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Na eleição passada, certamente no cumprimento de seus deveres jornalísticos, Merval Pereira andou tomando uns cafezinhos na embaixada americana, trocando idéias sobre apenas aquilo que ele próprio já escrevia no jornal, é claro.
Desta vez, porém, parece que não repetiram o convite, talvez por se convencerem que as análises de Merval são não apenas ruins como, em geral, furadas.
Vejam como ele garantia que Marina estava sólida, há apenas três dias:
"Ao contrário do que anunciavam os blogs petistas e seus “trackings” imaginários, a candidata Marina Silva do PSB continua onde sempre esteve nas últimas semanas, na casa dos 30% das intenções de voto, mantendo uma razoável, e diria mesmo quase insuperável, distância do terceiro colocado, o tucano Aécio Neves, que depois de ter dado uma crescida alentadora, estacionou nos 19% dos votos.
Chega a ser engraçada, se não patética, a tentativa de institutos de pesquisa ligados ao PT de dar uma esperança ao candidato do PSDB, anunciando um “derretimento” da candidatura de Marina que não aconteceu segundo o Ibope".
Como atenuante, Merval admite que houve recuperação de Dilma em relação à pesquisa em que Marina surgiu como um foguete , “mas essa recuperação aconteceu logo na pesquisa seguinte, pois há três semanas os números estão parados no mesmo lugar, com alternância de posições entre as duas dentro da margem de erro”
72 horas depois, após uma traulitada de 13 pontos de diferença no Datafolha, Merval se agarra no incrível e não dá o bigode a torcer:
"A propaganda eleitoral pelo rádio e televisão aparentemente não alavancou a candidatura de Dilma, que na semana anterior ao início do horário eleitoral tinha 36% dos votos e hoje chegou aos 40%. Também Aécio Neves continua na mesma situação em que entrou, tinha 20% e hoje tem 18%. Já Marina foi a única que cresceu, de 21% para 27%".
Mas até Merval, o estóico, acaba por reconhecer que “a única que cresceu” agora, “na reta final da eleição sua trajetória é de queda”.
Dá para ver, com essa capacidade de antevisão e análise, porque os gringos resolveram economizar o café.
E, coitado, a desorientação é tanta que não consegue nem mesmo observar que, ao contrário do que diz, a tendência não é os eleitores tucanos abandonarem Aécio para darem “voto útil” a Marina mas a de Marina perder votos originalmente tucanos à medida em que vai se mostrando mais fraca.
Deviam chamar o feroz acadêmico. Afinal, Merval Pereira de marinista empedernido é um espetáculo que vale um café dos melhores.
Como atenuante, Merval admite que houve recuperação de Dilma em relação à pesquisa em que Marina surgiu como um foguete , “mas essa recuperação aconteceu logo na pesquisa seguinte, pois há três semanas os números estão parados no mesmo lugar, com alternância de posições entre as duas dentro da margem de erro”
72 horas depois, após uma traulitada de 13 pontos de diferença no Datafolha, Merval se agarra no incrível e não dá o bigode a torcer:
"A propaganda eleitoral pelo rádio e televisão aparentemente não alavancou a candidatura de Dilma, que na semana anterior ao início do horário eleitoral tinha 36% dos votos e hoje chegou aos 40%. Também Aécio Neves continua na mesma situação em que entrou, tinha 20% e hoje tem 18%. Já Marina foi a única que cresceu, de 21% para 27%".
Mas até Merval, o estóico, acaba por reconhecer que “a única que cresceu” agora, “na reta final da eleição sua trajetória é de queda”.
Dá para ver, com essa capacidade de antevisão e análise, porque os gringos resolveram economizar o café.
E, coitado, a desorientação é tanta que não consegue nem mesmo observar que, ao contrário do que diz, a tendência não é os eleitores tucanos abandonarem Aécio para darem “voto útil” a Marina mas a de Marina perder votos originalmente tucanos à medida em que vai se mostrando mais fraca.
Deviam chamar o feroz acadêmico. Afinal, Merval Pereira de marinista empedernido é um espetáculo que vale um café dos melhores.
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