A recessão da era Temer-Meirelles já ampliou o desemprego, tirou o Bolsa-Família de 1,5 milhão de famílias, reduziu o acesso aos planos de saúde, ao ensino privado e aos aviões, cortou milhares de aposentadorias por invalidez e auxílios-saúde.
Agora, mais uma revelação sobre o retrocesso social: os brasileiros estão falando menos ao celular, depois do exuberante crescimento do número de linhas e aparelhos no país nos últimos anos. Em 2016 houve uma redução de 5,33% na base de clientes das telefônicas, com perda de 13,747 milhões de linhas. Segundo a Anatel, esta involução na conectividade dos brasileiros foi mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste.
Os mais pobres, que sempre se valeram mais de linhas pré-pagas, foram os que mais desistiram do celular, com uma redução de 10,7% no número de linhas ativas. Quando um usuário cadastrado deixa de alimentar seu celular com créditos por período prolongado, tem a linha desligada pela operadora, acabando com a modalidade “pai de santo”, o celular que só recebe chamadas e nada rende para as telefônicas.
A modalidade pós-pago, mais utilizada pelas camadas de maior renda, até passou por uma expansão moderada. Oi, Claro e Tim foram as que mais perderam clientes, enquanto a Telefônica Vivo manteve sua base estável. O número de celulares fixos continuou caindo, mas esta é uma tendência mais ditada pela tecnologia do que pela crise.
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