Enquanto a popularidade do presidente Jair Bolsonaro despenca em
ritmo acelerado no conjunto da sociedade, como atestam todas as pesquisas
divulgadas até agora, entre os empresários o "capetão" segue em alta.
A chamada elite empresarial ─ que prefiro rotular de cloaca burguesa ─ não nega
o seu DNA fascista. Mesmo na desgraceira, com o país afundando na crise, ela dá
respaldo ao governante autoritário que aniquila com a aposentadoria dos
trabalhadores, libera armas, destrói sindicatos, dá licença para matar no campo
─ entre outros graves retrocessos.
De acordo com pesquisa encomendada pelo banco BTG Pactual, 59% dos empresários avaliam que o ultradireitista Jair Bolsonaro está fazendo um governo ótimo (20%) ou bom (39%). A atual gestão é considerada regular por 27% dos entrevistados, enquanto 10% afirmam que ela é ruim (3%) ou péssima (7%). Os demais 3% não souberam responder. Como aponta o site UOL, "os resultados destoam das pesquisas que acompanham a opinião da população em geral, em que a aprovação ao governo Bolsonaro é menor: de acordo com a pesquisa mais recente do Ibope, o governo é considerado bom ou ótimo por 35% dos brasileiros".
Foram ouvidos, por telefone, mil empresários entre 10 e 30 de abril. "Do total dos entrevistados, 85% estão à frente de pequenas empresas, 9% comandam as médias e 6% lideram grandes empresas... Os níveis de aprovação ao governo são maiores entre as empresas de médio porte: a maior parte dos empresários (71%) avalia a gestão como ótima (19%) ou boa (52%). Entre os donos das grandes companhias, a aprovação é de 60% (15% ótimo e 45% bom) e, entre os pequenos empresários, de 58% (21% ótimo e 37%, bom). Para 55% dos entrevistados, o desempenho do presidente em seus primeiros meses desde a posse está dentro do esperado. Para 15%, o desempenho está sendo melhor do que a expectativa, enquanto para 28%, está pior. Os outros 2% não responderam".
A cloaca burguesa não está muito preocupada com o aumento do desemprego e da miséria no país. O item em que ela melhor avalia o "capetão" é o da segurança. "68% dos pesquisados afirmaram confiar (39%) ou confiar muito (29%) em que o novo governo será capaz de trazer melhorias neste setor. Na outra ponta, a insegurança jurídica é a que desperta mais cautela, com 33% dos empresários dizendo ter pouca ou nenhuma confiança de que o governo trará melhorias nesta frente, ante 48% que confiam em avanços".
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