Por José Barbosa Junior, no site Jornalistas Livres:
Relembrar esta data traz consigo significados para além da espiritualidade, transpondo a barreira religiosa do fato. Jesus foi morto por desafiar um sistema perverso, que aliou um Império cruel e genocida a uma religião vendida e ameaçada pela mensagem de libertação do profeta galileu.
Reforçando a ideia defendida por Marx, de que a história acontece “primeiro como tragédia, depois como farsa”, não tenho dúvidas em denunciar que vivemos uma farsa terrível, fantasiada de moralismo e que insiste em fazer alusão à fé cristã.
Nada mais mentiroso! Nada mais falso! Nada mais perverso.
Vivemos hoje, no Brasil, a grande farsa evangélica messiânica, que atribui a Jair Bolsonaro todos os requisitos para classificá-lo como um Anticristo, apoiado por uma igreja corrompida e conivente, que em nada faz lembrar o crucificado.
Jesus subverteu sistemas e dogmas religiosos. É a antítese do que se esperava como Messias. É pobre, periférico, não branco, agitador… Desafia poderes imperiais e religiosos com palavras de amor e chamando a humanidade à comunidade, a repartir riquezas, a não oprimir ninguém, e à experiência de novos céus e nova terra como um “paraíso de igualdade”.
Percebam bem: é fácil falar de nova terra, mas precisamos resgatar o sentido de “novo céu”… É preciso uma outra espiritualidade, uma nova percepção do transcendente. Basta da religião que oprime e segrega. Que venha a espiritualidade que une, iguala e expõe as opressões e horrores dos poderosos.
Isso tudo para dizer que quem defende isso, tanto lá quanto cá, será visto como ameaça e perigo: um bandido. O bandido é o que subverte a Lei estabelecida. Jesus foi um deles. E foi tratado como tal. Preso, torturado e morto.
Para a religião que domina, bandido bom é bandido crucificado.
Mas… Como diz um outro barbudo que a gente conhece bem: “podem até me prender ou tentarem me matar. Mas não matarão e nem prenderão as minhas idéias. Elas já estão por aí…”
É por isso que a história não termina na sexta-feira, mas no domingo.
Porque cremos em ressurreições!
* José Barbosa Junior é teólogo e pastor da Comunidade Batista do Caminho em Belo Horizonte.
Relembrar esta data traz consigo significados para além da espiritualidade, transpondo a barreira religiosa do fato. Jesus foi morto por desafiar um sistema perverso, que aliou um Império cruel e genocida a uma religião vendida e ameaçada pela mensagem de libertação do profeta galileu.
Reforçando a ideia defendida por Marx, de que a história acontece “primeiro como tragédia, depois como farsa”, não tenho dúvidas em denunciar que vivemos uma farsa terrível, fantasiada de moralismo e que insiste em fazer alusão à fé cristã.
Nada mais mentiroso! Nada mais falso! Nada mais perverso.
Vivemos hoje, no Brasil, a grande farsa evangélica messiânica, que atribui a Jair Bolsonaro todos os requisitos para classificá-lo como um Anticristo, apoiado por uma igreja corrompida e conivente, que em nada faz lembrar o crucificado.
Jesus subverteu sistemas e dogmas religiosos. É a antítese do que se esperava como Messias. É pobre, periférico, não branco, agitador… Desafia poderes imperiais e religiosos com palavras de amor e chamando a humanidade à comunidade, a repartir riquezas, a não oprimir ninguém, e à experiência de novos céus e nova terra como um “paraíso de igualdade”.
Percebam bem: é fácil falar de nova terra, mas precisamos resgatar o sentido de “novo céu”… É preciso uma outra espiritualidade, uma nova percepção do transcendente. Basta da religião que oprime e segrega. Que venha a espiritualidade que une, iguala e expõe as opressões e horrores dos poderosos.
Isso tudo para dizer que quem defende isso, tanto lá quanto cá, será visto como ameaça e perigo: um bandido. O bandido é o que subverte a Lei estabelecida. Jesus foi um deles. E foi tratado como tal. Preso, torturado e morto.
Para a religião que domina, bandido bom é bandido crucificado.
Mas… Como diz um outro barbudo que a gente conhece bem: “podem até me prender ou tentarem me matar. Mas não matarão e nem prenderão as minhas idéias. Elas já estão por aí…”
É por isso que a história não termina na sexta-feira, mas no domingo.
Porque cremos em ressurreições!
* José Barbosa Junior é teólogo e pastor da Comunidade Batista do Caminho em Belo Horizonte.
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