Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Chegou a mim o vídeo em que a jornalista Cecília Malan entra em pânico, ao vivo, na cobertura de um dos atentados de Paris.
O vídeo viralizou nas redes sociais, e fui observar os comentários. Um deles era de uma internauta italiana, que se divertiu com a cena bizarra e a compartilhou.
Pelo lado bom, isso quer dizer que Cecília e a Globo se tornaram notícia mundial.
Mas o comentário que resumiu tudo, em minha opinião, foi outro. “Sem noção a Globo.”
Clap, clap, clap. Palmas. De pé.
Cecília não tem culpa de nada. A responsabilidade toda é de quem a colocou numa missão para a qual ela estava evidentemente despreparada.
Escolher a pessoa adequada para cada tarefa é um dos fundamentos do jornalismo. Mas a Globo não é tão boa assim em fundamentos.
Cecília tem todos os atributos para não cobrir um caso tão dramático quanto aquele.
É jovem, inexperiente e foi criada num ambiente altamente protegido, como filha de Pedro Malan, homem forte da economia sob FHC.
Até ser obrigada a ouvir tiros, a a eles reagir vexatoriamente, ela fazia coisas na Globo como entrevistar os garotos do One Direction e Adele.
Estava estacionada em Londres, para onde foi devolvida agora. No Twitter, ela anunciou seus próximos trabalhos londrinos. Vai entrevistar Colin Forth e outros atores, e pediu perguntas a seus seguidores.
Esta é Cecília Malan.
De quem foi a ideia de colocá-la em Paris?
Aparentemente, não é uma questão que preocupe o comando jornalístico da Globo.
Foi postada nas redes sociais, hoje, uma carta que o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, enviou à Folha.
Um repórter da Folha deu, ontem, que Cecília tinha sido tirada da cobertura dos desdobramentos dos tumultos em Paris.
Kamel disse, em sua carta ao jornal, que ela não fora afastada. E concluiu dizendo que Cecília merecia “aplausos e não insinuações”.
É uma afirmação, para voltar ao comentário já citado de um internauta, completamente sem noção.
Ali Kamel tem duas compulsões: processar blogueiros e escrever cartas para jornais para desmentir, ou tentar fazê-lo, notícias desagradáveis.
É um hábito que ele, aparentemente, herdou de outro diretor de jornalismo da TV Globo, Evandro Carlos de Andrade, já morto.
Quando eu dirigia a Exame, demos uma matéria que criticava o critério de notícia da TV Globo. Um campeonato mundial de clubes não estava sendo coberto pela Globo porque não era ela que o transmitia.
Era um fato, não uma opinião, e ainda assim chegou uma carta de Evandro a mim sobre o texto que déramos.
Mais tarde, quando trabalhei na Globo, me contaram que era uma mania dele: não deixar nada sem resposta. Nem o irrespondível.
Kamel talvez devesse prestar mais atenção na audiência do Jornal Nacional no que em pequenas notícias sobre a Globo.
Sob sua gestão, a audiência do jornalismo da Globo desaba, desaba e ainda desaba. Não que seja inteiramente culpa dele, é verdade: ainda que se tratasse de um jornalista brilhante, a internet é um competidor forte demais para a tevê e qualquer outra mídia.
Ainda assim, você pode pelo menos mitigar a queda de público.
Mas não é escalando novatos como Cecília Malan para jornadas altamente desafiadoras e nem escrevendo cartas para jornais.
O vídeo viralizou nas redes sociais, e fui observar os comentários. Um deles era de uma internauta italiana, que se divertiu com a cena bizarra e a compartilhou.
Pelo lado bom, isso quer dizer que Cecília e a Globo se tornaram notícia mundial.
Mas o comentário que resumiu tudo, em minha opinião, foi outro. “Sem noção a Globo.”
Clap, clap, clap. Palmas. De pé.
Cecília não tem culpa de nada. A responsabilidade toda é de quem a colocou numa missão para a qual ela estava evidentemente despreparada.
Escolher a pessoa adequada para cada tarefa é um dos fundamentos do jornalismo. Mas a Globo não é tão boa assim em fundamentos.
Cecília tem todos os atributos para não cobrir um caso tão dramático quanto aquele.
É jovem, inexperiente e foi criada num ambiente altamente protegido, como filha de Pedro Malan, homem forte da economia sob FHC.
Até ser obrigada a ouvir tiros, a a eles reagir vexatoriamente, ela fazia coisas na Globo como entrevistar os garotos do One Direction e Adele.
