O jornalista americano Glenn Greenwald classificou no Twitter de “grande piada” a afirmação de João Roberto Marinho numa carta ao Guardian segundo a qual a Globo é “neutra”.
Alguém tuitou o seguinte complemento: “Ou o herdeiro da Globo vive numa realidade paralela ou não vê o Jornal Nacional.”
Eu diria isso: João Roberto Marinho, o JRM, está tão acostumado a mentir que acredita na neutralidade da Globo.
Vejamos a isenção da casa.
O editor de política do Globo em Brasília, Paulo César Pereira, é primo e afilhado de Aécio.
Pulitzer, este sim um campeão do jornalismo sério, dizia que jornalista não pode ter amigo, ou seu trabalho se envenena.
A Globo ultrapassou as piores expectativas de Pulitzer. No estratégico posto do comando político do jornal da família em Brasília colocou não um amigo de Aécio – mas primo e afilhado.
Aécio é padrinho de casamento de Paulo Celso Pereira. Não é tudo. A mulher de PCP, afilhada portanto de Aécio, é uma das principais repórteres de política da GloboNews: Andreia Sadi.
É uma vergonha, uma infâmia, um ultraje ao conceito de isenção – e mesmo assim JRM se atreve a afirmar em carta à Globo que a empresa é neutra.
Outras demonstrações da isenção à Globo são igualmente chocantes. Em que empresa séria de jornalismo um diretor da casa, como é o caso de Erick Bretas, colocaria o avatar de Sérgio Moro em sua página no Facebook e conclamaria os seguidores a participar de manifestações pelo golpe?
Em que redação decente um editor como Diego Escosteguy, da revista Época, pertencente à Globo, mandaria tuítes em inglês para tentar influenciar o mundo – pausa para gargalhada – em favor do golpe?
O único traço de isenção da Globo está na missão do Jornal Nacional, na qual se diz que o objetivo é tratar os assuntos nacionais e internacionais com imparcialidade.
Todos os dias o JN desmente a si próprio.
Durante boa parte de sua existência a Globo se valeu da falta de um contraponto. Era e é o ponto supremo da miserável mídia plutocrática brasileira.
Fazia, com as demais empresas, arranjos indecentes. O Jornal Nacional dava capas sobre capas da Veja com denúncias frequentemente absurdas contra governos petistas e em troca a revista tratava a Globo como se fosse a BBC.
Até o ridículo livro em que o diretor de telejornalismo da emissora Ali Kamel diz que não há racismo no Brasil foi objeto de elogios fervorosos da Veja. O JN foi capa da revista nos tempos em que esta era uma referência.
A combativa jamais cobriu a Globo como deveria. Um caso bilionário de fraude e sonegação dos Marinhos na compra dos direitos da Copa de 2002 jamais foi coberto pela Folha.
Os Marinhos são parceiros, compadres, sócios dos Frias. O jornal Valor pertence às duas famílias.
Foi dentro deste ambiente protegido, propício a crimes jornalísticos sem consequências, que a Globo floresceu com suas manipulações, meias verdades e lorotas completas.
A internet acabou com essa festa macabra.
Ninguém fora da casa saberia, por exemplo, que afilhados de Aécio estão em postos chave de política em Brasília.
A Globo está exposta como jamais esteve.
Por isso, uma carta como a de JRM ao Guardian só pode ser saudada como fez Greenwald: uma grande piada.
Alguém tuitou o seguinte complemento: “Ou o herdeiro da Globo vive numa realidade paralela ou não vê o Jornal Nacional.”
Eu diria isso: João Roberto Marinho, o JRM, está tão acostumado a mentir que acredita na neutralidade da Globo.
Vejamos a isenção da casa.
O editor de política do Globo em Brasília, Paulo César Pereira, é primo e afilhado de Aécio.
Pulitzer, este sim um campeão do jornalismo sério, dizia que jornalista não pode ter amigo, ou seu trabalho se envenena.
A Globo ultrapassou as piores expectativas de Pulitzer. No estratégico posto do comando político do jornal da família em Brasília colocou não um amigo de Aécio – mas primo e afilhado.
Aécio é padrinho de casamento de Paulo Celso Pereira. Não é tudo. A mulher de PCP, afilhada portanto de Aécio, é uma das principais repórteres de política da GloboNews: Andreia Sadi.
É uma vergonha, uma infâmia, um ultraje ao conceito de isenção – e mesmo assim JRM se atreve a afirmar em carta à Globo que a empresa é neutra.
Outras demonstrações da isenção à Globo são igualmente chocantes. Em que empresa séria de jornalismo um diretor da casa, como é o caso de Erick Bretas, colocaria o avatar de Sérgio Moro em sua página no Facebook e conclamaria os seguidores a participar de manifestações pelo golpe?
Em que redação decente um editor como Diego Escosteguy, da revista Época, pertencente à Globo, mandaria tuítes em inglês para tentar influenciar o mundo – pausa para gargalhada – em favor do golpe?
O único traço de isenção da Globo está na missão do Jornal Nacional, na qual se diz que o objetivo é tratar os assuntos nacionais e internacionais com imparcialidade.
Todos os dias o JN desmente a si próprio.
Durante boa parte de sua existência a Globo se valeu da falta de um contraponto. Era e é o ponto supremo da miserável mídia plutocrática brasileira.
Fazia, com as demais empresas, arranjos indecentes. O Jornal Nacional dava capas sobre capas da Veja com denúncias frequentemente absurdas contra governos petistas e em troca a revista tratava a Globo como se fosse a BBC.
Até o ridículo livro em que o diretor de telejornalismo da emissora Ali Kamel diz que não há racismo no Brasil foi objeto de elogios fervorosos da Veja. O JN foi capa da revista nos tempos em que esta era uma referência.
A combativa jamais cobriu a Globo como deveria. Um caso bilionário de fraude e sonegação dos Marinhos na compra dos direitos da Copa de 2002 jamais foi coberto pela Folha.
Os Marinhos são parceiros, compadres, sócios dos Frias. O jornal Valor pertence às duas famílias.
Foi dentro deste ambiente protegido, propício a crimes jornalísticos sem consequências, que a Globo floresceu com suas manipulações, meias verdades e lorotas completas.
A internet acabou com essa festa macabra.
Ninguém fora da casa saberia, por exemplo, que afilhados de Aécio estão em postos chave de política em Brasília.
A Globo está exposta como jamais esteve.
Por isso, uma carta como a de JRM ao Guardian só pode ser saudada como fez Greenwald: uma grande piada.
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