Por Altamiro Borges
Em editorial publicado neste domingo (24), a Folha registrou, de forma até branda e cuidadosa, “certa deterioração” no cenário político do país. Em tom de advertência, o jornal aponta que “erros, desatinos e trepidações ameaçam o cacife político do presidente e as reformas” – em especial, a que elimina a aposentadoria de milhões de brasileiros e que a famiglia Frias apoia ostensivamente. Entre outras lambanças, o jornalão critica a prisão arbitrária do ex-presidente Michel Temer, as “provocações baratas contra Rodrigo Maia” e os privilégios contidos na regra de aposentadoria dos militares.
Ao final, a Folha decreta: “O chamado bolsonarismo vai muito além nas suas atitudes estúpidas, que costumam percorrer um trajeto mais ou menos curto até se voltarem contra os interesses do próprio presidente... O presidencialismo brasileiro funciona mal quando o chefe do Executivo é uma fonte de incertezas. As grandes tacadas da administração, como é a Previdência para Bolsonaro, não andam sem grande dedicação pessoal do mandatário. Isso porque todos sabem que é dele o maior triunfo nas vitórias, assim como é ele quem arca com o preço mais elevado nas derrotas”.
O jornal só faltou fixar a data da queda do trapalhão Jair Bolsonaro. Outros veículos da mídia rentista caminham no mesmo rumo e temem pela derrota da “reforma” da Previdência. Os que não preveem o fim iminente do governo, garantem que o “capetão” já está muito desgastado e dificilmente recuperará a sua força no Congresso Nacional. Prova deste desastre é que na semana passada o PSL, sigla do próprio presidente – também batizado de Partido Só de Laranjas – criticou a desarticulação e incompetência do Palácio do Planalto. Temendo o desgaste, o líder da legenda na Câmara Federal ousou dizer que não está disposto “a descascar o abacaxi no dente” para golpear as aposentadorias.
Como ironizou Bruno Boghossian na Folha, “o governo decidiu se mover de acordo com a algazarra de seus apoiadores fiéis e ignorar as vozes do Congresso – o que afasta Bolsonaro cada vez mais de pautas como a reforma da Previdência. Nenhum de seus eleitores mais aguerridos, afinal, votou nele pensando no ajuste do sistema de aposentadorias. O presidente aposta numa filosofia da terra arrasada. No jantar que teve com Olavo de Carvalho, ele disse que precisa ‘desconstruir muita coisa para depois começar a fazer’. Pelo visto, o dinheiro da obra pode acabar na fase de demolição”.
O isolamento do “capetão” começa a produzir cenas hilárias entre os oportunistas que só foram eleitos graças à onda fascista-bolsonarista. Na quinta-feira passada (21), por exemplo, a deputada-plagiadora Joice Hasselmann (PSL-SP) demonstrou irritação com seus pares inexperientes e gulosos. Em reunião com secretários-executivos e assessores parlamentares dos ministérios, ela afirmou que o parlamento é um “zoológico sem jaulas” e que a postura dos “gênios do PSL” não ajudava em nada na aprovação da "deforma" da Previdência.
Em tempo-1: O derretimento de Jair Bolsonaro não ocorre apenas no parlamento. “A aprovação à reforma da Previdência caiu mais de 30 pontos na semana passada, de acordo com um índice de sentimento das redes sociais desenvolvido pela startup Arquimedes. A empresa, que fornece dados para o mercado financeiro e empresas, classifica o conteúdo das publicações como negativo ou positivo... Aumentaram o mau humor em relação ao governo a notícia da liberação de R$ 1 bilhão em emendas aos congressistas, os ataques de Jair Bolsonaro a uma jornalista, a prisão de milicianos acusados de matar a vereadora Marielle Franco – e especialmente a proposta de previdência dos militares” – relata Mônica Bergamo.
Em tempo-2: O isolamento do presidente é tão acelerado que até FHC, “o príncipe da Sorbonne”, resolveu tirar uma casquinha. Nas redes sociais, o ex-presidente insinuou neste domingo (24) que Jair Bolsonaro não entende nada de política. Para ele, o “paradoxo brasileiro” é que “os partidos são fracos, [mas] o Congresso é forte... Presidente que não entende isso não governa e pode cair; maltratar quem preside a Câmara é caminho para o desastre... Presidente do país deve moderar e não atiçar”. Baita mijada – ou “golden shower”, para lembrar o fetiche presidencial – do capetão!
