Por Jose Cassio, no Diário do Centro do Mundo:
Chefes militares consultados pelos ex-presidentes Sarney, Temer, Collor, FHC e Lula afastaram a hipótese de Bolsonaro contar com insubordinação nas forças e bancar o golpe, mesmo admitindo que essa é a intenção do sujeito.
Neste caso, o temor responde por Polícia Militar.
É nas PMs que está o risco de rompimento da cadeia de comando. A preocupação é tanta que os militares estão monitorando.
Nas Forças, o alinhamento dos comandantes da Marinha, almirante Almir Garnier, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, com Bolsonaro, e ainda o fato dos oficiais terem se unido ao mandatário no que se convencionou chamar de “partido militar” incomoda, mas não gera maiores preocupações, segundo o Estadão.
A reportagem mostra quem são os interlocutores dos ex-presidentes com os militares e assegura que Exército não vai entrar numa quartelada de republiqueta.
Entre os presidentes vivos, a única que não participa dos diálogos é Dilma, por causa da Comissão da Verdade.
Quem você chutaria como o protagonista da cena civil? Se foi Temer acertou em cheio.
O relacionamento do general Hamilton Mourão, vice-presidente, está péssima com Jair Bolsonaro.
E isso envolve a proximidade do general com o atual presidente do TSE, Luis Roberto Barroso.
Mourão com Barroso magoa Bolsonaro
Essa crise permanente atingiu um dos piores momentos nas últimas semanas. Bolsonaro se sentiu traído ao descobrir pela imprensa que seu vice havia se encontrado às escondidas com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, um dos seus principais desafetos e contra quem ele promete apresentar um pedido de impeachment no Senado.
Encontro que irritou o presidente por pouco não ocorreu. Um interlocutor já havia tentado agendá-lo, mas, inicialmente, Barroso resistia.
Cenário só mudou quando os tanques foram para a rua: ao saber que Bolsonaro havia convocado seus ministros para acompanhar um desfile de veículos militares na Esplanada dos Ministérios, no último dia 10, horas antes de a Câmara derrotar a proposta de voto impresso, uma das principais bandeiras bolsonaristas, Barroso, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou atrás e pediu para o amigo em comum marcar a conversa com Mourão.
* Com informações da reportagem de O Globo.
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