Por Fernando Rosa, no blog Senhor X:
O presidente da República está convocando em suas redes sociais uma mobilização contra o Congresso Nacional, segundo informaram os jornais nesta terça-feira, 26. A manifestação prevista para o dia 15 de março foi deflagrada na semana passada por grupos de ultra-direita, com apoio público do general Heleno. Ou seja, o capitão Bolsonaro e o general Heleno parecem sonhar com os “gloriosos” e efervescentes dias pré-golpe de 31 de março de 1964.
O momento é de tensão e disputa nas hostes governistas, mergulhada em um surdo e sórdido jogo de proteção e/ou chantagem. No enredo, estão o presidente Bolsonaro, o ministro da Justiça Sérgio Moro, o chefe da GSI general Heleno e, agora, também o general Braga Neto, o novo chefe da Casa Civil. Todos sabem o que aconteceu no “verão passado”, casaram suas fichas na mesa e buscam um “freio de arrumação”.
De um lado, denúncias e comportamentos evidenciam cada vez mais o compromisso do clã Bolsonaro com as milícias, ao que parece de todo o Brasil. Do ponto de vista de governo, a economia entrou janeiro em desaceleração, esfriando as expectativas do “mercado” e da mídia rentista. Por outro lado, o alinhamento servil ao “American First” de Donald Trump não rendeu negócios, investimentos ou novos mercados.
Por sua vez, o risco da associação e do comprometimento do Exército com um governo miliciano parece preocupar setores militares. Afastar a instituição de seu papel constitucional, romper com a hierarquia e a disciplina e submeter o Exército ao papel de guarda pretoriana não costuma ter final feliz. Apoiar a política privatista e desnacionalizante de Bolsonaro-Guedes só piora a situação da instituição.
Acuado e vulnerável, Bolsonaro aposta em transformar o Brasil num Haiti e produzir uma nova operação “Punho de Ferro”, agora contra o povo brasileiro. O discurso da Paulista, do “banho de sangue”, não saiu da pauta de Bolsonaro e se expressa cotidianamente em suas ações. Para isso, insuflam as milícias, com o silêncio comprometedor de Sérgio Moro e a conivência irresponsável do ministro da Defesa.
O capitão incendiário, afastado do Exército, e o ex-ajudante de ordens do general Silvio Frota, são faces da mesma moeda. São derrotados, primeiro pelo general Ernesto Geisel, e depois pelo povo nas ruas, na campanha das Diretas Já, que sepultou mais de 20 anos de ditadura. Além dos porões, o que os aproxima é o desrespeito às instituições, à democracia, aos interesses nacionais e um profundo ódio ao povo brasileiro.
Os novos fatos são por demais óbvios e já não mais permitem que as instituições sejam coniventes com os ataques à democracia. O presidente da República, acenando com o “apoio” do Exército, está confrontando o Congresso Nacional, eleito pelo voto popular. Ou a sociedade, as demais instituições, e os próprios parlamentares reagem à altura da provocação golpista, ou pagarão o preço definitivo pela covardia política.
O momento é de tensão e disputa nas hostes governistas, mergulhada em um surdo e sórdido jogo de proteção e/ou chantagem. No enredo, estão o presidente Bolsonaro, o ministro da Justiça Sérgio Moro, o chefe da GSI general Heleno e, agora, também o general Braga Neto, o novo chefe da Casa Civil. Todos sabem o que aconteceu no “verão passado”, casaram suas fichas na mesa e buscam um “freio de arrumação”.
De um lado, denúncias e comportamentos evidenciam cada vez mais o compromisso do clã Bolsonaro com as milícias, ao que parece de todo o Brasil. Do ponto de vista de governo, a economia entrou janeiro em desaceleração, esfriando as expectativas do “mercado” e da mídia rentista. Por outro lado, o alinhamento servil ao “American First” de Donald Trump não rendeu negócios, investimentos ou novos mercados.
Por sua vez, o risco da associação e do comprometimento do Exército com um governo miliciano parece preocupar setores militares. Afastar a instituição de seu papel constitucional, romper com a hierarquia e a disciplina e submeter o Exército ao papel de guarda pretoriana não costuma ter final feliz. Apoiar a política privatista e desnacionalizante de Bolsonaro-Guedes só piora a situação da instituição.
Acuado e vulnerável, Bolsonaro aposta em transformar o Brasil num Haiti e produzir uma nova operação “Punho de Ferro”, agora contra o povo brasileiro. O discurso da Paulista, do “banho de sangue”, não saiu da pauta de Bolsonaro e se expressa cotidianamente em suas ações. Para isso, insuflam as milícias, com o silêncio comprometedor de Sérgio Moro e a conivência irresponsável do ministro da Defesa.
O capitão incendiário, afastado do Exército, e o ex-ajudante de ordens do general Silvio Frota, são faces da mesma moeda. São derrotados, primeiro pelo general Ernesto Geisel, e depois pelo povo nas ruas, na campanha das Diretas Já, que sepultou mais de 20 anos de ditadura. Além dos porões, o que os aproxima é o desrespeito às instituições, à democracia, aos interesses nacionais e um profundo ódio ao povo brasileiro.
Os novos fatos são por demais óbvios e já não mais permitem que as instituições sejam coniventes com os ataques à democracia. O presidente da República, acenando com o “apoio” do Exército, está confrontando o Congresso Nacional, eleito pelo voto popular. Ou a sociedade, as demais instituições, e os próprios parlamentares reagem à altura da provocação golpista, ou pagarão o preço definitivo pela covardia política.
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