terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Aécio ainda dá as cartas no PSDB

Por Altamiro Borges

Do ponto de vista eleitoral, a carreira de Aécio Neves parece que mingou. Ele virou pó e não aspira mais nada. Não será candidato novamente à presidência da República e nem ao governo de Minas Gerais. Fala-se que pode até abandonar o projeto de reeleição ao Senado. As colunas de fofoca da mídia comercial afirmam que, talvez, ele tente uma vaga de deputado em outubro próximo. A conferir! Já no que se refere à máquina do PSDB, que está rachada, o cambaleante parece que se mantém em pé. Uma notinha na revista Época nesta segunda-feira (11) confirma que, mesmo vaiado e escorraçado da “convulsão” tucana de sábado, Aécio Neves segue com forte influência no ninho. Vale conferir:

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Mesmo enfraquecido, Aécio Neves consegue três vitórias no PSDB

Por Murilo Ramos

Poucos notaram, mas o senador Aécio Neves (MG) conseguiu três vitórias importantes ao emplacar aliados em funções estratégicas no PSDB. O governador de Goiás, Marconi Perillo, foi escolhido como o primeiro vice-presidente. Assim sendo, Perillo assumirá o controle do partido quando o governador paulista, Geraldo Alckmin, se licenciar da presidência do partido para entrar na disputa para o Planalto em 2018. O deputado Marcus Pestana (MG) tornou-se o secretário-geral da sigla. Já o deputado federal Nilson Leitão (MT) será o novo líder tucano na Câmara dos Deputados a partir de fevereiro do ano que vem. Nada mau para Aécio, ex-presidente do PSDB que quase perdeu o mandato em meio ao escândalo da Lava Jato.


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A suposta influência de Aécio Neves só se justifica pela total impunidade que ele ainda goza. Apesar das inúmeras denúncias de corrupção que pesam contra o político mineiro, ele segue livre e solto – agora atuando nas sombras, no lamaçal do ninho tucano. Na última quinta-feira (7), o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), finalmente autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do cambaleante, da sua irmã, Andrea Neves, e de seu primo Frederico Pacheco. Eles são acusados de garfar R$ 2 milhões em propina da JBS. Há provas concretas do esquema de corrupção – inclusive vídeos e documentos –, mas parece não haver convicção do Legislativo ou do Judiciário para punir o ex-presidenciável que adora posar de paladino da ética e foi um dos principais responsáveis pelo golpe dos corruptos que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer.

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1 comentários:

João Vieira disse...

Para ainda ter influência forte no psdb, o cambaleante deve ter alguns rabos na mão de tucanos mais emplumados. FHC, Serra, et caterva.