Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:
A Câmara Municipal de São Paulo retirou, por 120 dias, o Projeto de Lei (PL) 621, sobre a reforma da previdência dos servidores da cidade, criando o chamado Sampaprev. O prefeito João Doria (PSDB), que mais cedo deu entrevista dizendo que não recuaria, teve de ceder à pressão. Desde o dia 8, diversas categorias do funcionalismo público estão em greve e, em conjunto, vêm realizando grandes manifestações com frequência.
Hoje não foi diferente. De acordo com a Fórum das Entidades, que reúne diversos sindicatos do serviço público, foram cerca de 100 mil pessoas em frente à Câmara. A pressão deu resultado, e Doria não conseguiu costurar o apoio necessário de 28 vereadores, maioria absoluta dos 55 da Casa. Pouco antes de o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), anunciar a retirada da pauta, com abertura de uma comissão mista de estudos sobre o tema, nos corredores já se falava sobre a ausência de força do governo diante do projeto.
A forma como o governo tentou passar o projeto foi denunciada pela vereadora Sâmia Bomfim (Psol). “Com a velha forma da velha política: ameaçando tirar cargos de quem os têm no governo, nas prefeituras regionais, ameaçando, inclusive, fechar voto de bancada para que os vereadores fossem obrigados a votar de determinada forma para não sofrerem sanções. Mas mesmo os vereadores mais fiéis agora não votam com o governo porque não tem condições, existe uma forte pressão popular”, disse.
Doria tentou acelerar o projeto de qualquer forma, já que abandona a cidade no próximo dia 6 – 15 meses depois da posse, com apenas 31% de mandato – para disputar o governo do estado. De acordo com opositores e servidores, a intenção do prefeito era utilizar a possível aprovação como capital político, um aceno ao mercado financeiro de que conseguiria aprovar em nível nacional o que Temer não conseguiu no Congresso Nacional. Nos dois casos, a forte rejeição popular e o medo das urnas foram decisivos.
Hoje não foi diferente. De acordo com a Fórum das Entidades, que reúne diversos sindicatos do serviço público, foram cerca de 100 mil pessoas em frente à Câmara. A pressão deu resultado, e Doria não conseguiu costurar o apoio necessário de 28 vereadores, maioria absoluta dos 55 da Casa. Pouco antes de o presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), anunciar a retirada da pauta, com abertura de uma comissão mista de estudos sobre o tema, nos corredores já se falava sobre a ausência de força do governo diante do projeto.
A forma como o governo tentou passar o projeto foi denunciada pela vereadora Sâmia Bomfim (Psol). “Com a velha forma da velha política: ameaçando tirar cargos de quem os têm no governo, nas prefeituras regionais, ameaçando, inclusive, fechar voto de bancada para que os vereadores fossem obrigados a votar de determinada forma para não sofrerem sanções. Mas mesmo os vereadores mais fiéis agora não votam com o governo porque não tem condições, existe uma forte pressão popular”, disse.
Doria tentou acelerar o projeto de qualquer forma, já que abandona a cidade no próximo dia 6 – 15 meses depois da posse, com apenas 31% de mandato – para disputar o governo do estado. De acordo com opositores e servidores, a intenção do prefeito era utilizar a possível aprovação como capital político, um aceno ao mercado financeiro de que conseguiria aprovar em nível nacional o que Temer não conseguiu no Congresso Nacional. Nos dois casos, a forte rejeição popular e o medo das urnas foram decisivos.
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