Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Não creio muito nesta história de que Rodrigo Maia vá “blindar” a reforma previdenciária e insistir em aprová-la, com a brutalidade atual, na Câmara dos Deputados.
Não duvido que a crueldade de Maia e sua bajulação ao “mercado” faça disso o seu desejo, mas está criada uma situação que já não depende exclusivamente disso.
Os partidos e uma parcela dos deputados está irritada e convencida de que, se não confrontar o governo Bolsonaro na questão que é o centro das atenções do país, por sua repercussão, estará inapelavelmente rendida diante do falangismo bolsonarista, apenas esperando a vez de ir para o matadouro das redes sociais.
Quererá Maia perder parte de suas “tropas parlamentares”, enquanto o ex-capitão torna as suas mais aguerridas e sanguinárias?
Não posso supor que Cesar Maia não tenha ensinado ao filho que cachorros sentem o cheiro do medo.
Além do mais, com ou sem “blindagem”, deterioraram-se as condições para aprovar uma reforma com a dureza que o mercado quer.
BPC, aposentadorias rurais, cortes violentos nas pensões, “transição” quase que imediata e até mesmo a idade mínima, que parecia poder prosperar, estão vulneradas, agora, já não só pela sua insensibilidade intrínseca, mas por uma crescente percepção de injustiça por parte da opinião pública, sobretudo porque comparada à generosidade com que foram tratadas as aposentadorias militares.
O forte aumento da rejeição à reforma nas próprias redes sociais, registrado hoje pela pesquisa que Monica Bergamo divulga na Folha, não é surpresa e pode ser sentido por qualquer um no cotidiano.
O conflito está criado e não se resolverá sem as concessões para as quais o Executivo não está ligando muito. Ainda assim, não as fará, para manter o queixo erguido diante dos “seus”.
“Faço o que você quer, mas faço sozinho” não parece ser uma alternativa política para Maia, até porque se chegou a um ponto em qual a velocidade na tramitação passou a ser, por si, uma exigência do capital.
E será, com isso, difícil seguir o conselho do Senador Pinheiro Machado a seu cocheiro, diante de manifestantes hostis, para que a retirada não seja “tão depressa que pareça fuga”.
Não creio muito nesta história de que Rodrigo Maia vá “blindar” a reforma previdenciária e insistir em aprová-la, com a brutalidade atual, na Câmara dos Deputados.
Não duvido que a crueldade de Maia e sua bajulação ao “mercado” faça disso o seu desejo, mas está criada uma situação que já não depende exclusivamente disso.
Os partidos e uma parcela dos deputados está irritada e convencida de que, se não confrontar o governo Bolsonaro na questão que é o centro das atenções do país, por sua repercussão, estará inapelavelmente rendida diante do falangismo bolsonarista, apenas esperando a vez de ir para o matadouro das redes sociais.
Quererá Maia perder parte de suas “tropas parlamentares”, enquanto o ex-capitão torna as suas mais aguerridas e sanguinárias?
Não posso supor que Cesar Maia não tenha ensinado ao filho que cachorros sentem o cheiro do medo.
Além do mais, com ou sem “blindagem”, deterioraram-se as condições para aprovar uma reforma com a dureza que o mercado quer.
BPC, aposentadorias rurais, cortes violentos nas pensões, “transição” quase que imediata e até mesmo a idade mínima, que parecia poder prosperar, estão vulneradas, agora, já não só pela sua insensibilidade intrínseca, mas por uma crescente percepção de injustiça por parte da opinião pública, sobretudo porque comparada à generosidade com que foram tratadas as aposentadorias militares.
O forte aumento da rejeição à reforma nas próprias redes sociais, registrado hoje pela pesquisa que Monica Bergamo divulga na Folha, não é surpresa e pode ser sentido por qualquer um no cotidiano.
O conflito está criado e não se resolverá sem as concessões para as quais o Executivo não está ligando muito. Ainda assim, não as fará, para manter o queixo erguido diante dos “seus”.
“Faço o que você quer, mas faço sozinho” não parece ser uma alternativa política para Maia, até porque se chegou a um ponto em qual a velocidade na tramitação passou a ser, por si, uma exigência do capital.
E será, com isso, difícil seguir o conselho do Senador Pinheiro Machado a seu cocheiro, diante de manifestantes hostis, para que a retirada não seja “tão depressa que pareça fuga”.
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