Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:
A série de denúncias sobre pagamentos de propinas a diretores da Fifa e ainda o envolvimento da empresa de marketing esportivo de J. Awilla, uma figura com fortes vínculos com a Rede Globo, merecem aprofundamento investigativo. É hora também de investigar o que se passa na cúpula do futebol brasileiro.
Não adianta a maior rede de televisão do país, a Globo, tentar demonstrar que o escândalo não envolve as transmissões exclusivas de partidas de futebol, porque desta vez será impossível que o tema não venha a ser investigado. É um desafio inclusive para a recém-criada Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Antes mesmo de virem à tona os escândalos, inclusive com a prisão na Suíça do cartola José Maria Marin, já se questionava o motivo pelo qual a Rede Globo impunha inclusive os horários das partidas de futebol a serem transmitidas.
Imposição
Por imposição da Rede Globo, partidas do campeonato brasileiro se iniciam depois das novelas da emissora, em um horário incompatível para quem trabalha e tem de acordar cedo no dia seguinte.
O tema necessita de aprofundamento e debate, inclusive é preciso conhecer o que se passa em países vizinhos, como, por exemplo, a Argentina. Por lá, a nova lei dos meios de comunicação, debatida durante pelo menos três anos pela sociedade, resultou na quebra do monopólio de um gigante midiático, como o grupo Clarin, nas transmissões pela TV de partidas de futebol.
Com isso, os direitos de transmissão ficaram sob a responsabilidade da TV Pública, o que resultou em grande avanço para a cidadania apreciadora do futebol.
Monopólio
Houve uma forte oposição de grupos privados que lucravam enormemente com o monopólio de transmissão anterior. Hoje, os aficionados do futebol podem acompanhar as partidas de forma bem mais facilitada do que antes. Venceu, portanto, a democracia.
O que aconteceu por lá deveria servir de exemplo para o Brasil. Mas para que isso aconteça, é necessário, antes de qualquer coisa, que a sociedade brasileira se mobilize e pressione o Legislativo e o Executivo no sentido de pelo menos debater o tema geral das mudanças necessárias na legislação midiática. Só dessa forma as transformações podem ocorrer.
A série de denúncias sobre pagamentos de propinas a diretores da Fifa e ainda o envolvimento da empresa de marketing esportivo de J. Awilla, uma figura com fortes vínculos com a Rede Globo, merecem aprofundamento investigativo. É hora também de investigar o que se passa na cúpula do futebol brasileiro.
Não adianta a maior rede de televisão do país, a Globo, tentar demonstrar que o escândalo não envolve as transmissões exclusivas de partidas de futebol, porque desta vez será impossível que o tema não venha a ser investigado. É um desafio inclusive para a recém-criada Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Antes mesmo de virem à tona os escândalos, inclusive com a prisão na Suíça do cartola José Maria Marin, já se questionava o motivo pelo qual a Rede Globo impunha inclusive os horários das partidas de futebol a serem transmitidas.
Imposição
Por imposição da Rede Globo, partidas do campeonato brasileiro se iniciam depois das novelas da emissora, em um horário incompatível para quem trabalha e tem de acordar cedo no dia seguinte.
O tema necessita de aprofundamento e debate, inclusive é preciso conhecer o que se passa em países vizinhos, como, por exemplo, a Argentina. Por lá, a nova lei dos meios de comunicação, debatida durante pelo menos três anos pela sociedade, resultou na quebra do monopólio de um gigante midiático, como o grupo Clarin, nas transmissões pela TV de partidas de futebol.
Com isso, os direitos de transmissão ficaram sob a responsabilidade da TV Pública, o que resultou em grande avanço para a cidadania apreciadora do futebol.
Monopólio
Houve uma forte oposição de grupos privados que lucravam enormemente com o monopólio de transmissão anterior. Hoje, os aficionados do futebol podem acompanhar as partidas de forma bem mais facilitada do que antes. Venceu, portanto, a democracia.
O que aconteceu por lá deveria servir de exemplo para o Brasil. Mas para que isso aconteça, é necessário, antes de qualquer coisa, que a sociedade brasileira se mobilize e pressione o Legislativo e o Executivo no sentido de pelo menos debater o tema geral das mudanças necessárias na legislação midiática. Só dessa forma as transformações podem ocorrer.
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