Essa é para os coxinhas que vivem repetindo que “primeiro são os petistas, depois virão os outros corruptos”: no mesmo dia que o ex-presidente Lula foi condenado sem provas, a procuradora-geral da República Raquel Dodge pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) o arquivamento de um inquérito contra o senador tucano José Serra. Mais uma vez a "Justiça" brasileira mostra que, enquanto em relação ao PT aplica com todo o rigor as palavras “condenação” e “prisão”, quando é com o PSDB preferem “arquivamento” e “prescrição”.
Segundo Dodge, o inquérito aberto na Corte para investigar Serra por caixa 2 prescreveu e o senador não pode ser mais punido. A investigação foi iniciada no ano passado, durante a gestão do procurador Rodrigo Janot, a partir de um dos depoimentos de delação premiada do empresário Joesley Batista, do grupo J&F. Ele afirmou ter “acertado pessoalmente com Serra “uma contribuição de 20 milhões de reais para a campanha presidencial de 2010, dos quais 13 milhões foram repassados como doação oficial e cerca de 7 milhões, via caixa 2, por meio de notas fiscais fraudulentas.
A procuradora destacou que Serra tem mais de 70 anos e, neste caso, a legislação penal prevê que o tempo de prescrição cai pela metade. Dessa forma, a pretensão punitiva prescreveu em 2016. “Ou seja, desde o requerimento de abertura de inquérito, o fato estava prescrito. Por evidente, não há como prosseguir com a investigação. Ante o exposto, manifesto-me pelo arquivamento do presente inquérito.”
No twitter, houve quem lembrasse que o valor da propina que Serra era acusado de receber daria para comprar quatro triplex no Guarujá. A Justiça brasileira, em sua cruzada desavergonhada para proteger o PSDB, tucanou a “lei do talião”: agora é olho por olho, bico por bico.
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