sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Aécio: aflito, “boladasso” e frito

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O senador Aécio Neves atira para todos os lados e não acerta em lado algum.

Só tem dois motes: criticar o governo por “estar fazendo campanha eleitoral” e Lula por “dever tudo o que foi” ao legado de Fernando Henrique Cardoso.

Isso não lhe dará, como é óbvio, um voto em Parada de Lucas ou em Capão Redondo.


O facebook “Aécio Boladasso” que lançou para “enfrentar” a paródia espontânea e bem-sucedidíssima do “Dilma Bolada” é só mais um dos pequenos ridículos que sua marquetagem lhe arranja, como o “vamos conversar”…

Aécio está, como se disse aqui, perdido, sendo progressivamente envolvido pela sua própria incapacidade.

Sabe, como a gente já disse aqui e, hoje, o Estadão confirma, que Serra empurra o PPS para um balé com Eduardo Campos que só visa expor sua fragilidade.

O PPS de Freire, como o seu mandato por São Paulo, é uma franquia de José Serra.

O problema de Aécio é que o PSDB sabe que, com ele, não tem senão a si mesmo e nenhum possibilidade de vitória nacional.

Sua “base”, a cada dia, pensa em como salvar os dedos regionais, se o anel nacional já se foi.

Aécio é um rei fraco. E o baronato sabe que reis fracos enfraquecem seu poder local, de resto já quase dizimado em 2010.

Os barões tucanos mais poderosos – Geraldo Alckmin e Beto Richa – já há tempos abriram pontes com o PSB Campista e com ele irão, se Marina não tornar a “candidatura posta” do pernambucano em “deposta”.

Serra, espertamente, sabe que Marina lhe devolverá o comando do campo conservador e que a mídia, depois de seu flerte com ela, voltará a apoiá-lo, claro que deixando alguns meninos e meninas brincarem de “disruptura”.

E Serra está se movendo, fazendo o que sabe fazer melhor: sabotar.

Não se descuide Aécio do que houve com Roseana Sarney.

Ainda temos algum tempo para as fantasias, mas a realidade já começou a se erguer e tornar visível.

Porque, afinal, o que estará em jogo dentro de um ano é o poder real.

Onde as candidaturas se prestarão a representar forças reais em luta.

Aécio, mesmo com três anos de domínio incontrastável do PSDB, jamais se afirmou como um líder capaz de reconduzir a direita ao poder.

E, afinal de contas, ele próprio parece ter se dado conta disso.

Se não se deu, logo darão por ele.

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