Por Aline Piva, no blog Nocaute:
Trump acaba de anunciar a nova Estratégia de Segurança Nacional que deverá ser a base de seu governo pelos próximos anos. A apresentação desse documento é uma exigência legal aqui nos Estados Unidos, mas é a primeira vez que um presidente faz isso no primeiro ano de seu mandato e, ainda por cima, pessoalmente. Enfatizando a identidade e a segurança doméstica dos Estados Unidos, o plano declara que a “responsabilidade fundamental do governo é proteger o povo americano, sua terra natal” e seu estilo de vida, acrescentando que “o fortalecimento do controle das fronteiras e do sistema de imigração é central à segurança nacional, à prosperidade econômica e ao estado de direito” – um enfoque sem precedentes em temas de segurança interna para esse tipo de documento.
O plano é composto ainda por mais três pilares: a “promoção da prosperidade estadunidense”; “preservar a paz através da força”, visando a reconstrução do poder militar americano e o uso de todas as ferramentas disponíveis – desde a diplomacia, passando pela coleta indiscriminada de informações até ações militares e econômicas – para proteger seus interesses. O terceiro pilar busca “avançar a influência americana” através de novas alianças com Estados de linhas ideológicas semelhantes, promoção de economias de livre mercado e crescimento do setor privado (ou seja, fortalecer os “valores compartilhados” para transformá-los em “causas compartilhadas”).
O documento não poupou ataques ao que vem sendo chamado pela administração de “potências rivais”, e adverte contra a crença de que o engajamento com esses “rivais” os transformará em atores “benignos” e “parceiros confiáveis” – uma alfinetada em Obama. Nesse sentido, a estratégia de Trump aponta que a Rússia, bem como a China, “desafiam o poder, a influência e os interesses americanos, tentando corroer a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos”. Os dois países são considerados “poderes revisionistas” que “buscam mudar o status quo” das relações internacionais.
Na seção sobre o Hemisfério Ocidental, o documento afirma, em linhas gerais, que os EUA avançarão no aprofundamento de suas relações com os países da região com os quais compartilhem “valores”. No entanto, apontam Cuba e Venezuela como um “problema”, uma porta de entrada para China e Rússia na região, e sugere que a estratégia será continuar a exercer pressão para isolar ambos os países. O Kremlin, por sua vez, não perdeu tempo, e afirmou que a estratégia possui um “viés imperialista”.
Em um momento em que presenciamos uma certa histeria coletiva contra os tais “doutrinamentos”, é muito simbólico que o governo dos Estados Unidos requente jargões, “inimigos”, “crise dos mísseis”, “Russiagates” – estratégias que guardam uma assombrosa semelhança com aquelas usadas durante a Guerra Fria.
Trump acaba de anunciar a nova Estratégia de Segurança Nacional que deverá ser a base de seu governo pelos próximos anos. A apresentação desse documento é uma exigência legal aqui nos Estados Unidos, mas é a primeira vez que um presidente faz isso no primeiro ano de seu mandato e, ainda por cima, pessoalmente. Enfatizando a identidade e a segurança doméstica dos Estados Unidos, o plano declara que a “responsabilidade fundamental do governo é proteger o povo americano, sua terra natal” e seu estilo de vida, acrescentando que “o fortalecimento do controle das fronteiras e do sistema de imigração é central à segurança nacional, à prosperidade econômica e ao estado de direito” – um enfoque sem precedentes em temas de segurança interna para esse tipo de documento.
O plano é composto ainda por mais três pilares: a “promoção da prosperidade estadunidense”; “preservar a paz através da força”, visando a reconstrução do poder militar americano e o uso de todas as ferramentas disponíveis – desde a diplomacia, passando pela coleta indiscriminada de informações até ações militares e econômicas – para proteger seus interesses. O terceiro pilar busca “avançar a influência americana” através de novas alianças com Estados de linhas ideológicas semelhantes, promoção de economias de livre mercado e crescimento do setor privado (ou seja, fortalecer os “valores compartilhados” para transformá-los em “causas compartilhadas”).
O documento não poupou ataques ao que vem sendo chamado pela administração de “potências rivais”, e adverte contra a crença de que o engajamento com esses “rivais” os transformará em atores “benignos” e “parceiros confiáveis” – uma alfinetada em Obama. Nesse sentido, a estratégia de Trump aponta que a Rússia, bem como a China, “desafiam o poder, a influência e os interesses americanos, tentando corroer a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos”. Os dois países são considerados “poderes revisionistas” que “buscam mudar o status quo” das relações internacionais.
Na seção sobre o Hemisfério Ocidental, o documento afirma, em linhas gerais, que os EUA avançarão no aprofundamento de suas relações com os países da região com os quais compartilhem “valores”. No entanto, apontam Cuba e Venezuela como um “problema”, uma porta de entrada para China e Rússia na região, e sugere que a estratégia será continuar a exercer pressão para isolar ambos os países. O Kremlin, por sua vez, não perdeu tempo, e afirmou que a estratégia possui um “viés imperialista”.
Em um momento em que presenciamos uma certa histeria coletiva contra os tais “doutrinamentos”, é muito simbólico que o governo dos Estados Unidos requente jargões, “inimigos”, “crise dos mísseis”, “Russiagates” – estratégias que guardam uma assombrosa semelhança com aquelas usadas durante a Guerra Fria.
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