Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
O advogado Cristiano Zanin, da equipe de defesa de Lula, acusou esta semana Merval Pereira de não fazer algo digno de ser chamado de jornalismo.
É uma discussão fascinante: Merval faz jornalismo ou propaganda política?
Tenho para mim que Merval milita numa categoria intermediária entre o jornalismo e a propaganda política.
Merval faz, como poucos no Brasil, o assim chamado jornalismo de guerra.
Nele, as regras são diferentes daquelas que vigoram no jornalismo convencional.
Tome como exemplo o futebol. Você não pode fazer gol com as mãos. Se você derrubar um adversário em sua área, é pênalti. Entradas violentas são punidas com a expulsão.
Isto é um esboço do futebol tal como o conhecemos.
Agora imagine se as regras fossem abolidas. Todas.
Aí nós teríamos o futebol de guerra.
O mesmo raciocínio vale para o jornalismo. Se você publica acusações continuamente sem prova, está fazendo jornalismo de guerra. Se você elege alguém como vítima preferencial, está fazendo jornalismo de guerra. Se você nega a seu alvo espaço para que ele se defenda, está fazendo jornalismo de guerra.
É o que Merval faz.
Foi o que o jornal argentino Clarín admitiu ter feito contra Cristina Kirchner.
Merval é general no jornalismo de guerra praticado no Brasil, mas não é Napoleão ou coisa parecida.
Os Napoleões são os patrões. Os Marinhos, os Civitas, os Frias, os Mesquitas.
Só existe uma maneira de fazer alguém como Merval, ou tantos outros, escrever coisas diferentes.
É esta: os donos mandarem que as regras da decência sejam seguidas. Gol de mão nunca mais, e daí por diante.
Mas quem acredita que isso possa acontecer acredita em tudo, para lembrar mais uma vez as palavras imortais de Wellington.
É uma discussão fascinante: Merval faz jornalismo ou propaganda política?
Tenho para mim que Merval milita numa categoria intermediária entre o jornalismo e a propaganda política.
Merval faz, como poucos no Brasil, o assim chamado jornalismo de guerra.
Nele, as regras são diferentes daquelas que vigoram no jornalismo convencional.
Tome como exemplo o futebol. Você não pode fazer gol com as mãos. Se você derrubar um adversário em sua área, é pênalti. Entradas violentas são punidas com a expulsão.
Isto é um esboço do futebol tal como o conhecemos.
Agora imagine se as regras fossem abolidas. Todas.
Aí nós teríamos o futebol de guerra.
O mesmo raciocínio vale para o jornalismo. Se você publica acusações continuamente sem prova, está fazendo jornalismo de guerra. Se você elege alguém como vítima preferencial, está fazendo jornalismo de guerra. Se você nega a seu alvo espaço para que ele se defenda, está fazendo jornalismo de guerra.
É o que Merval faz.
Foi o que o jornal argentino Clarín admitiu ter feito contra Cristina Kirchner.
Merval é general no jornalismo de guerra praticado no Brasil, mas não é Napoleão ou coisa parecida.
Os Napoleões são os patrões. Os Marinhos, os Civitas, os Frias, os Mesquitas.
Só existe uma maneira de fazer alguém como Merval, ou tantos outros, escrever coisas diferentes.
É esta: os donos mandarem que as regras da decência sejam seguidas. Gol de mão nunca mais, e daí por diante.
Mas quem acredita que isso possa acontecer acredita em tudo, para lembrar mais uma vez as palavras imortais de Wellington.
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