Por Dandara Lima, no site da UJS:
Dia internacional da Não Violência Contra as Mulheres desde 1999, o dia 25 de novembro é simbólico no combate à violência de gênero e faz parte da campanha “16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”.
A data foi escolhida para lembrar o violento assassinato das irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa) no dia 25 de Novembro de 1960, pelo ditador Rafael Trujilo, na República Dominicana. No 1º Encontro Feminista da América Latina e Caribe, em Bogotá, na Colômbia, entre os dias 18 a 21 de Julho de 1981, houve uma grande mobilização para denunciar os recorrentes casos de violência de gênero, desde os castigos domésticos, às violações e torturas sexuais, o estupro, o assédio sexual, a violência pelo governo, incluindo tortura e abuso de mulheres prisioneiras.
Atos, debates e intervenções acontecem em várias cidades do Brasil para lembrar a data. Em São Paulo, em frente ao Parque Trianon Masp na Avenida Paulista, um grupo de mulheres organizou uma tarde de intervenções para coletar assinaturas para pressionar o governo estadual a mudar o horário de atendimento das Delegacias da Mulher , para 24 horas por dia, todos os dias da semana. Atualmente a Delegacia da Mulher só funciona em horário comercial, de segunda a sexta.
O grupo entregou material informativo, apitos e convidou as mulheres que passavam pelo parque a se manifestarem contra a violência à mulher através de pintura, desenhos, recados e frases. Algumas mulheres que pararam para participar do ato compartilharam suas histórias e vivência com a violência doméstica e assédio sexual.
“Nos anos 80, não adiantava chamar a polícia. Eles diziam que era normal. Inclusive quando o marido obrigava a mulher a fazer sexo não era considerado estupro. Meu marido chegou a chutar minha barriga quando eu estava grávida, mas eu nunca fiquei quieta e fico muito feliz ao ver que a juventude carrega essa bandeira. Ajudei na mobilização da primeira Delegacia da Mulher e é muito difícil ver que o atendimento ainda é precário, as mulheres em situação de violência ainda são atendidas por policiais homens com pouca ou quase nenhuma empatia”, declarou Lenice Oliveira, aposentada, que foi exilada política no período da Ditadura Militar.
Segundo a das Nações Unidas (ONU), uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado e 133 milhões de mulheres e meninas sofreram mutilação genital. No Brasil, em 2013 o número de estupros denunciados superou o número de homicídios.
“Eu lembro muito bem do ano em que a Lei Maria da Penha foi aprovada. Meu ex-marido me deu duas facadas e a polícia nem se quer apareceu na minha casa, minhas vizinhas me socorreram”, conta Flávia* ao mostrar as cicatrizes no pescoço.
A campanha “16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” vai até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dia internacional da Não Violência Contra as Mulheres desde 1999, o dia 25 de novembro é simbólico no combate à violência de gênero e faz parte da campanha “16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”.
A data foi escolhida para lembrar o violento assassinato das irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa) no dia 25 de Novembro de 1960, pelo ditador Rafael Trujilo, na República Dominicana. No 1º Encontro Feminista da América Latina e Caribe, em Bogotá, na Colômbia, entre os dias 18 a 21 de Julho de 1981, houve uma grande mobilização para denunciar os recorrentes casos de violência de gênero, desde os castigos domésticos, às violações e torturas sexuais, o estupro, o assédio sexual, a violência pelo governo, incluindo tortura e abuso de mulheres prisioneiras.
Atos, debates e intervenções acontecem em várias cidades do Brasil para lembrar a data. Em São Paulo, em frente ao Parque Trianon Masp na Avenida Paulista, um grupo de mulheres organizou uma tarde de intervenções para coletar assinaturas para pressionar o governo estadual a mudar o horário de atendimento das Delegacias da Mulher , para 24 horas por dia, todos os dias da semana. Atualmente a Delegacia da Mulher só funciona em horário comercial, de segunda a sexta.
O grupo entregou material informativo, apitos e convidou as mulheres que passavam pelo parque a se manifestarem contra a violência à mulher através de pintura, desenhos, recados e frases. Algumas mulheres que pararam para participar do ato compartilharam suas histórias e vivência com a violência doméstica e assédio sexual.
“Nos anos 80, não adiantava chamar a polícia. Eles diziam que era normal. Inclusive quando o marido obrigava a mulher a fazer sexo não era considerado estupro. Meu marido chegou a chutar minha barriga quando eu estava grávida, mas eu nunca fiquei quieta e fico muito feliz ao ver que a juventude carrega essa bandeira. Ajudei na mobilização da primeira Delegacia da Mulher e é muito difícil ver que o atendimento ainda é precário, as mulheres em situação de violência ainda são atendidas por policiais homens com pouca ou quase nenhuma empatia”, declarou Lenice Oliveira, aposentada, que foi exilada política no período da Ditadura Militar.
Segundo a das Nações Unidas (ONU), uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual, cerca de 120 milhões de meninas já foram submetidas a sexo forçado e 133 milhões de mulheres e meninas sofreram mutilação genital. No Brasil, em 2013 o número de estupros denunciados superou o número de homicídios.
“Eu lembro muito bem do ano em que a Lei Maria da Penha foi aprovada. Meu ex-marido me deu duas facadas e a polícia nem se quer apareceu na minha casa, minhas vizinhas me socorreram”, conta Flávia* ao mostrar as cicatrizes no pescoço.
A campanha “16 dias de Ativismo Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres” vai até o dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
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