quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Metrô censura livro sobre black blocs

Por Altamiro Borges

Numa decisão arbitrária, a direção tucana do Metrô paulista se recusou a veicular nas suas estações e trens um anúncio publicitário do livro "Mascarados: A verdadeira história dos adeptos da tática black bloc", da Geração Editorial – a mesma editora que publicou "A privataria tucana" e "O príncipe da privataria". A obra, de autoria da cientista social Esther Solano e dos jornalistas William Novaes e Bruno Paes Manso – analisa os protestos da famosa jornada de junho em São Paulo, que se alastraram pelo país após as cenas de violência amplamente divulgadas pela mídia.

Segundo a Folha, o Metrô fez a censura após "tomar conhecimento de que o objeto da propaganda era um livro sobre os black blocs, ativistas associados à violência nas manifestações no país a partir de junho de 2013". A editora já havia negociado 20 espaços publicitários com a estatal e até enviou a arte do anúncio. "Horas depois, o setor de marketing do Metrô informou, segundo a Geração Editorial, que a peça não foi autorizada pois poderia incitar a violência. O Metrô disse à editora ter autonomia para barrar anúncios que contrariem seu regulamento".

Em nota, a empresa criticou "o anúncio censurado pelo Metrô de São Paulo, sem motivos plausíveis... A Geração Editorial não foi informada sobre as regras do regulamento e elas não constam no mídia kit". No maior cinismo, a direção da estatal respondeu que é "totalmente favorável à liberdade de expressão" e que disponibiliza "diversos espaços para manifestações artísticas, culturais e publicitárias". Baita "liberdade de expressão" a dos tucanos paulistas!

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1 comentários:

carlos rodrigues soares disse...

não deveria censurar o anúncio dos coxinhas white blocks. ou eles estão sem água para tomar banho?