Por Altamiro Borges
As contrarreformas trabalhista e previdenciária do Judas Michel Temer conseguiram acordar as comunidades religiosas. A Igreja Católica, que conta com mais de 10 mil paróquias espalhadas por todo o país, tomou a dianteira nas críticas às graves regressões sociais e anunciou o seu apoio à greve geral marcada para esta sexta-feira (28). Bispos e padres têm convocado os fiéis a participarem do protesto organizado pelas nove centrais sindicais brasileiras. Logo na sequência, várias Igrejas Evangélicas também divulgaram um duro manifesto condenando as maldades do covil golpista. O clima que cresce na sociedade é de um protesto de grande vulto, que pode infernizar de vez a vida do Judas.
O manifesto foi assinado por 11 igrejas evangélicas, entre elas a Metodista, Batista e a Luterana. Ele centra suas críticas à “reforma” da Previdência. Após enfatizar que “o atual sistema previdenciário brasileiro cumpre fundamental papel distributivo e realocativo de renda, sendo um instrumento eficaz de combate à desigualdade social e de seguridade alimentar a uma parcela significativa de brasileiros”, o documento crítica o projeto do covil golpista. “A exigência de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria tanto de homens quanto de mulheres e de um tempo mínimo de contribuição de 25 anos – que, na prática, requer 49 anos para se aposentar com 100% dos proventos – é injusta e não condiz com a realidade brasileira”.
Depois de elencar as inúmeras maldades da “reforma” de Michel Temer, o texto afirma que “é preciso que haja uma investigação profunda da aplicação dos recursos arrecadados para sustentar a Previdência e a Seguridade Social, que os números reais sejam tornados públicos e que o governo construa mecanismos eficazes de cobrança dos altos valores devidos à Previdência Social e reduza as desonerações fiscais concedidas aos segmentos privados, em detrimento da saúde financeira do Estado”. A conclusão do manifesto convoca os fiéis: “Conclamamos os membros que se reúnem em nossas Igrejas a orar pelo bem da nossa nação e que Deus nos permita construir um país em que a justiça social e os cuidados com os mais necessitados sejam pauta permanente das nossas políticas públicas”.
Em tempo: Veja abaixo a lista dos arcebispos e bispos da Igreja Católica que já manifestaram total apoio à greve geral de 28 de abril:
Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB
Dom Walmor Oliveira de Azevedo-Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte (MG)
Dom Manoel Delson, arcebispo da Paraíba (PB)
Dom Fernando Saburido, Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife (PE) e presidente da CNBB Nordeste II
Dom Sérgio Castriani, arcebispo de Manaus (AM)
Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo de Natal (RN)
Dom José Belisário Silva, arcebispo de São Luís (MA)
Dom Jacinto Furtado Sobrinho, arcebispo de Teresina (PI)
Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO)
Dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo de Feira de Santana (BA)
Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá (PR)
Dom Paulo Mendes Peixoto, bispo de Uberaba (MG)
Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio (PR), ex-presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC)
Dom Reginaldo Andrietta, bispo de Jales (SP)
Dom Gilberto Pastana, bispo do Crato (CE)
Dom Ailton Menegussi, bispo de Crateús (CE)
Dom Rubival Cabral Britto, bispo de Grajaú (MA)
Dom Antônio Carlos Cruz Santos, bispo de Caicó (RN)
Dom Celso Antonio Marchiori, bispo de Apucarana (PR)
Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó (SC)
Dom Aloisio Jorge Vitral, bispo de Teófilo Otoni (MG)
Dom Francisco Biasin, Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ)
Dom Dirceu Vergini, bispo de Foz do Iguaçu (PR)
Dom Antonio Vilar, bispo de São João da Boa Vista (SP)
Dom José Eudes do Nascimento, bispo de Leopoldina (MG)
Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo de São Félix do Araguaia (MT)
Dom Geremias Steinmetz, bispo de Paranavaí (PR)
