Por João Guilherme Vargas Netto
Quero registrar algumas vitórias recentes dos trabalhadores em sua luta sindical: a greve de 16 dias dos metalúrgicos da Renault, no Paraná, a laboriosa articulação dos frentistas no Congresso Nacional e nos tribunais evitando a extinção de sua categoria, as negociações vantajosas dos metalúrgicos da Caoa Chery garantindo benefícios aos demitidos e a greve de um dia dos motoristas e cobradores na cidade de São Paulo.
Foram todas vitórias maiúsculas, apesar das dificuldades e confirmam o lema de que “quem luta, vence”.
Mas a maior vitória do movimento sindical no primeiro semestre de 2022 foi a realização, com êxito, da Conclat que aprovou e divulgou a pauta unitária da classe trabalhadora que já está sendo incorporada nas diretrizes políticas dos partidos de oposição e reforçando a vontade de mudança e a esperança de sua realização.
Agora, alguns sindicatos têm organizado campanhas para a antecipação de suas datas-bases, vinculando-as à luta contra a carestia e miséria.
O grande fundamento da justeza desta reivindicação é o fato incontestável de que os reajustes ocorridos no segundo semestre do ano passado, com base no INPC, já foram consumidos pelo escandaloso aumento do custo de vida, em índices duas ou três vezes maiores que aquele, principalmente no que se refere à alimentação e à cesta básica. Além disto estas campanhas de mobilização aproximam os dirigentes dos sindicatos das bases representadas, dando a ambos condições de plantar – nos corações e mentes – a pauta da Conclat.
É a grande contribuição sindical, por ora, na luta do povo brasileiro esperançoso de mudanças.
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