Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Lê-se no blog de Fernando Rodrigues que Mendonça Filho – segundo Renan Calheiros, nas gravações de Sérgio Machado, o mais corrupto, junto do Pauderney Avelino – vai acabar com o Ciência Sem Fronteiras para estudantes de graduação.
Se é – e não deveria ser – indispensável cortar, de fato, é preferível fazê-lo na graduação do que na pós (mestrado, doutorado e pós-doutorado).
Preferível, mas não desejável.
O problema é que o “Mendoncinha” vai cortar a graduação universitária, diz ele, para ” destinar verbas federais para uma parcela da população que realmente aproveitará de maneira mais eficaz a experiência de passar 1 ano no exterior”.
Como?
Mandando adolescentes de 2º grau para “intercâmbio”, como os destes vendidos pelas agências de viagem, no exterior para…”sobretudo, para o aprendizado de um outro idioma”.
Traduzindo: cursinho de inglês.
Nada contra as famílias que entram em programas de intercâmbio para adolescentes. Mas isso não agrega massa de conhecimento ao país, o que é objetivo do Ciência sem Fronteiras.
A comparação entre o valor per capita um programa de educação superior no estrangeiro e o gasto com merenda escolar é algo que só pode caber na mente de um microcéfalo.
Como se observa no quadro acima, o governo federal gastou R$ 105,7 mil por estudante do Ciência sem Fronteiras contra R$ 94,6 por aluno com merenda escolar. “Uma diferença assim me parece insustentável e não pode continuar”, disse Mendonça Filho.
Se quiserem fazer a conta, este é o custo anual. Dá R$ 8.800 por cada um dos 12 meses. Em dólar – porque é no exterior -, a R$ 3,30 por dólar, dá US$ 2,7 mil. Isso inclui a bolsa (US$ 800 mensais), hospedagem, seguro-saúde( não tem SUS nos EUA), material didático, auxilio para instalação (uma vez, óbvio) e passagem aérea de ida e volta.
Os valores estão aqui e podem ser conferidos por qualquer um.
Querer apontar os jovens do Ciência sem Fronteira como “marajás” é uma estupidez.
É uma canalhice da mesma laia daquela que fica dizendo que eles estão fazendo “turismo”… Como se estudante, em toda parte do mundo, não pegasse uma mochila, uns trocados, e metesse o pé na estrada quando pudesse. Ainda mais que, sobretudo na Europa, é forte a cultura dos “hostels” estudantis, baratinhos, além do que os trens e a proximidade ajudam. Ou lá não tem férias, feriados, etc. E não tem passagem pra vir de férias pro Brasil, não. É uma só.
Os adolescentes que Mendoncinha que mandar pros States para aprender inglês (hoje é exigido um nível de suficiência em língua estrangeira, porque os professores lá não vão explicar em português, óbvio) vão custar o mesmo em todos os itens, exceto na bolsa. Assim mesmo, não muito. E quando viajarem, vai ser para a Disney…
O que tem de ser feito para melhorar a eficiência do programa é criar um período de recolocação na volta ao Brasil, nos moldes da residência médica, com bolsa para se integrarem à pesquisa e ao ensino universitário e não ficarem batendo cabeça porque não tem experiência profissional ou estão desambientados nas instituições onde estavam antes da viagem.
Mas esqueçam. O padrão mental do ministro é semelhante ao de seu consultor, Alexandre Frota.
Lê-se no blog de Fernando Rodrigues que Mendonça Filho – segundo Renan Calheiros, nas gravações de Sérgio Machado, o mais corrupto, junto do Pauderney Avelino – vai acabar com o Ciência Sem Fronteiras para estudantes de graduação.
Se é – e não deveria ser – indispensável cortar, de fato, é preferível fazê-lo na graduação do que na pós (mestrado, doutorado e pós-doutorado).
Preferível, mas não desejável.
O problema é que o “Mendoncinha” vai cortar a graduação universitária, diz ele, para ” destinar verbas federais para uma parcela da população que realmente aproveitará de maneira mais eficaz a experiência de passar 1 ano no exterior”.
Como?
Mandando adolescentes de 2º grau para “intercâmbio”, como os destes vendidos pelas agências de viagem, no exterior para…”sobretudo, para o aprendizado de um outro idioma”.
Traduzindo: cursinho de inglês.
Nada contra as famílias que entram em programas de intercâmbio para adolescentes. Mas isso não agrega massa de conhecimento ao país, o que é objetivo do Ciência sem Fronteiras.
A comparação entre o valor per capita um programa de educação superior no estrangeiro e o gasto com merenda escolar é algo que só pode caber na mente de um microcéfalo.
Como se observa no quadro acima, o governo federal gastou R$ 105,7 mil por estudante do Ciência sem Fronteiras contra R$ 94,6 por aluno com merenda escolar. “Uma diferença assim me parece insustentável e não pode continuar”, disse Mendonça Filho.
Se quiserem fazer a conta, este é o custo anual. Dá R$ 8.800 por cada um dos 12 meses. Em dólar – porque é no exterior -, a R$ 3,30 por dólar, dá US$ 2,7 mil. Isso inclui a bolsa (US$ 800 mensais), hospedagem, seguro-saúde( não tem SUS nos EUA), material didático, auxilio para instalação (uma vez, óbvio) e passagem aérea de ida e volta.
Os valores estão aqui e podem ser conferidos por qualquer um.
Querer apontar os jovens do Ciência sem Fronteira como “marajás” é uma estupidez.
É uma canalhice da mesma laia daquela que fica dizendo que eles estão fazendo “turismo”… Como se estudante, em toda parte do mundo, não pegasse uma mochila, uns trocados, e metesse o pé na estrada quando pudesse. Ainda mais que, sobretudo na Europa, é forte a cultura dos “hostels” estudantis, baratinhos, além do que os trens e a proximidade ajudam. Ou lá não tem férias, feriados, etc. E não tem passagem pra vir de férias pro Brasil, não. É uma só.
Os adolescentes que Mendoncinha que mandar pros States para aprender inglês (hoje é exigido um nível de suficiência em língua estrangeira, porque os professores lá não vão explicar em português, óbvio) vão custar o mesmo em todos os itens, exceto na bolsa. Assim mesmo, não muito. E quando viajarem, vai ser para a Disney…
O que tem de ser feito para melhorar a eficiência do programa é criar um período de recolocação na volta ao Brasil, nos moldes da residência médica, com bolsa para se integrarem à pesquisa e ao ensino universitário e não ficarem batendo cabeça porque não tem experiência profissional ou estão desambientados nas instituições onde estavam antes da viagem.
Mas esqueçam. O padrão mental do ministro é semelhante ao de seu consultor, Alexandre Frota.
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