Dom José Maria Chaves dos Reis, bispo de Abaetetuba (PA)
Dom Vital Corbellini, bispo de Marabá (PA)
Dom Carlos Alberto Breis Pereira, bispo da diocese de Juazeiro (BA)
Dom Flávio Giovenali, bispo de Santarém (PA)
Dom João de Medeiros Silva, arcebispo coadjutor eleito de Montes Claros (MG)
Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo Auxiliar de Belo Horizonte (MG)
Dom Edson José Oriolo dos Santos, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG)
Dom Otacílio Ferreira de Lacerda, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG)
Geovane Luís da Silva, bispo auxiliar eleito de Belo Horizonte (MG)
Vicente de Paula Ferreira, bispo auxiliar eleito de Belo Horizonte (MG)
Dom Guilherme Porto, bispo de Sete Lagoas (MG)
Dom José Aristeu Vieira, bispo de Luz (MG)
Dom José Carlos de Souza Campos, bispo de Divinópolis (MG)
Dom Miguel Ângelo Freitas Ribeiro, bispo de Oliveira (MG)
Dom Luiz Flávio Cappio, bispo de Barra (BA)
Dom Philip Roger Dickmans, bispo de Miracema (TO)
Dom Francisco Dantas Lucena, bispo de Nazaré (PE)
Dom Zanoni Demettino, bispo de Feira de Santana (BA)
Dom Roberto Francisco Paz, bispo de Campos dos Goytacazes (RJ)
Dom Mário Antonio da Silva, bispo de Roraima (RR)
Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO)
Dom Egídio Bisol, bispo de Afogados da Ingazeira (PE)
*****
Leia também:
- Cresce o apoio da Igreja à greve geral
- CNBB reafirma defesa da greve geral
- À greve, para evitar uma 'Guernica' no país
- Os retrocessos da reforma trabalhista
- Os estragos da 'reforma' da Previdência
- Reforma de Temer esmaga o trabalhador rural
- Reforma da Previdência: punindo os inocentes
- Os golpistas e a destruição trabalhista
- Pesquisa confirma: Temer é odiado!
- Sonegação: o esporte predileto das elites
- Mídia ignora críticas à reforma de Temer
- Greve geral: Nenhum direito a menos
As contrarreformas trabalhista e previdenciária do Judas Michel Temer conseguiram acordar as comunidades religiosas. A Igreja Católica, que conta com mais de 10 mil paróquias espalhadas por todo o país, tomou a dianteira nas críticas às graves regressões sociais e anunciou o seu apoio à greve geral marcada para esta sexta-feira (28). Bispos e padres têm convocado os fiéis a participarem do protesto organizado pelas nove centrais sindicais brasileiras. Logo na sequência, várias Igrejas Evangélicas também divulgaram um duro manifesto condenando as maldades do covil golpista. O clima que cresce na sociedade é de um protesto de grande vulto, que pode infernizar de vez a vida do Judas.
O manifesto foi assinado por 11 igrejas evangélicas, entre elas a Metodista, Batista e a Luterana. Ele centra suas críticas à “reforma” da Previdência. Após enfatizar que “o atual sistema previdenciário brasileiro cumpre fundamental papel distributivo e realocativo de renda, sendo um instrumento eficaz de combate à desigualdade social e de seguridade alimentar a uma parcela significativa de brasileiros”, o documento crítica o projeto do covil golpista. “A exigência de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria tanto de homens quanto de mulheres e de um tempo mínimo de contribuição de 25 anos – que, na prática, requer 49 anos para se aposentar com 100% dos proventos – é injusta e não condiz com a realidade brasileira”.
Depois de elencar as inúmeras maldades da “reforma” de Michel Temer, o texto afirma que “é preciso que haja uma investigação profunda da aplicação dos recursos arrecadados para sustentar a Previdência e a Seguridade Social, que os números reais sejam tornados públicos e que o governo construa mecanismos eficazes de cobrança dos altos valores devidos à Previdência Social e reduza as desonerações fiscais concedidas aos segmentos privados, em detrimento da saúde financeira do Estado”. A conclusão do manifesto convoca os fiéis: “Conclamamos os membros que se reúnem em nossas Igrejas a orar pelo bem da nossa nação e que Deus nos permita construir um país em que a justiça social e os cuidados com os mais necessitados sejam pauta permanente das nossas políticas públicas”.
