Por Antonio Barbosa Filho, em seu blog:
Grupos de extrema-direita na internet que há anos pregam a violência contra entidades, instituições e pessoas que defendem a Democracia ou qualquer tom de socialismo, estão apavorados com o surgimento de grupos Antifa (anti-fascistas) dispostos a enfrentá-los nas ruas e nas redes sociais. Nos seus muitos sites e canais na internet, os fascistas nativos reclamam que não podem mais sair às ruas devido a presença cada vez maior de grupos de jovens que impedem suas marchas e pregação de ódio.
A primeira reação popular contra o avanço até então impune dos grupelhos de extrema-direita surpreendeu a muita gente, porque não partiu de partidos de esquerda ou agremiações sindicais: foram as torcidas organizadas (por iniciativa dos torcedores do Corinthians), que ocuparam a Av. Paulista, em São Paulo, e barraram o caminho de uma manifestação radical de direitistas, olavistas e bolsominions, já habituados a achar que as ruas lhes pertenciam. Achavam que a esquerda ficaria em casa, pelos riscos de aglomerações durante a pandemia do coronavírus. A partir daquele revés, as manifestações financiadas dos fascistas e saudosos da ditadura militar encolheram ao mínimo. Ao mesmo tempo, o Supremo Tribunal Federal começou a investigar os núcleos anti-Democracia, chegando a prender alguns de seus líderes e a identificar seus patrocinadores.
"A luta antifascista é um conjunto de práticas e saberes que, ao se lançar em ação contra qualquer pessoa, grupo, conduta ou ação que remeta ao fascismo (numa concepção atualizada do termo), impede que este volte a se tornar dominante e majoritário, como foi na primeira metade do século XX" - afirma a introdução do livro "Antifa - Manual Antifascista" , do militante e historiador norte-americano Mark Bray, já lançado no Brasil.
A primeira reação popular contra o avanço até então impune dos grupelhos de extrema-direita surpreendeu a muita gente, porque não partiu de partidos de esquerda ou agremiações sindicais: foram as torcidas organizadas (por iniciativa dos torcedores do Corinthians), que ocuparam a Av. Paulista, em São Paulo, e barraram o caminho de uma manifestação radical de direitistas, olavistas e bolsominions, já habituados a achar que as ruas lhes pertenciam. Achavam que a esquerda ficaria em casa, pelos riscos de aglomerações durante a pandemia do coronavírus. A partir daquele revés, as manifestações financiadas dos fascistas e saudosos da ditadura militar encolheram ao mínimo. Ao mesmo tempo, o Supremo Tribunal Federal começou a investigar os núcleos anti-Democracia, chegando a prender alguns de seus líderes e a identificar seus patrocinadores.
"A luta antifascista é um conjunto de práticas e saberes que, ao se lançar em ação contra qualquer pessoa, grupo, conduta ou ação que remeta ao fascismo (numa concepção atualizada do termo), impede que este volte a se tornar dominante e majoritário, como foi na primeira metade do século XX" - afirma a introdução do livro "Antifa - Manual Antifascista" , do militante e historiador norte-americano Mark Bray, já lançado no Brasil.
Neste quadro, caiu muito mal na opinião pública progressista brasileira (como demonstra a recente pesquisa do Datafolha que indica que 75% dos brasileiros preferem a Democracia, enquanto cerca de 15% dizem querer uma nova ditadura), a declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de que devemos ter "tolerância" com Bolsonaro, que vive pregando a violência e instigando seus apoiadores mais radicais. Caso não houvesse resistência muito forte dos setores democratas da sociedade e até dos militares acomodados em seus cargos civis e aumentos de salários, Bolsonaro já teria dado um auto-golpe, fechando os demais Poderes, os partidos de esquerda, censurado a Imprensa e se tornado um ditador imposto pelas armas.
