Por Altamiro Borges
Para desespero dos oportunistas de plantão, o governo Jair Bolsonaro – que reúne milicos ressentidos, abutres financeiros, corruptos velhacos, fanáticos religiosos e milicianos fascistas, entre outros trastes – está definhando rapidamente. É tiro para tudo que é lado. Ninguém se entende no bordel bolsonariano – nem mesmo os filhos do capitão. Nessa confusão generalizada, o “deus-mercado” já começa a perder a confiança no seu “laranja-presidente" e teme pelo futuro da almejada contrarreforma da Previdência – um dos principais motivos da recente onda golpista e fascistizante no Brasil.
O clima de pânico já envenena os apoiadores de Jair Bolsonaro e fica patente em várias cenas grotescas e hilárias. Uma delas ocorreu nesta segunda-feira (25), envolvendo dois deputados da ultradireita nativa – a jornalista-plagiadora Joice Hasselmann (PSL) e o fascistinha mirim Kim Kataguiri (DEM), líder do sinistro Movimento Brasil Livre (MBL). Ambos apoiaram o “capetão” e surfaram na onda reacionária no país, elegendo-se com expressiva votação em São Paulo. Mas agora eles já não se entendem mais e partiram para a baixaria nas hostes fascistas.
Conforme relato de Fábio Zanini, do UOL, “o barraco do dia no Congresso veio da troca de farpas entre a líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), e o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), líder do MBL. Ex-aliados durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, eles bateram boca por causa da articulação política (ou falta dela). O clímax foi Joice chamando Kim, 23, de ‘moleque’ e sugerindo que ele ‘pegue a chupeta e vá nanar’”. Baita maldade pedir para o fedelho “pegar a chupeta”! Já o “moleque” não amarelou e detonou a líder de Jair Bolsonaro em entrevista ao jornalista. Vale conferir. É patético e divertido.
*****
O que o senhor achou do tuíte da deputada Joice Hasselmann que o chama de moleque?
Quando entra no terreno da baixaria, prefiro não responder. Minha crítica é à articulação política do governo.
E qual sua avaliação?
É uma catástrofe.
Por culpa de quem?
É principalmente por causa do perfil do Bolsonaro, de não querer dialogar com o Congresso, de não querer receber parlamentares, de falar para todos os ministros fecharem as portas, de não escutar os projetos. Ou seja, de não fazer articulação republicana. O governo está tentando transformar a articulação em sinônimo de corrupção. Quando na verdade é escutar os projetos [dos parlamentares] para eventualmente encaminhar nos estados. Construir pontes, fazer hospitais, é legítimo também. Isso não tem nada a ver com corrupção.
Como o senhor avalia as escolhas dele para sua liderança no Congresso?
Ele ficou traumatizado com o erro do major [Major Vitor Hugo, do PSL-GO, líder do governo na Câmara], que é um cara que não se impunha com os líderes, e aí acabou exagerando, tentando apagar o fogo com pólvora, nomeando a Joice.
Que consequência o estilo dela pode ter?
Com essa situação, qual o futuro da reforma da Previdência?
Essa morreu por quê?
Esses ataques da Joice são dela, ou vem uma ordem de cima, do Palácio?
Vocês tinham uma boa relação no passado, por exemplo durante o impeachment de Dilma, não?
Para desespero dos oportunistas de plantão, o governo Jair Bolsonaro – que reúne milicos ressentidos, abutres financeiros, corruptos velhacos, fanáticos religiosos e milicianos fascistas, entre outros trastes – está definhando rapidamente. É tiro para tudo que é lado. Ninguém se entende no bordel bolsonariano – nem mesmo os filhos do capitão. Nessa confusão generalizada, o “deus-mercado” já começa a perder a confiança no seu “laranja-presidente" e teme pelo futuro da almejada contrarreforma da Previdência – um dos principais motivos da recente onda golpista e fascistizante no Brasil.
