Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Até há poucas semanas, analistas políticos de todos os matizes falavam, de forma pavloviana, sobre “morte política” de Lula e do PT e sobre “queda irreversível” do governo Dilma Rousseff. Na semana que finda, tudo mudou. E como mudou.
O que mais espanta no fenômeno que analisaremos aqui é a fragilidade de um aparato golpista que tenta devolver o Poder à direita após 13 anos de governos trabalhistas. Contando com órgãos de Estado como Ministério Público, Polícia Federal e setores do Judiciário, com impérios de mídia e com o grande empresariado, bastou uma reação um pouco mais consistente e coordenada da esquerda para a conspiração golpista começar a despencar.
Pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana revela uma situação surpreendente e que nem o petista mais otimista poderia esperar: Lula, alvo da maior e mais cara campanha difamatória de que se tem notícia no século XXI – até então jamais fora dedicado esforço de mídia tão avassalador a fim de desmoralizar alguém -, recuperou popularidade justamente no momento em que os golpistas já comemoravam antecipadamente a volta dos tucanos ao poder e a “destruição para sempre” do PT e do maior líder político da história brasileira.
Apesar de todos já terem conhecimento desse fato, vale a pena rever – quantas vezes for possível – o resultado da pesquisa Datafolha. Até porque, a sondagem de intenções de voto para 2018 pelo Datafolha como se estivéssemos em plena campanha eleitoral, apesar de estarmos no meio do mandato de Dilma, diz muito sobre a intenção dos que desejam derrubá-la.
Note, leitor, que só Lula, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro cresceram em intenções de voto. O PSDB sofreu forte queda. Luciana Genro, uma das raras figuras de esquerda que tem compactuado com os golpistas enquanto dá declarações de que acha que seria beneficiada com a destruição de Lula e do PT, continua sem apoio de praticamente ninguém, como sempre.
Ciro e Bolsonaro são beneficiados pelo clima de “fora todos”, por serem outsiders. Entre os políticos “de ponta”, só Lula cresceu.
Outro dado que mostra a reversão do jogo no exato momento em que os golpistas comemoravam antes da hora é a queda profunda do apoio ao impeachment revelado pelo Datafolha – de 68% em março para 61% em abril.
Até há poucas semanas, analistas políticos de todos os matizes falavam, de forma pavloviana, sobre “morte política” de Lula e do PT e sobre “queda irreversível” do governo Dilma Rousseff. Na semana que finda, tudo mudou. E como mudou.
O que mais espanta no fenômeno que analisaremos aqui é a fragilidade de um aparato golpista que tenta devolver o Poder à direita após 13 anos de governos trabalhistas. Contando com órgãos de Estado como Ministério Público, Polícia Federal e setores do Judiciário, com impérios de mídia e com o grande empresariado, bastou uma reação um pouco mais consistente e coordenada da esquerda para a conspiração golpista começar a despencar.
Pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana revela uma situação surpreendente e que nem o petista mais otimista poderia esperar: Lula, alvo da maior e mais cara campanha difamatória de que se tem notícia no século XXI – até então jamais fora dedicado esforço de mídia tão avassalador a fim de desmoralizar alguém -, recuperou popularidade justamente no momento em que os golpistas já comemoravam antecipadamente a volta dos tucanos ao poder e a “destruição para sempre” do PT e do maior líder político da história brasileira.
Apesar de todos já terem conhecimento desse fato, vale a pena rever – quantas vezes for possível – o resultado da pesquisa Datafolha. Até porque, a sondagem de intenções de voto para 2018 pelo Datafolha como se estivéssemos em plena campanha eleitoral, apesar de estarmos no meio do mandato de Dilma, diz muito sobre a intenção dos que desejam derrubá-la.
Note, leitor, que só Lula, Ciro Gomes e Jair Bolsonaro cresceram em intenções de voto. O PSDB sofreu forte queda. Luciana Genro, uma das raras figuras de esquerda que tem compactuado com os golpistas enquanto dá declarações de que acha que seria beneficiada com a destruição de Lula e do PT, continua sem apoio de praticamente ninguém, como sempre.