Segundo este livro e vários outros publicados recentemente diante do avanço da extrema-direita (nos EUA chamada de alt-right, ou seja, uma direita alternativa aos conservadores e liberais que aceitam o jogo democrático), o Fascismo não morreu com Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e outros ditadores típicos. Ele é "um movimento trans-histórico, de práticas de extrema-direita que combinam o nacionalismo, a supremacia branca e a misoginia" (prevalência dos homens brancos sobre as mulheres e qualquer outra opção sexual). Para enfrentá-lo, os Antifas devem usar "uma pluralidade de táticas e que não se resumem ao confronto físico, mesmo sem descartá-lo nem mesmo repudiá-lo"
O modelo fascista brasileiro é igual ao de sempre
Os fascistas da Alemanha e da Itália, entre outros do século passado, seguiram o mesmo roteiro hoje copiado pelos neofascistas, inclusive Bolsonaro e seus generais: "ocuparam o governo pelas vias legais e democráticas; as lideranças políticas e os teóricos demoraram a levar a sério a ameaça fascista; os dirigentes da esquerda foram mais lentos que suas bases em contra-atacar a ameaça fascista; o fascismo se valeu da apropriação de estratégias e do imaginário de esquerda para seduzir as massas; por fim, não são necessários muitos fascistas para que a intensificação do terror de Estado (marca distintiva do fascismo como regime político) se instale no governo".
Tudo isso aconteceu no Brasil, e continuará acontecendo se não houver um enfrentamento ao verdadeiro perigo. Bolsonaro não desistirá de dar o seu golpe e já anunciou publicamente que não aceitará outro resultado da eleição prevista para 2022 que não seja a sua vitória. Se mudou um pouco seu discurso agressivo depois da prisão de seu amigo e tesoureiro da família, de elemento de sua ligação com o crime organizado no Rio de Janeiro, isso não foi por mudar de convicções totalitárias. Tão logo a sociedade e as instituições relaxem seu combate, ele voltará ao ataque.
Portanto, o caminho tem que ser de enfrentamento, denúncia constante dos crimes contra a Nação e nosso Povo, e a organização da sociedade inteira para não apenas resistir passivamente, mas atacar o Fascismo em todas as suas manifestações, por todos os métodos, de preferência pacíficos, mas jamais covardes.
Segundo este livro e vários outros publicados recentemente diante do avanço da extrema-direita (nos EUA chamada de alt-right, ou seja, uma direita alternativa aos conservadores e liberais que aceitam o jogo democrático), o Fascismo não morreu com Hitler, Mussolini, Franco, Salazar e outros ditadores típicos. Ele é "um movimento trans-histórico, de práticas de extrema-direita que combinam o nacionalismo, a supremacia branca e a misoginia" (prevalência dos homens brancos sobre as mulheres e qualquer outra opção sexual). Para enfrentá-lo, os Antifas devem usar "uma pluralidade de táticas e que não se resumem ao confronto físico, mesmo sem descartá-lo nem mesmo repudiá-lo"
O modelo fascista brasileiro é igual ao de sempre
Os fascistas da Alemanha e da Itália, entre outros do século passado, seguiram o mesmo roteiro hoje copiado pelos neofascistas, inclusive Bolsonaro e seus generais: "ocuparam o governo pelas vias legais e democráticas; as lideranças políticas e os teóricos demoraram a levar a sério a ameaça fascista; os dirigentes da esquerda foram mais lentos que suas bases em contra-atacar a ameaça fascista; o fascismo se valeu da apropriação de estratégias e do imaginário de esquerda para seduzir as massas; por fim, não são necessários muitos fascistas para que a intensificação do terror de Estado (marca distintiva do fascismo como regime político) se instale no governo".
Tudo isso aconteceu no Brasil, e continuará acontecendo se não houver um enfrentamento ao verdadeiro perigo. Bolsonaro não desistirá de dar o seu golpe e já anunciou publicamente que não aceitará outro resultado da eleição prevista para 2022 que não seja a sua vitória. Se mudou um pouco seu discurso agressivo depois da prisão de seu amigo e tesoureiro da família, de elemento de sua ligação com o crime organizado no Rio de Janeiro, isso não foi por mudar de convicções totalitárias. Tão logo a sociedade e as instituições relaxem seu combate, ele voltará ao ataque.
Portanto, o caminho tem que ser de enfrentamento, denúncia constante dos crimes contra a Nação e nosso Povo, e a organização da sociedade inteira para não apenas resistir passivamente, mas atacar o Fascismo em todas as suas manifestações, por todos os métodos, de preferência pacíficos, mas jamais covardes.
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