Em tempo: Veja abaixo a lista dos arcebispos e bispos da Igreja Católica que já manifestaram total apoio à greve geral de 28 de abril:
Dom Leonardo Steiner, secretário geral da CNBB
Dom Walmor Oliveira de Azevedo-Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte (MG)
Dom Manoel Delson, arcebispo da Paraíba (PB)
Dom Fernando Saburido, Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife (PE) e presidente da CNBB Nordeste II
Dom Sérgio Castriani, arcebispo de Manaus (AM)
Dom Jaime Vieira Rocha, arcebispo de Natal (RN)
Dom José Belisário Silva, arcebispo de São Luís (MA)
Dom Jacinto Furtado Sobrinho, arcebispo de Teresina (PI)
Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO)
Dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo de Feira de Santana (BA)
Dom Anuar Battisti, arcebispo de Maringá (PR)
Dom Paulo Mendes Peixoto, bispo de Uberaba (MG)
Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornélio Procópio (PR), ex-presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC)
Dom Reginaldo Andrietta, bispo de Jales (SP)
Dom Gilberto Pastana, bispo do Crato (CE)
Dom Ailton Menegussi, bispo de Crateús (CE)
Dom Rubival Cabral Britto, bispo de Grajaú (MA)
Dom Antônio Carlos Cruz Santos, bispo de Caicó (RN)
Dom Celso Antonio Marchiori, bispo de Apucarana (PR)
Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó (SC)
Dom Aloisio Jorge Vitral, bispo de Teófilo Otoni (MG)
Dom Francisco Biasin, Barra do Piraí-Volta Redonda (RJ)
Dom Dirceu Vergini, bispo de Foz do Iguaçu (PR)
Dom Antonio Vilar, bispo de São João da Boa Vista (SP)
Dom José Eudes do Nascimento, bispo de Leopoldina (MG)
Dom Adriano Ciocca Vasino, bispo de São Félix do Araguaia (MT)
Dom Geremias Steinmetz, bispo de Paranavaí (PR)
Dom José Maria Chaves dos Reis, bispo de Abaetetuba (PA)
Dom Vital Corbellini, bispo de Marabá (PA)
Dom Carlos Alberto Breis Pereira, bispo da diocese de Juazeiro (BA)
Dom Flávio Giovenali, bispo de Santarém (PA)
Dom João de Medeiros Silva, arcebispo coadjutor eleito de Montes Claros (MG)
Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo Auxiliar de Belo Horizonte (MG)
Dom Edson José Oriolo dos Santos, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG)
Dom Otacílio Ferreira de Lacerda, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG)
Geovane Luís da Silva, bispo auxiliar eleito de Belo Horizonte (MG)
Vicente de Paula Ferreira, bispo auxiliar eleito de Belo Horizonte (MG)
Dom Guilherme Porto, bispo de Sete Lagoas (MG)
Dom José Aristeu Vieira, bispo de Luz (MG)
Dom José Carlos de Souza Campos, bispo de Divinópolis (MG)
Dom Miguel Ângelo Freitas Ribeiro, bispo de Oliveira (MG)
Dom Luiz Flávio Cappio, bispo de Barra (BA)
Dom Philip Roger Dickmans, bispo de Miracema (TO)
Dom Francisco Dantas Lucena, bispo de Nazaré (PE)
Dom Zanoni Demettino, bispo de Feira de Santana (BA)
Dom Roberto Francisco Paz, bispo de Campos dos Goytacazes (RJ)
Dom Mário Antonio da Silva, bispo de Roraima (RR)
Dom Roque Paloschi, arcebispo de Porto Velho (RO)
Dom Egídio Bisol, bispo de Afogados da Ingazeira (PE)
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- Greve geral: Nenhum direito a menos
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