Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Não haveria 'esta' Lava Jato, com uso político, sem a mídia. A opinião é do procurador federal Eugênio Aragão. Em declaração ao Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, nesta segunda-feira (30), o ex-ministro da Justiça criticou o papel jogado pelos grandes meios de comunicação não apenas na espetacularização e partidarização da Operação Lava Jato, mas também no processo ilegal de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo Aragão, o rumo tomado pelas investigações da Polícia Federal se confundem com o próprio golpe. “Não haveria golpe e nem essa intensidade toda da Lava Jato, que tem sido claramente usada para fins políticos, se não fosse pela atuação da mídia”, dispara. O monopólio midiático no Brasil, opina o procurador, é um ator político essencial. “Não é por acaso que recebe a alcunha de Partido da Imprensa Golpista”.
Com a missão inicial de passar a limpo a corrupção na Petrobras, um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, a Operação Lava Jato passou a ser alvo de críticas por adotar pesos e medidas diferentes para determinados políticos e partidos. A imprensa, ao invés de fiscalizar, endossa a politização da investigação, critica Aragão.
Um dos casos mais emblemáticos é o do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Derrotado nas urnas na eleição presidencial de 2014, o tucano é campeão de delações na Lava Jato. Além de permanecer intocado, Aécio Neves foi pivô de controvérsia ao aparecer sorrindo em conversa animada com o juiz Sergio Moro, uma das principais figuras da Lava Jato, durante premiação da revista IstoÉ. “A mídia tem um lado claro nessa briga toda, que é o da elite brasileira”, assinala Aragão.
A homologação das delações da Odebrecht pela ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve comprometer muitos dos políticos até então blindados e protegidos, como por exemplo Michel Temer (PMDB-SP), que assumiu a presidência após o impeachment. A expectativa do procurador, no entanto, é de que a imprensa endureça ainda mais a proteção aos partidos que compartilham seus interesses.
“Acredito que a postura não mudará e, pelo contrário, os meios devem centrar ainda mais fogo em cima de Lula e dos que estão ao seu lado, até como forma de reequilibrar o jogo”, avalia Aragão. “Do ponto de vista midiático, aposto que teremos dias de muita tensão pela frente”.
Não haveria 'esta' Lava Jato, com uso político, sem a mídia. A opinião é do procurador federal Eugênio Aragão. Em declaração ao Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, nesta segunda-feira (30), o ex-ministro da Justiça criticou o papel jogado pelos grandes meios de comunicação não apenas na espetacularização e partidarização da Operação Lava Jato, mas também no processo ilegal de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo Aragão, o rumo tomado pelas investigações da Polícia Federal se confundem com o próprio golpe. “Não haveria golpe e nem essa intensidade toda da Lava Jato, que tem sido claramente usada para fins políticos, se não fosse pela atuação da mídia”, dispara. O monopólio midiático no Brasil, opina o procurador, é um ator político essencial. “Não é por acaso que recebe a alcunha de Partido da Imprensa Golpista”.
Com a missão inicial de passar a limpo a corrupção na Petrobras, um dos maiores patrimônios do povo brasileiro, a Operação Lava Jato passou a ser alvo de críticas por adotar pesos e medidas diferentes para determinados políticos e partidos. A imprensa, ao invés de fiscalizar, endossa a politização da investigação, critica Aragão.
Um dos casos mais emblemáticos é o do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Derrotado nas urnas na eleição presidencial de 2014, o tucano é campeão de delações na Lava Jato. Além de permanecer intocado, Aécio Neves foi pivô de controvérsia ao aparecer sorrindo em conversa animada com o juiz Sergio Moro, uma das principais figuras da Lava Jato, durante premiação da revista IstoÉ. “A mídia tem um lado claro nessa briga toda, que é o da elite brasileira”, assinala Aragão.
A homologação das delações da Odebrecht pela ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deve comprometer muitos dos políticos até então blindados e protegidos, como por exemplo Michel Temer (PMDB-SP), que assumiu a presidência após o impeachment. A expectativa do procurador, no entanto, é de que a imprensa endureça ainda mais a proteção aos partidos que compartilham seus interesses.
“Acredito que a postura não mudará e, pelo contrário, os meios devem centrar ainda mais fogo em cima de Lula e dos que estão ao seu lado, até como forma de reequilibrar o jogo”, avalia Aragão. “Do ponto de vista midiático, aposto que teremos dias de muita tensão pela frente”.
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