Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:
A política é feita de sinais. Quando escreveu a insólita carta para Dilma, em dezembro, Michel Temer enviava um sinal para o PSDB de São Paulo (com quem se reunira alguns dias antes): embarquei na aventura do impeachment, contem comigo.
Ali, Temer tentou dar o bote. Mas errou o cálculo. Nos dias seguintes, as reações nas redes sociais e na sociedade transformaram o vice num personagem menor: “decorativo”, como ele mesmo escreveu na ridícula carta.
Temer se abraçou a Eduardo Cunha e a José Serra na hora errada, e agora está ameaçado de ficar sem a presidência da República e também sem a presidência do PMDB. É por isso que, neste início de 2016, Temer emite novos sinais. Fez chegar à imprensa que está “arrependido” de ter escrito a carta (clique aqui pra saber mais sobre o Temer arrependido). Trata-se de movimento calculado, numa operação de redução de danos.
Um importante parlamentar do PT, com quem conversei hoje, disse que a estratégia do governo Dilma passa por uma recomposição com Temer – mas tendo agora o vice numa posição mais fraca.
O vice “decorativo” terá que aceitar um acordo em que ele, Temer, permaneça à frente do PMDB, mas com Leonardo Picciani (PMDB-RJ) na liderança de um PMDB majoritariamente governista. Claro que a bancada do maior partido na Câmara seguirá fracionada, mas esse arranjo garantiria os votos para barrar o impeachment e, mais à frente, eleger o próprio Picciani para a presidência da Câmara – depois de um provável afastamento de Eduardo Cunha, promovido pelo STF.
Michel Temer sonhava com um salto maior. Mas errou o bote. E agora precisa se realinhar com Dilma. Até porque os dois (Temer e Dilma) terão que estar juntos na batalha que travarão no TSE, contra a pretensão golpista (do PSDB e de Marina Silva) de cassar a chapa vencedora na eleição de 2014.
A nova composição com Temer é parte da estratégia de reorganizar o governo, para enfrentar uma conjuntura ainda difícil em 2016. A outra parte da operação, garante a este blogueiro o parlamentar do PT, é trazer o PSB de volta à base governista.
O PSB não tem tantos votos na Câmara, mas há o aspecto simbólico: o governo, com Temer e o PSB, mostraria força pra seguir até 2018 sem maiores sobressaltos.
Esta operação está em curso neste momento.
As declarações de Temer, que agora se mostra arrependido da famosa carta, são uma prova de que o governo está ganhando a batalha no PMDB. E esse será um passo decisivo para enterrar o impeachment, ainda no primeiro semestre de 2016.
O que pode atrapalhar essa operação? A economia. O Brasil terá meses muito difíceis em abril/maio – quando milhares de trabalhadores (demitidos em 2015) deixarão de contar com o seguro-desemprego. A expectativa entre os governistas é enfrentar os sobressaltos sociais de 2016 com uma posição já mais consolidada no Parlamento.
Pra isso, é fundamental que a economia comece a reagir no fim do primeiro semestre. Pra isso, o aumento do salário mínimo, o reajuste das aposentadorias e o acordo de leniência com as empreiteiras investigadas na Lava-Jato cumprem um papel fundamental.
A impressão deste blogueiro é de que, apesar dos erros de comunicação de Dilma (que falou em nova reforma da Previdência neste início de 2016), o governo voltou a ter estratégia na política. A cabeça baixa de Michel Temer é um sinal evidente disso.
A política é feita de sinais. Quando escreveu a insólita carta para Dilma, em dezembro, Michel Temer enviava um sinal para o PSDB de São Paulo (com quem se reunira alguns dias antes): embarquei na aventura do impeachment, contem comigo.
Ali, Temer tentou dar o bote. Mas errou o cálculo. Nos dias seguintes, as reações nas redes sociais e na sociedade transformaram o vice num personagem menor: “decorativo”, como ele mesmo escreveu na ridícula carta.
Temer se abraçou a Eduardo Cunha e a José Serra na hora errada, e agora está ameaçado de ficar sem a presidência da República e também sem a presidência do PMDB. É por isso que, neste início de 2016, Temer emite novos sinais. Fez chegar à imprensa que está “arrependido” de ter escrito a carta (clique aqui pra saber mais sobre o Temer arrependido). Trata-se de movimento calculado, numa operação de redução de danos.
Um importante parlamentar do PT, com quem conversei hoje, disse que a estratégia do governo Dilma passa por uma recomposição com Temer – mas tendo agora o vice numa posição mais fraca.
O vice “decorativo” terá que aceitar um acordo em que ele, Temer, permaneça à frente do PMDB, mas com Leonardo Picciani (PMDB-RJ) na liderança de um PMDB majoritariamente governista. Claro que a bancada do maior partido na Câmara seguirá fracionada, mas esse arranjo garantiria os votos para barrar o impeachment e, mais à frente, eleger o próprio Picciani para a presidência da Câmara – depois de um provável afastamento de Eduardo Cunha, promovido pelo STF.
Michel Temer sonhava com um salto maior. Mas errou o bote. E agora precisa se realinhar com Dilma. Até porque os dois (Temer e Dilma) terão que estar juntos na batalha que travarão no TSE, contra a pretensão golpista (do PSDB e de Marina Silva) de cassar a chapa vencedora na eleição de 2014.
A nova composição com Temer é parte da estratégia de reorganizar o governo, para enfrentar uma conjuntura ainda difícil em 2016. A outra parte da operação, garante a este blogueiro o parlamentar do PT, é trazer o PSB de volta à base governista.
O PSB não tem tantos votos na Câmara, mas há o aspecto simbólico: o governo, com Temer e o PSB, mostraria força pra seguir até 2018 sem maiores sobressaltos.
Esta operação está em curso neste momento.
As declarações de Temer, que agora se mostra arrependido da famosa carta, são uma prova de que o governo está ganhando a batalha no PMDB. E esse será um passo decisivo para enterrar o impeachment, ainda no primeiro semestre de 2016.
O que pode atrapalhar essa operação? A economia. O Brasil terá meses muito difíceis em abril/maio – quando milhares de trabalhadores (demitidos em 2015) deixarão de contar com o seguro-desemprego. A expectativa entre os governistas é enfrentar os sobressaltos sociais de 2016 com uma posição já mais consolidada no Parlamento.
Pra isso, é fundamental que a economia comece a reagir no fim do primeiro semestre. Pra isso, o aumento do salário mínimo, o reajuste das aposentadorias e o acordo de leniência com as empreiteiras investigadas na Lava-Jato cumprem um papel fundamental.
A impressão deste blogueiro é de que, apesar dos erros de comunicação de Dilma (que falou em nova reforma da Previdência neste início de 2016), o governo voltou a ter estratégia na política. A cabeça baixa de Michel Temer é um sinal evidente disso.
1 comentários:
Na verdade: O Alvaro Dias é que é a cara do coringa do desenho do Batmann; o Alckmin é a cara do pinguim do desenho do batman; e o Serra é a cara do senhor Bruns dos simpsons. O Temer é na verdade a cara do homem-coruja dos desenhos dos superamigos. MAS TEM UM NOVO PERSONAGEM nessa turma aí: É O MINISTRO DA JUSTIÇA ALEXANDRE MORAIS, que É A CARA DO LEX LUTHOR do desenho do BATMANN. Que jeito que a MEIGA Dilma, que é a cara da monica do Mauricio de Souza, vai derrota-los?
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