Não são apenas os bafômetros do Rio de Janeiro que atrapalham
os sonhos presidenciais de Aécio Neves. Os tucanos dão muito mais trabalho. Na
semana passada, o governador paulista Geraldo Alckmin explicitou que discorda do
projeto do senador mineiro de presidir o PSDB como forma de alavancar sua
candidatura para 2014. O recado curto e grosso foi dado durante um jantar no
apartamento do próprio Aécio Neves, em Brasília, segundo relato da repórter Daniela
Lima, da Folha. Quando não é a ressaca, é a indigestão!
A discordância foi expressa diante dos outros cinco
governadores tucanos e dos principais líderes da sigla. “Alckmin afirmou que
Aécio ‘não precisaria’ presidir o PSDB para se viabilizar e sugeriu que a
projeção que ganharia no cargo seria prejudicial para suas aspirações, ao
colocá-lo em atrito permanente com o governo. Nenhum outro governador concordou
com Alckmin no jantar, mas o episódio serviu para expor as dificuldades que
Aécio encontra para unir o partido em torno de seu projeto político”, descreve
a matéria.
A manobra para eleger o senador mineiro como presidente
nacional do PSDB foi articulada por seus aliados e recebeu o respaldo do
ex-presidente FHC, o “guru” dos tucanos. Ela era considerada essencial para
viabilizar o projeto do cambaleante candidato. Mas esbarrou em obstáculos. O
primeiro a chiar foi José Serra, o eterno candidato tucano, que até andou insinuando
que poderia deixar a legenda. Agora, é Geraldo Alckmin que reclama do apetite
dos aecistas. As bicadas no ninho tucano são cada vez mais sangrentas!
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