Em editorial publicado neste domingo (24), a Folha registrou, de forma até branda e cuidadosa, “certa deterioração” no cenário político do país. Em tom de advertência, o jornal aponta que “erros, desatinos e trepidações ameaçam o cacife político do presidente e as reformas” – em especial, a que elimina a aposentadoria de milhões de brasileiros e que a famiglia Frias apoia ostensivamente. Entre outras lambanças, o jornalão critica a prisão arbitrária do ex-presidente Michel Temer, as “provocações baratas contra Rodrigo Maia” e os privilégios contidos na regra de aposentadoria dos militares.
Ao final, a Folha decreta: “O chamado bolsonarismo vai muito além nas suas atitudes estúpidas, que costumam percorrer um trajeto mais ou menos curto até se voltarem contra os interesses do próprio presidente... O presidencialismo brasileiro funciona mal quando o chefe do Executivo é uma fonte de incertezas. As grandes tacadas da administração, como é a Previdência para Bolsonaro, não andam sem grande dedicação pessoal do mandatário. Isso porque todos sabem que é dele o maior triunfo nas vitórias, assim como é ele quem arca com o preço mais elevado nas derrotas”.
O jornal só faltou fixar a data da queda do trapalhão Jair Bolsonaro. Outros veículos da mídia rentista caminham no mesmo rumo e temem pela derrota da “reforma” da Previdência. Os que não preveem o fim iminente do governo, garantem que o “capetão” já está muito desgastado e dificilmente recuperará a sua força no Congresso Nacional. Prova deste desastre é que na semana passada o PSL, sigla do próprio presidente – também batizado de Partido Só de Laranjas – criticou a desarticulação e incompetência do Palácio do Planalto. Temendo o desgaste, o líder da legenda na Câmara Federal ousou dizer que não está disposto “a descascar o abacaxi no dente” para golpear as aposentadorias.
Como ironizou Bruno Boghossian na Folha, “o governo decidiu se mover de acordo com a algazarra de seus apoiadores fiéis e ignorar as vozes do Congresso – o que afasta Bolsonaro cada vez mais de pautas como a reforma da Previdência. Nenhum de seus eleitores mais aguerridos, afinal, votou nele pensando no ajuste do sistema de aposentadorias. O presidente aposta numa filosofia da terra arrasada. No jantar que teve com Olavo de Carvalho, ele disse que precisa ‘desconstruir muita coisa para depois começar a fazer’. Pelo visto, o dinheiro da obra pode acabar na fase de demolição”.
O isolamento do “capetão” começa a produzir cenas hilárias entre os oportunistas que só foram eleitos graças à onda fascista-bolsonarista. Na quinta-feira passada (21), por exemplo, a deputada-plagiadora Joice Hasselmann (PSL-SP) demonstrou irritação com seus pares inexperientes e gulosos. Em reunião com secretários-executivos e assessores parlamentares dos ministérios, ela afirmou que o parlamento é um “zoológico sem jaulas” e que a postura dos “gênios do PSL” não ajudava em nada na aprovação da "deforma" da Previdência.
Em tempo-1: O derretimento de Jair Bolsonaro não ocorre apenas no parlamento. “A aprovação à reforma da Previdência caiu mais de 30 pontos na semana passada, de acordo com um índice de sentimento das redes sociais desenvolvido pela startup Arquimedes. A empresa, que fornece dados para o mercado financeiro e empresas, classifica o conteúdo das publicações como negativo ou positivo... Aumentaram o mau humor em relação ao governo a notícia da liberação de R$ 1 bilhão em emendas aos congressistas, os ataques de Jair Bolsonaro a uma jornalista, a prisão de milicianos acusados de matar a vereadora Marielle Franco – e especialmente a proposta de previdência dos militares” – relata Mônica Bergamo.
Em tempo-2: O isolamento do presidente é tão acelerado que até FHC, “o príncipe da Sorbonne”, resolveu tirar uma casquinha. Nas redes sociais, o ex-presidente insinuou neste domingo (24) que Jair Bolsonaro não entende nada de política. Para ele, o “paradoxo brasileiro” é que “os partidos são fracos, [mas] o Congresso é forte... Presidente que não entende isso não governa e pode cair; maltratar quem preside a Câmara é caminho para o desastre... Presidente do país deve moderar e não atiçar”. Baita mijada – ou “golden shower”, para lembrar o fetiche presidencial – do capetão!
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