Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:
O papel das mulheres na economia ainda é invisível nas estatísticas e na discussão pública no Brasil. É o que mostra o estudo de Nalu Faria e Marilane Teixeira, publicado pela Oxfam e disponível aqui. Em medidas como o Produto Interno Bruto (PIB) e diversas estatísticas relativas à ocupação e atividade econômica, o trabalho doméstico não remunerado não é considerado, o que contribui para sua desvalorização social, apesar de ter um papel fundamental na reprodução da sociedade.
Estimativas citadas pelas autoras indicam que se o trabalho doméstico não remunerado fosse computado no PIB, este aumentaria em 11%.
O papel das mulheres na economia ainda é invisível nas estatísticas e na discussão pública no Brasil. É o que mostra o estudo de Nalu Faria e Marilane Teixeira, publicado pela Oxfam e disponível aqui. Em medidas como o Produto Interno Bruto (PIB) e diversas estatísticas relativas à ocupação e atividade econômica, o trabalho doméstico não remunerado não é considerado, o que contribui para sua desvalorização social, apesar de ter um papel fundamental na reprodução da sociedade.
Estimativas citadas pelas autoras indicam que se o trabalho doméstico não remunerado fosse computado no PIB, este aumentaria em 11%.
As autoras apontam que, nos Censos de 1872 e 1900, o nível de ocupação para o sexo feminino era de aproximadamente 73%, caindo para 17% em 1920. Essa redução se deve ao fato de que “nos primeiros recenseamentos, as mulheres eram consideradas ocupadas mesmo que se dedicassem ao trabalho doméstico não remunerado (“donas-de-casa”). Excluídas dessa categoria, entre os anos de 1920 e 1970, houve pouca alteração desse percentual, variando de 16,7% para 18,5%, respectivamente”.
Hoje em dia, apontam as autoras que é preciso repensar o conceito de “inatividade”, considerando que a maior parte das mais de 41,6 milhões de mulheres está envolvida em atividades de reprodução social e de cuidados essenciais para a produção econômica.
Hoje em dia, apontam as autoras que é preciso repensar o conceito de “inatividade”, considerando que a maior parte das mais de 41,6 milhões de mulheres está envolvida em atividades de reprodução social e de cuidados essenciais para a produção econômica.
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