quarta-feira, 5 de março de 2014

Os gastos com a Copa e com os juros

Por Altamiro Borges

Alguns “calunistas” da mídia têm defendido abertamente a realização de protestos durante os jogos da Copa do Mundo no Brasil. Agitadores de ocasião, eles nem disfarçam que apostam na desestabilização política com propósitos eleitoreiros – talvez como única forma de pavimentar uma candidatura de direita no segundo turno no pleito de outubro. No campo popular também há setores de oposição que adotaram a bandeira do “Não vai ter Copa”, mas com propósitos distintos – contra os gastos públicos excessivos no torneio e contra as desapropriações de imóveis nas proximidades dos estádios, entre outros. Para ambos, porém, vale a pena ler um estudo publicado na semana passada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).

Os sonegadores irão para a Papuda?

Por Altamiro Borges

Estudo do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda (Sinprofaz) divulgado na semana passada revelou que a sonegação de impostos em 2013 atingiu a soma de R$ 415 bilhões. Ainda segundo a pesquisa, todos os tributos não pagos, inscritos na Dívida Ativa da União, ultrapassaram R$ 1 trilhão e 300 milhões. Com esta grana, o Brasil teria condições de enfrentar os graves problemas nas áreas da saúde, educação e mobilidade urbana, entre outros. Mas os empresários e os ricaços, os principais sonegadores, preferem criticar o “impostômetro” – até como forma de ocultar o criminoso “sonegômetro”. Eles sabem que nunca irão para o presídio da Papuda nem serão alvos da escandalização da mídia – até porque a Rede Globo ainda não mostrou o Darf do pagamento do seu calote.

O homem da máscara de ferro do PSDB

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os elogios a presença de Fernando Henrique Cardoso na campanha de Aécio Neves ameaçam transformar o ex-presidente numa versão tropical do Homem da Máscara de Ferro.

Personagem de uma lenda política da França do século XVII que acabou transplantada para um episódio dos Três Mosqueteiros, a estória diz que o Luís XIV tinha um irmão gêmeo. Para evitar que ele resolvesse lutar pelo trono, o Rei Sol resolveu trancafiá-lo em masmorras impenetráveis e sombrias, escondendo sua verdadeira identidade com uma máscara de ferro que mal lhe permitia respirar ou se alimentar.

EUA tentam desestabilizar a Venezuela

Por Garry Leech, do Counterpunch, no blog Viomundo:


Tanto os protestos organizados quanto os problemas econômicos contra os quais os manifestantes protestam parecem ter sido orquestrados pela oposição com o objetivo de desestabilizar o país e derrubar o governo. Incapaz de ganhar o poder através do voto, a oposição venezuelana voltou-se para meios inconstitucionais para derrubar o presidente Nicolas Maduro.

Chico Buarque e as redes sociais

Hugo Chávez está presente

Editorial do sítio Vermelho:

Há precisamente um ano falecia o comandante Hugo Chávez Frias, presidente da República Bolivariana da Venezuela. Uma morte prematura, aos 59 anos incompletos e quando ele se encontrava no auge da sua maturidade como líder político e chefe de Estado. O desaparecimento físico de Hugo Chávez ainda hoje é sentido com dor e consternação pelo povo venezuelano, os demais povos latino-americanos e de todo o mundo.

Oposição quer "sangrar" Maduro

Por Diego Sartorato, na Rede Brasil Atual:

Os violentos protestos de rua e o boicote ao abastecimento de alimentos na Venezuela não têm necessariamente o objetivo final de criar condições para um golpe contra o presidente Nicolás Maduro, mas sim de criar um descontentamento popular que dure até 2016, quando será possível convocar um referendo para manter ou dispensar o atual governo. O mecanismo, chamado referendo confirmatório (ou revogatório), só pode ser utilizado na metade do mandato do presidente, e foi incluído na Constituição por reforma promovida pelo ex-presidente Hugo Chávez em 2005.

Quando Hugo Chávez morreu

Por Marina Terra, no sítio Opera Mundi:
O dia 5 de março de 2013 começou agitado. Apesar de o estado de saúde de Hugo Chávez estar cercado de incertezas e especulação desde o embarque do presidente venezuelano para Cuba, em 9 de dezembro do ano anterior, a movimentação dos ministros e de Nicolás Maduro demonstravam que algo estava errado. As reuniões a portas fechadas e os boatos em torno delas alimentaram dezenas de ligações minhas para jornalistas em Caracas e em São Paulo em busca de informações.

Por que o Brasil cresce 2%?

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

Há muitos motivos. Desde o ambiente pessimista criado pela grande mídia familiar até diálogos “desalinhados” entre o governo e empresários. Deve-se, contudo, buscar identificar o principal, o secundário e o pouco relevante. Qualquer economia de mercado tem o seu crescimento explicado por fatores externos e fatores internos. Atribuir o modesto crescimento dos últimos três anos exclusivamente ao desaquecimento da economia mundial é uma análise com viés e incompleta. É enviesada do ponto de vista político e incompleta do ponto vista técnico.

Os filhotes da reação na Venezuela

Por Luis Hernández Navarro, no sítio Carta Maior:

Lorent Saleh é um jovem venezuelano de 25 anos, de língua flamejante, que estudou comércio exterior. É uma das cabeças visíveis da coalizão para derrubar o presidente Nicolás Maduro. Ele dirige a Organização Operação Liberdade, que aponta o castro-comunismo cubano como o principal inimigo da Venezuela.