Ciro e Bolsonaro são beneficiados pelo clima de “fora todos”, por serem outsiders. Entre os políticos “de ponta”, só Lula cresceu.
Outro dado que mostra a reversão do jogo no exato momento em que os golpistas comemoravam antes da hora é a queda profunda do apoio ao impeachment revelado pelo Datafolha – de 68% em março para 61% em abril.
Claro que o apoio ao impeachment em março foi inflado pela condução coercitiva ILEGAL de Lula e pelo mega protesto fascista em São Paulo, mas não foi só por isso que o golpe perdeu força enquanto Lula e o PT ganharam.
A reação da esquerda foi consistente e bem coordenada. Espalhou-se pelo Brasil e pelos quatro cantos do mundo uma reação legalista ao golpe ao mesmo tempo em que uma infinidade de juristas, intelectuais, artistas, jornalistas, movimentos sociais etc. se rebelaram contra o ataque à democracia que vinha ganhando força.
Mas é na reação de Lula que se encontra o busilis da questão. Os exageros praticados contra ele estarreceram a sociedade. A divulgação do grampo de uma conversa entre ele e Dilma revelaram que nada demais foi falado. A tese de que Lula pretendia fugir da lei ao aceitar ser ministro de Dilma não colou porque todos foram informados de que o processo contra ele continuaria, só que não mais pelas mãos de um juiz que grampeia pessoas ilegalmente e manda sequestrá-las para depor quando bastaria uma intimação.
A esquerda finalmente enxergou o que nesta página vinha sendo dito havia anos, organizou-se, reagiu e, com um mínimo de reação, começa a anular todo esse aparato colossal erigido para pôr fim à democracia brasileira e instalar uma nova ditadura de extrema direita cujo fim todos já começam a perceber que é retirar as conquistas da maioria dos brasileiros ao longo da era Lula a fim de privilegiar a elite microscópica que concentra renda neste país.
Os golpistas foram vítimas do próprio veneno, do próprio exagero, da própria truculência, da própria arrogância. Se a esquerda continuar unida em defesa da democracia, o golpe será enterrado e eles ainda vão ter que responder por todas as violações das leis que cometeram ao usarem órgãos de Estado com finalidade política. Esperem só para ver.
A reação da esquerda foi consistente e bem coordenada. Espalhou-se pelo Brasil e pelos quatro cantos do mundo uma reação legalista ao golpe ao mesmo tempo em que uma infinidade de juristas, intelectuais, artistas, jornalistas, movimentos sociais etc. se rebelaram contra o ataque à democracia que vinha ganhando força.
Mas é na reação de Lula que se encontra o busilis da questão. Os exageros praticados contra ele estarreceram a sociedade. A divulgação do grampo de uma conversa entre ele e Dilma revelaram que nada demais foi falado. A tese de que Lula pretendia fugir da lei ao aceitar ser ministro de Dilma não colou porque todos foram informados de que o processo contra ele continuaria, só que não mais pelas mãos de um juiz que grampeia pessoas ilegalmente e manda sequestrá-las para depor quando bastaria uma intimação.
A esquerda finalmente enxergou o que nesta página vinha sendo dito havia anos, organizou-se, reagiu e, com um mínimo de reação, começa a anular todo esse aparato colossal erigido para pôr fim à democracia brasileira e instalar uma nova ditadura de extrema direita cujo fim todos já começam a perceber que é retirar as conquistas da maioria dos brasileiros ao longo da era Lula a fim de privilegiar a elite microscópica que concentra renda neste país.
Os golpistas foram vítimas do próprio veneno, do próprio exagero, da própria truculência, da própria arrogância. Se a esquerda continuar unida em defesa da democracia, o golpe será enterrado e eles ainda vão ter que responder por todas as violações das leis que cometeram ao usarem órgãos de Estado com finalidade política. Esperem só para ver.
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