O clima de pânico já envenena os apoiadores de Jair Bolsonaro e fica patente em várias cenas grotescas e hilárias. Uma delas ocorreu nesta segunda-feira (25), envolvendo dois deputados da ultradireita nativa – a jornalista-plagiadora Joice Hasselmann (PSL) e o fascistinha mirim Kim Kataguiri (DEM), líder do sinistro Movimento Brasil Livre (MBL). Ambos apoiaram o “capetão” e surfaram na onda reacionária no país, elegendo-se com expressiva votação em São Paulo. Mas agora eles já não se entendem mais e partiram para a baixaria nas hostes fascistas.
Conforme relato de Fábio Zanini, do UOL, “o barraco do dia no Congresso veio da troca de farpas entre a líder do governo Jair Bolsonaro no Congresso, Joice Hasselmann (PSL-SP), e o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), líder do MBL. Ex-aliados durante o processo de impeachment de Dilma Rousseff, eles bateram boca por causa da articulação política (ou falta dela). O clímax foi Joice chamando Kim, 23, de ‘moleque’ e sugerindo que ele ‘pegue a chupeta e vá nanar’”. Baita maldade pedir para o fedelho “pegar a chupeta”! Já o “moleque” não amarelou e detonou a líder de Jair Bolsonaro em entrevista ao jornalista. Vale conferir. É patético e divertido.
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O que o senhor achou do tuíte da deputada Joice Hasselmann que o chama de moleque?
Quando entra no terreno da baixaria, prefiro não responder. Minha crítica é à articulação política do governo.
E qual sua avaliação?
É uma catástrofe.
Por culpa de quem?
É principalmente por causa do perfil do Bolsonaro, de não querer dialogar com o Congresso, de não querer receber parlamentares, de falar para todos os ministros fecharem as portas, de não escutar os projetos. Ou seja, de não fazer articulação republicana. O governo está tentando transformar a articulação em sinônimo de corrupção. Quando na verdade é escutar os projetos [dos parlamentares] para eventualmente encaminhar nos estados. Construir pontes, fazer hospitais, é legítimo também. Isso não tem nada a ver com corrupção.
Como o senhor avalia as escolhas dele para sua liderança no Congresso?
Ele ficou traumatizado com o erro do major [Major Vitor Hugo, do PSL-GO, líder do governo na Câmara], que é um cara que não se impunha com os líderes, e aí acabou exagerando, tentando apagar o fogo com pólvora, nomeando a Joice.
Que consequência o estilo dela pode ter?
O efeito que gera é que quanto mais parlamentares ela ataca, mais sentimento de corpo contra o governo gera nos outros parlamentares.
Com essa situação, qual o futuro da reforma da Previdência?
A reforma encaminhada pelo governo morreu, não tem chance de ser votada e aprovada. Mas acho que também tem um senso de responsabilidade aqui de boa parte dos parlamentares. E mesmo a pressão dos governadores, que faz efeito. Acredito que talvez a gente retome o texto do Arthur Maia [relator da proposta apresentada no governo Temer], o que resolveria o problema a curto prazo da Previdência e ao mesmo tempo o centrão não seria derrotado.
Essa morreu por quê?
Principalmente pela questão dos militares, mas pelo conjunto da obra. Pela falta de tato do governo. No caso dos militares, dizer que a economia vai ser de R$ 90 bi, quando na prática vai ser de R$ 10 bi.
Esses ataques da Joice são dela, ou vem uma ordem de cima, do Palácio?
Eu acho que é a linha geral do governo, mas também vem ao encontro da personalidade dela.
Vocês tinham uma boa relação no passado, por exemplo durante o impeachment de Dilma, não?
Sim. Estivemos juntos. Mas ela não reconhece que o trabalho dela não está funcionando. E há um sentimento de que a única direita possível é a do Bolsonaro.
1 comentários:
Boa! Que se aniquilem!
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