ª feira, quando já havia saído a lista de barrados pela Justiça Eleitoral...
A injustiça do termo petralhas, que não é político
Mas, não, ao invés de perguntar sobre a vitória dos tucanos neste campeonato, o jornal ficou dando voltas na questão da publicidade das doações de campanha, um assunto resolvidíssimo no país, já que a lei autoriza doações aos partidos e comitês financeiros.
Sem falar que, apesar de entrevistar um juiz que, como se vê pela entrevista, fala de política, não aproveitou para conversar e não falou nada da reforma política, do financiamento público de campanha, do voto em lista ou misto, questões que estão na raiz de muitas das práticas que levam candidatos a terem Ficha Suja e serem barrados pela Justiça eleitoral.
A propósito, eu gostaria que vocês lessem, também, o artigo Folha informa: Petralha é lenda!. Neste texto na revista Época o jornalista Paulo Moreira Leite analisa a classificação dos partidos nesses vetos impostos a candidatos pela Justiça Eleitoral. Usa o termo "Folha informa..." porque foi o jornal que deu o ranking de candidatos barrados pela Justiça eleitoral.
O artigo do Paulo termina por mostrar, principalmente a injustiça que nossos adversários cometem ao usarem o termo petralhas contra os petistas. Fazer política e travar a disccussão em níveis políticos é uma coisa; mas chegar ao ponto de associar o adversário aos Irmãos Metralhas, personagens de Walt Disney, francamente, é baixar muito o nível...
1 comentários:
Decisão sobre Banco Rural atinge ex-caixa de José Serra e ex-ministro de FHC
Gestão fraudulenta no Banco Rural reabre episódio da Privataria Tucana no Banco do Brasil
No leilão de privatização da Telebrás, em 1998, o ex-diretor do Banco do Brasil (BB) Ricardo Sérgio de Oliveira (ex-caixa de campanha de José Serra, e nome recorrente no livro Privataria Tucana), concedeu contrato de fiança à Solpart Participações Ltda., no valor de R$ 874 milhões, em violação a regras do BB e do Banco Central.
A Solpart, gerida pelo Banco Opportunity de Daniel Dantas, tinha capital social de apenas R$ 1 mil e apresentou como garantia apenas o aval da empresa Techold Participações S/A, que tinha capital de R$ 20 mil.
O Ministério Público Federal abriu ação penal por gestão temerária de instituição financeira, pois em caso de insolvência da Solpart, o BB só resgataria R$ 20 mil dos R$ 874 milhões que teria a pagar. O MP também denunciou que em menos de 24h fizeram a confecção do documento de análise de risco e a celebração do contrato de fiança, o que demonstraria passar por cima das normas.
O principal responsável pela fiança, presidente do Conselho de Administração do banco, era Pedro Parente, então ministro da Casa Civil de FHC, também denunciado pelo Ministério Público.
Em novembro de 2010, Ricardo Sérgio conseguiu um Habeas Corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para trancar a ação penal (confira aqui), com argumentos que provavelmente não seriam aceitos se os nomes envolvidos fossem outros e fizessem parte da Ação Penal 470 (o chamado "mensalão"), num caso clássico de injustiça do tipo "dois pesos, duas medidas".
Acontece que a Ação Penal 470 está criando jurisprudência para, em tese, denunciar as condutas daquela diretoria do Banco Brasil por outro tipo de crime: gestão fraudulenta, em vez de gestão temerária, o que permite aos Procuradores do Ministério Público Federal abrir nova ação penal.
A própria defesa dos réus que levou ao trancamento da ação por gestão temerária, ao afirmarem que agiram na informalidade, considerando os grupos que compunham o consórcio sólidos para pagar, soa como confissão de fraude as normas, de forma deliberada.
Pau que bate em Chico também baterá em Francisco?
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