Por Juliana Gonçalves, no jornal Brasil de Fato:
O estudante Leonardo Soares participa do Levante Popular da Juventude desde 2015 e se somou à greve de fome em Brasília que entra nesta quarta-feira (8) em seu nono dia. Aos 22 anos, Soares é o mais jovem militante a aderir à "Greve de Fome por Justiça no STF". O grupo que agora conta com sete pessoas está sem ingerir alimentos desde o dia 31.
Foi durante um evento realizado pelo Diretório Central da Universidade Federal de Sergipe que Soares conheceu o Levante, durante uma ação de "descomemoração" pelos 50 anos da Rede Globo, conglomerado do setor de comunicação que apoio o golpe contra a Dilma e, antes, a ditadura militar nos anos 60, 70 e 80. Hoje, sua tarefa no movimento é apoiar os secundaristas do seu estado em Alagoas.
Filho único por parte de mãe, Soares foi criado pela família materna. A avó, dona Marli é "Lula até a morte", segundo ele. A casa de sua família foi conquistada graças ao programa Minha Casa Minha Vida.
"Eu vim de uma família de classe média baixa e vi as mudanças ocorrendo na minha vida com os governos progressistas. Eu pude ver com meus olhos a transformação do Brasil, orgulha-se o militante.
Ao ingressar na universidade, Leonardo tinha uma expectativa que o ambiente acadêmico fosse combativo e se decepcionou ao ver como os estudantes não eram levados à reflexão política.
"Na verdade eu via a universidade como os conspiracionistas de direita imaginam, ou seja, um antro de marxistas, mas na verdade não era, essa foi a minha decepção na verdade", afirma.
Ao procurar um espaço de amadurecimento político, encontro o Levante. "O que me atraiu para o Levante foi sua ação política concreta e acho que isso que atrai tantos os jovens para essa organização", comenta.
Três anos depois, neste 2018, Soares faz história ao se somar aos militantes em greve de fome. Ele comenta seu medo em tempos de golpe.
"O meu maior medo com relação ao golpe é o nosso aniquilamento não só enquanto força política, esquerda organizada, mas nosso aniquilamento enquanto pessoas num país que viveu há pouco tempo a ditadura militar com tantas mortes, perseguições e torturas. Esse é o maior medo de todo militante", disse.
Além disso, Soares já aponto como consequências do golpe o aumento da pobreza, da população em situação de rua e da violência. Ele lembra como nas histórias do passado de seus avós nordestinos como ele, era comum relatos de seca e saques protagonizados por uma população faminta.
"Eu nunca ouvi falar de saques nos sertões ou no agreste por conta de fome, mas eu temo que isso [a fome] volte a abater a população do sertão e do semi-árido do nordeste e outras partes do Brasil", ponderou.
Para ele o que mudou nos governos Lula e Dilma Rousseff (PT) foi não só a retirada de direitos, mas da dignidade do povo. O medo do conservadorismo, no entanto, aponta ele, não deve paralisar o povo.
"Acho que esse medo do avanço do conservadorismo, da burguesia e do imperialismo deve nos fortalecer, foi com essa perspectiva que venho para a greve de fome mostrar que é possível lutar, possível resistir e vencer", disse.
Há um dia em greve de fome, Leonardo passa bem e está confiante na vitória que consiste na possibilidade do ex-presidente Lula ser candidato à presidência da República.
O estudante Leonardo Soares participa do Levante Popular da Juventude desde 2015 e se somou à greve de fome em Brasília que entra nesta quarta-feira (8) em seu nono dia. Aos 22 anos, Soares é o mais jovem militante a aderir à "Greve de Fome por Justiça no STF". O grupo que agora conta com sete pessoas está sem ingerir alimentos desde o dia 31.
Foi durante um evento realizado pelo Diretório Central da Universidade Federal de Sergipe que Soares conheceu o Levante, durante uma ação de "descomemoração" pelos 50 anos da Rede Globo, conglomerado do setor de comunicação que apoio o golpe contra a Dilma e, antes, a ditadura militar nos anos 60, 70 e 80. Hoje, sua tarefa no movimento é apoiar os secundaristas do seu estado em Alagoas.
Filho único por parte de mãe, Soares foi criado pela família materna. A avó, dona Marli é "Lula até a morte", segundo ele. A casa de sua família foi conquistada graças ao programa Minha Casa Minha Vida.
"Eu vim de uma família de classe média baixa e vi as mudanças ocorrendo na minha vida com os governos progressistas. Eu pude ver com meus olhos a transformação do Brasil, orgulha-se o militante.
Ao ingressar na universidade, Leonardo tinha uma expectativa que o ambiente acadêmico fosse combativo e se decepcionou ao ver como os estudantes não eram levados à reflexão política.
"Na verdade eu via a universidade como os conspiracionistas de direita imaginam, ou seja, um antro de marxistas, mas na verdade não era, essa foi a minha decepção na verdade", afirma.
Ao procurar um espaço de amadurecimento político, encontro o Levante. "O que me atraiu para o Levante foi sua ação política concreta e acho que isso que atrai tantos os jovens para essa organização", comenta.
Três anos depois, neste 2018, Soares faz história ao se somar aos militantes em greve de fome. Ele comenta seu medo em tempos de golpe.
"O meu maior medo com relação ao golpe é o nosso aniquilamento não só enquanto força política, esquerda organizada, mas nosso aniquilamento enquanto pessoas num país que viveu há pouco tempo a ditadura militar com tantas mortes, perseguições e torturas. Esse é o maior medo de todo militante", disse.
Além disso, Soares já aponto como consequências do golpe o aumento da pobreza, da população em situação de rua e da violência. Ele lembra como nas histórias do passado de seus avós nordestinos como ele, era comum relatos de seca e saques protagonizados por uma população faminta.
"Eu nunca ouvi falar de saques nos sertões ou no agreste por conta de fome, mas eu temo que isso [a fome] volte a abater a população do sertão e do semi-árido do nordeste e outras partes do Brasil", ponderou.
Para ele o que mudou nos governos Lula e Dilma Rousseff (PT) foi não só a retirada de direitos, mas da dignidade do povo. O medo do conservadorismo, no entanto, aponta ele, não deve paralisar o povo.
"Acho que esse medo do avanço do conservadorismo, da burguesia e do imperialismo deve nos fortalecer, foi com essa perspectiva que venho para a greve de fome mostrar que é possível lutar, possível resistir e vencer", disse.
Há um dia em greve de fome, Leonardo passa bem e está confiante na vitória que consiste na possibilidade do ex-presidente Lula ser candidato à presidência da República.
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