Por Altamiro Borges
Na prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, não há menção a esses valores. A única doação registrada é de R$ 200 mil e foi feita pela Braskem, controlada pela Odebrecht. Em nota, Skaf disse que “todas as doações recebidas estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral, que aprovou sua prestação de contas sem qualquer reparo”. E acrescenta que “nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não as regularmente declaradas”.
Na delação, Melo Filho afirma que “Michel Temer solicitou, direta e pessoalmente para Marcelo (Odebrecht), apoio financeiro às campanhas do PMDB no ano de 2014”. O pedido se deu no jantar no Jaburu, onde Eliseu Padilha, hoje ministro da Casa Civil, recebeu os convidados antes de Temer chegar ao local, segundo a colaboração do executivo.
Padilha ficou responsável, segundo Melo Filho, por receber e distribuir R$ 4 milhões do valor total de R$ 10 milhões. Os R$ 6 milhões restantes, no entendimento do delator, “seriam alocados para o sr. Paulo Skaf”, por decisão de Marcelo Odebrecht. O delator disse que fez negociações diretas com Padilha sobre os repasses a ele destinados. Nessas operações, o ministro de Temer foi identificado equivocadamente de “angorá” (apelido referente ao secretário Moreira Franco) nos registros internos da companhia.
Temer já confirmou que pediu a Marcelo Odebrecht recursos para a campanha de 2014, em jantar no Palácio do Jaburu, e também que recebeu um valor ainda maior que o acertado com o executivo. A reunião, conforme descrita por Melo Filho, ocorreu no dia 28 de maio de 2014 e teve a presença de Padilha e Moreira Franco.
No protesto contra a 'PEC da Morte' nesta terça-feira (13), alguns rojões foram lançados no prédio da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista. Os manifestantes expressaram a sua bronca diante da entidade patronal que financiou o "golpe dos corruptos" e deu apoio à Proposta de Emenda Constitucional do usurpador Michel Temer que congela por 20 anos os investimentos na saúde e educação. De imediato, as emissoras de tevê, em especial as da famiglia Marinho, fizeram o maior alarde contra "as cenas de vandalismo". Os rojões, porém, não foram nada em comparação com a verdadeira bomba que explodiu na Fiesp golpista nesta quarta-feira.
Segundo o próprio jornal O Globo, o presidente do antro patronal, o oportunista Paulo Skaf, omitiu as propinas recebidas da Odebrecht em sua fracassada campanha ao governo paulista. Vale conferir os trechos mais demolidores da reportagem, assinada pelas jornalistas Renata Mariz e Simone Iglesias:
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Os valores que o ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho disse, em delação premiada, terem tido como destino a campanha de Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de São Paulo em 2014, não aparecem em registros oficiais das contas do candidato. Dos R$ 10 milhões acertados em maio daquele ano, em jantar no Palácio do Jaburu, entre o presidente Michel Temer e o então dirigente do grupo, Marcelo Odebrecht, R$ 6 milhões seriam destinados a Skaf, segundo os termos de colaboração de Melo Filho.
Na prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, não há menção a esses valores. A única doação registrada é de R$ 200 mil e foi feita pela Braskem, controlada pela Odebrecht. Em nota, Skaf disse que “todas as doações recebidas estão devidamente registradas na Justiça Eleitoral, que aprovou sua prestação de contas sem qualquer reparo”. E acrescenta que “nunca pediu e nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não as regularmente declaradas”.
Na delação, Melo Filho afirma que “Michel Temer solicitou, direta e pessoalmente para Marcelo (Odebrecht), apoio financeiro às campanhas do PMDB no ano de 2014”. O pedido se deu no jantar no Jaburu, onde Eliseu Padilha, hoje ministro da Casa Civil, recebeu os convidados antes de Temer chegar ao local, segundo a colaboração do executivo.
Padilha ficou responsável, segundo Melo Filho, por receber e distribuir R$ 4 milhões do valor total de R$ 10 milhões. Os R$ 6 milhões restantes, no entendimento do delator, “seriam alocados para o sr. Paulo Skaf”, por decisão de Marcelo Odebrecht. O delator disse que fez negociações diretas com Padilha sobre os repasses a ele destinados. Nessas operações, o ministro de Temer foi identificado equivocadamente de “angorá” (apelido referente ao secretário Moreira Franco) nos registros internos da companhia.
Temer já confirmou que pediu a Marcelo Odebrecht recursos para a campanha de 2014, em jantar no Palácio do Jaburu, e também que recebeu um valor ainda maior que o acertado com o executivo. A reunião, conforme descrita por Melo Filho, ocorreu no dia 28 de maio de 2014 e teve a presença de Padilha e Moreira Franco.
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A delação premiada de Cláudio Melo Filho é a primeira de uma série de depoimentos de executivos da construtora Odebrecht. Se confirmada a sua acusação, Paulo Skaf poderá ser processado e preso por crimes eleitorais. O empresário picareta - que sequer possui indústrias na atualidade - foi um dos expoentes da conspiração golpista contra a presidenta Dilma. Distribuiu patinhos amarelos para os patéticos patos que foram às ruas gritar pelo impeachment; reservou espaço na frente da sede patronal aos fascistas mirins que acamparam no local; cedeu até filé mignon para os aloprados. Será que agora os "coxinhas" que foram usados como massa de manobra também irão ao prédio da Fiesp soltar seus rojões de revolta?
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