O Brasil é o paraíso dos milionários

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Todo dia tem alguém reclamando dos altos impostos no Brasil.

E são mesmo, para a classe média e para os pobres.

Mas para os muito ricos, ah, é o paraíso.

Mas, de tanto a nossa mídia repetir, passamos a acreditar que o imposto é alto para todo mundo.

A reportagem que nunca foi escrita

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:
 

O noticiário policial dos jornais paulistas tem registrado, nos últimos dias, uma frequência preocupante de episódios de depredações e ataques em cidades do interior. Os incidentes têm sido vinculados, ainda que indiretamente, à decisão de colocar sob regime de isolamento os líderes da facção criminosa chamada Primeiro Comando da Capital, que cumprem penas em presídios de segurança máxima.

As semelhanças entre 1964 e 2014

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Santos Vahlis, hoje em dia, é mais conhecido pelos edifícios que deixou no Rio de Janeiro e pelas festas que proporcionou nos anos 50. Foi um dos grandes construtores do bairro de Copacabana.

Venezuelano, mudou-se para o Brasil, trabalhou com a importação de gasolina e tentou se engatar nas concessões de refinarias no governo Dutra. Foi derrotado pela maior influência dos grupos cariocas já estabelecidos.

Aécio e Campos empacam na mesmice

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Levado às últimas consequências, o tal pacto de não agressão firmado entre Aécio Neves e Eduardo Campos, ainda no ano passado, pode ser uma das razões para explicar porque, pesquisa após pesquisa, os dois continuam empacados no mesmo lugar, enquanto a presidente Dilma, candidata à reeleição, segue liderando a corrida só voando no piloto automático.

terça-feira, 4 de março de 2014

Bela homenagem a Hugo Chávez

Dilma, Lula e as intrigas da mídia

Por Altamiro Borges

Nem a ombudswoman da Folha, Suzana Singer, aguentou tantas futricas e intrigas para jogar Dilma Rousseff contra Lula. Nos últimos dias, vários “calunistas” de aluguel do tucanato destilaram veneno para inventar uma grave crise entre a presidenta e o ex-presidente. Talvez movidos pelas recentes pesquisas, que apontam a possibilidade de reeleição de Dilma Rousseff já no primeiro turno em outubro próximo, eles resolveram jogar na divisão do campo governista. A Folha tucana liderou a campanha de fofocas, o que levou sua ombudswoman a criticar a cobertura. Para ela, o jornal abusou de declarações “off the record”, com base no anonimato e no sigilo da fonte, para instigar a cizânia. Vale conferir o seu artigo:

As piores audiências da TV Globo

Por Altamiro Borges

O insuspeito Ibope – que o blogueiro Paulo Henrique Amorim apelidou certeiramente de Globope – trouxe péssimas notícias para a Rede Globo nos últimos dias. Segundo a sua sondagem, o programa Fantástico de domingo (2) registrou a sua pior audiência da história na região metropolitana de São Paulo. “Ele gravou 15 pontos, batendo o recorde negativo anterior, de 15,9, em 27 de outubro. No Carnaval de 2013, o Fantástico marcou 17 pontos.”, informa o sítio especializado “Notícias da TV”, editado por Daniel Castro. Mas esta não foi a única atração da TV Globo a sofrer baixa. Os telejornais e até as novelas estão em declínio. Apesar da queda de audiência, porém, as Organizações Globo continuam abocanhando boa parte dos bilionários recursos em publicidade.

Roberto Jefferson, o “bom ladrão”




Por Altamiro Borges

Parte da imprensa sempre torceu por Roberto Jefferson, o delator do chamado “mensalão petista”. O vídeo acima, da caricata Rachel Sheherazade, é apenas a expressão mais grotesca desta torcida. O que ela afirma – que o ex-deputado é um “bom ladrão” e merecia uma “medalha de honra ao mérito” – é o que a maioria dos “calunistas” da velha mídia pensa, mas não tem coragem de explicitar. Reinaldo Azevedo, o pitbull da Veja, até chegou a questionar se sua prisão foi justa. Para ele, Jefferson prestou um serviço ao país ao “expor as vísceras tanto de um modo de fazer política como de um partido político: o PT”. O ódio aos governos Lula e Dilma explica a complacência com que a mídia trata o ex-deputado, mesmo quando surgem novas denúncias de corrupção envolvendo o seu nome.

Julgamento do mensalão começa a ruir

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A cada dia que passa avolumam-se os indícios de que, como em uma espécie de reação biológica a infecções, a sociedade e as instituições democráticas vão rejeitando, pari passu com o mundo jurídico e com as instituições (imprensa incluída), os abusos e as ilegalidades perpetrados ao longo do julgamento da Ação Penal 470, vulgo julgamento do mensalão.

"Mídia traz uma Venezuela caricata"

Por Valéria Nader, no sítio Correio da Cidadania:

Acompanhar o noticiário internacional é sempre uma experiência que demanda discernimento – afinal, trata-se de notícias que vêm de longe e que, além de obviamente sujeitas ao viés analítico e ideológico do órgão de comunicação que as irradia, são relativas a fatos não vivenciados no dia a dia do público leitor. No Brasil, precisa-se de bem mais que discernimento para passar por esta experiência – muita desconfiança e dois pés pra trás talvez não deem conta da tarefa, especialmente se estão em foco países que tomaram um rumo que fuja minimamente ao que determina o mainstream.