Estava estacionada em Londres, para onde foi devolvida agora. No Twitter, ela anunciou seus próximos trabalhos londrinos. Vai entrevistar Colin Forth e outros atores, e pediu perguntas a seus seguidores.
Esta é Cecília Malan.
De quem foi a ideia de colocá-la em Paris?
Aparentemente, não é uma questão que preocupe o comando jornalístico da Globo.
Foi postada nas redes sociais, hoje, uma carta que o diretor de jornalismo da Globo, Ali Kamel, enviou à Folha.
Um repórter da Folha deu, ontem, que Cecília tinha sido tirada da cobertura dos desdobramentos dos tumultos em Paris.
Kamel disse, em sua carta ao jornal, que ela não fora afastada. E concluiu dizendo que Cecília merecia “aplausos e não insinuações”.
É uma afirmação, para voltar ao comentário já citado de um internauta, completamente sem noção.
Ali Kamel tem duas compulsões: processar blogueiros e escrever cartas para jornais para desmentir, ou tentar fazê-lo, notícias desagradáveis.
É um hábito que ele, aparentemente, herdou de outro diretor de jornalismo da TV Globo, Evandro Carlos de Andrade, já morto.
Quando eu dirigia a Exame, demos uma matéria que criticava o critério de notícia da TV Globo. Um campeonato mundial de clubes não estava sendo coberto pela Globo porque não era ela que o transmitia.
Era um fato, não uma opinião, e ainda assim chegou uma carta de Evandro a mim sobre o texto que déramos.
Mais tarde, quando trabalhei na Globo, me contaram que era uma mania dele: não deixar nada sem resposta. Nem o irrespondível.
Kamel talvez devesse prestar mais atenção na audiência do Jornal Nacional no que em pequenas notícias sobre a Globo.
Sob sua gestão, a audiência do jornalismo da Globo desaba, desaba e ainda desaba. Não que seja inteiramente culpa dele, é verdade: ainda que se tratasse de um jornalista brilhante, a internet é um competidor forte demais para a tevê e qualquer outra mídia.
Ainda assim, você pode pelo menos mitigar a queda de público.
Mas não é escalando novatos como Cecília Malan para jornadas altamente desafiadoras e nem escrevendo cartas para jornais.
10 comentários:
ta preocupado com a audiencia do seu inimigo?
O MUHSE, Museu do Homem Sergipano, ligado à UFS, conta, através de suas peças, a História da ocupação do território, desde o homem primitivo, passando pelos invasores portugueses, o ciclo do açúcar, etc. Agora, o site Reino de Clio disponibiliza a visita virtual, com imagens feitas por alunos da UFS para preservação digital do acervo. Vale à pena conhecer. Onde? No Reino de Clio!
http://reino-de-clio.com.br/
Fazer parte da Globo não é para qualquer um não, achei que Cecilia Malan foi ótima e reagiu como qualquer ser humano, foi um justo inesperado. Agora quem não tem condições e capacidade de trabalhar na Rede Globo de Televisão, fica falando o que não deve. Cecilia Malan, pode ser até tachada de novata, porém ela é uma profissional competente, que faz seu trabalho sem prejudicar
aos outros, e melhor ainda uma profissional com ética... Antonia Maria - Fortaleza. Ceará
Nossa, ontem fui procurar esse vídeo da Cecília Malan admitindo que não tinha notícias porque tava sem internet etc e simplesmente não existe mais! Sumiram com todas as versões do vídeo da Internet! Nada, nadinha. Alguém sabe onde eu acho? Queria muito rever pra rir da gafe mas a Globo simplesmente sumiu com o vídeo. Alguém que o tiver me manda por e-mail please? dedehvale@gmail.com
Bem, acho que esta jornalista é muito esforçada e MUITO despreparada em vários sentidos. Não consigo escutar uma notícia que ela narra, pois não sei onde ficam LondreX e PariX. Gente, alguém paga um curso de dicção de portugues para ela. Nào é o problema do sotaque, mas ela deve ter problemas vocaiX. Não suporto.... além de ser bem fraquinha né....
A inveja é uma merda!
Cecília continue com seu trabalho tranquilamente pois com ou sem experiência vc está matando uma turma de não globais de inveja.....
Cecília parabéns!!!! A inveja é uma merda 2
XEXILIA MALAN!
Boa jornalista. Péssima dicção.
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