Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:
A Lava-Jato sempre ensinou que é preciso correr atrás dos laranjas e fragilizá-los, para então chegar ao dono do pomar.
É o que o jornalismo deve fazer agora para tentar esclarecer os mistérios em torno de Deltan Dallagnol.
É o que o jornalismo deve fazer agora para tentar esclarecer os mistérios em torno de Deltan Dallagnol.
A mulher de Sergio Moro, Rosângela Moro, criou no ano passado uma empresa de palestras para administrar a vida empresarial do marido no mundo das conferências.
A mulher de Dallagnol, Fernanda, e a mulher do procurador Roberson Pozzobon, Amanda, teriam feito o mesmo?
A mulher de Dallagnol, Fernanda, e a mulher do procurador Roberson Pozzobon, Amanda, teriam feito o mesmo?
Essa é agora a tarefa da imprensa. Encontrar o registro da empresa que, mesmo em nome de outras pessoas, tenha levado adiante a ideia de Dallagnol.
Em dezembro de 2018, na troca de mensagens com os colegas, divulgada ontem pela Folha, o procurador sugere que Fernanda e Amanda criem as empresas.
O plano teria prosperado? Dallagnol e Pozzobon informaram à Folha que não criaram a empresa. O Ministério Público Federal do Paraná também informou a mesma coisa.
Será? Nesse mundo de tantas laranjas, tudo dever conferido, dizia Dallagnol em suas entrevistas e também nas palestras remuneradas.
Pois a criação da empresa da mulher de Moro foi tornada pública e noticiada pela Folha de S. Paulo no dia 8 de julho do ano passado. Cinco meses depois, Dallagnol começa a levar adiante a ideia de fazer o mesmo.
A empresa de Rosângela, a HZM2, dedicada a cursos e palestras, é uma sociedade com os advogados Carlos Zucolotto Junior, Guilherme Henn e Fernando Mânica. Os dois primeiros dividem uma banca de advocacia.
E Zucolotto é o amigo e padrinho de casamento de Moro e Rosângela, que o advogado Tacla Duran, foragido na Espanha, acusa de ter criado uma indústria de fechamento de acordos de delação, que ele chama de Panela de Curitiba.
Dallagnol e Moro descobriram atividades de laranjas usando a tática consagrada pela Lava-Jato, a delação. Mas os candidatos a delator que eles pegavam eram encarcerados e submetidos a prisões preventivas intermináveis.
Em dezembro de 2018, na troca de mensagens com os colegas, divulgada ontem pela Folha, o procurador sugere que Fernanda e Amanda criem as empresas.
O plano teria prosperado? Dallagnol e Pozzobon informaram à Folha que não criaram a empresa. O Ministério Público Federal do Paraná também informou a mesma coisa.
Será? Nesse mundo de tantas laranjas, tudo dever conferido, dizia Dallagnol em suas entrevistas e também nas palestras remuneradas.
Pois a criação da empresa da mulher de Moro foi tornada pública e noticiada pela Folha de S. Paulo no dia 8 de julho do ano passado. Cinco meses depois, Dallagnol começa a levar adiante a ideia de fazer o mesmo.
A empresa de Rosângela, a HZM2, dedicada a cursos e palestras, é uma sociedade com os advogados Carlos Zucolotto Junior, Guilherme Henn e Fernando Mânica. Os dois primeiros dividem uma banca de advocacia.
E Zucolotto é o amigo e padrinho de casamento de Moro e Rosângela, que o advogado Tacla Duran, foragido na Espanha, acusa de ter criado uma indústria de fechamento de acordos de delação, que ele chama de Panela de Curitiba.
Dallagnol e Moro descobriram atividades de laranjas usando a tática consagrada pela Lava-Jato, a delação. Mas os candidatos a delator que eles pegavam eram encarcerados e submetidos a prisões preventivas intermináveis.
O jornalismo da grande imprensa, com suas centenas de repórteres, tem agora essa missão. Se existem, quem são os laranjas de Dallagnol?
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