Por Caio Teixeira, em seu blog:
Os governantes brasileiros sucumbiram à força dos mercadores da morte e atenderam aos apelos do Deus mercado, o único que está realmente acima de todos, acima da vida e da morte. A suspensão do confinamento social que se espalha pelo Brasil vai matar milhares de pessoas com certeza e isto não é especulação, são fatos que nenhuma reza vai evitar. É a realidade na China, na Itália, na Espanha, no Irã, na França, na Inglaterra e se espalha agora por toda a Europa.
Os governantes brasileiros sucumbiram à força dos mercadores da morte e atenderam aos apelos do Deus mercado, o único que está realmente acima de todos, acima da vida e da morte. A suspensão do confinamento social que se espalha pelo Brasil vai matar milhares de pessoas com certeza e isto não é especulação, são fatos que nenhuma reza vai evitar. É a realidade na China, na Itália, na Espanha, no Irã, na França, na Inglaterra e se espalha agora por toda a Europa.
É realidade nos EUA que diante da irresponsabilidade de Trump, imitada cegamente pelo seu fantoche que nos governa, já caminha veloz para ultrapassar de longe a China e a Europa em casos e mortes, e opta pelo caminho oposto ao único que se mostrou eficaz na Ásia. Nova Iorque já é quase uma Itália, não há mais leitos em hospitais, não há mais respiradores, as pessoas estão morrendo em número crescente e acelerado. É uma realidade mortal e caótica, independente da ideologia dos governos.
É caos que, no entanto, pode ser contornado como na China que depois do susto inicial tomou todas as medidas necessárias para conter a epidemia sem poupar recursos financeiros nem se preocupar com a “economia” que parou completamente por quase dois meses. Pode ser melhor contornado ainda como em Singapura e Coréia do Sul, onde a partir da experiência chinesa, oportunas e duras medidas de confinamento social e monitoramento intensivo dos casos e testes em massa conteve a epidemia antes que ela chegasse a níveis incontroláveis. Pode ser contornado como na Inglaterra e na Alemanha que tomam medidas governamentais drásticas de confinamento preservando tanto vidas quanto empresas.
A Itália e outros países que nada fizeram no início e perderam o controle, agora enterram seus pais, mães, avós. Enterram junto os filhos, irmãos, irmãs, parentes e amigos de qualquer idade cardíacos, diabéticos, ou portadores de enfermidades crônicas. A irresponsabilidade de governos que se dobram à pressão do dinheiro abrevia violentamente a vida de pessoas que são consideradas pelos economistas liberais um peso para o sistema econômico, para a previdência social, para os sistemas de saúde.
Para eles parece que o vírus é um alívio e uma solução de assepsia social pois livrará a sociedade desses pesos mortos que compõem os grupos de risco e que não produzem mais, esses parasitas sustentados pelo Estado. Poderão então transferir os recursos públicos economizados com os mortos para quem realmente move o mundo: os bancos, o mercado de capitais, as megacorporações cujos rostos se escondem atrás de “sociedades anônimas”.
Talvez alguns acordem quando já for tarde demais, quando a morte chegar inevitável às suas próprias famílias e nem suas costumeiras propinas forem capazes de conseguir uma vaga numa UTI, pois elas foram eliminadas pelas políticas de contenção de gastos públicos criadas por eles. Além disso, haverá tamanha concorrência no mercado de propinas que só alguns conseguirão êxito no empreendimento.
Não estou rogando praga. Não acredito nessas coisas. Estou olhando a realidade ao redor com olhos abertos. O vírus não é de esquerda nem de direita. Ele mata a todos sem distinção e todos sabem disso, em especial os que optam pelo mercado e não pelas vidas das pessoas. A omissão consciente que mata é igual a um tiro a sangue frio no coração de inocentes. Não tem perdão. É crime hediondo. Os responsáveis pagarão de uma forma ou de outra.
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