domingo, 27 de maio de 2018

Parente e os tubarões que rapinam Petrobras

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

"Mexer com o preço do óleo diesel é muito diferente de mexer com o preço de um picolé de sorvete", afirma o professor Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos principais economistas do país, com uma obra fundamental sobre as idas e voltas da economia brasileira nas últimas décadas.

Explicando a diferença: enquanto uma alta no preço do picolé tem um impacto limitado ao bolso dos consumidores e produtores envolvidos na fabricação e compra de uma ótima sobremesa de verão, o preço do diesel envolve a economia de um país inteiro, como os 210 milhões de brasileiros puderam experimentar nesses dias.

A Petrobras é a raiz do golpe

Por André Araújo, no Jornal GGN:

Não há nenhuma grande petrolífera estatal à venda no mundo e elas são 13 das 20 maiores empresas globais de petróleo. Especialmente não há nenhuma estatal petroleira à venda com grandes reservas de petróleo. É muito menos há estatais à venda com reservas de petróleo no Hemisfério Ocidental.

Nesse sentido a Petrobras é única. Não só tem as reservas como tem os meios de extrai-la já prontos, ganha-se três anos que levaria para explorar um campo virgem. Nesse quadro a Petrobras é o objetivo estratégico numero 1 na área de petróleo, especialmente com a elevação do nível de conflitos no Oriente Médio. Nada melhor que um governo frágil para permitir a execução desse projeto de privatização que já começou com a venda de ativos estratégicos da empresa, como oleodutos e a BR Distribuidora, já se anuncia a venda de refinarias, uma empresa em liquidação, a venda final será do pré-sal.

Blogueiros discutem o cenário político


“É muito importante que estejamos realizando esse evento numa conjuntura como a atual. Não tivemos nenhum apoio institucional, mas este debate não poderia deixar de ser feito”. Dessa forma, Altamiro Borges, presidente do centro de estudos da mídia alternativa Barão de Itararé, abriu o 6o Encontro Nacional de Blogueir@s e Ativistas Digitais, realizado na capital São Paulo nesta sexta (25) e sábado (26).

Greve dos caminhoneiros requer diálogo

Editorial do site Vermelho:

O governo do desgastado e impopular Michel Temer só existe para os muito ricos beneficiados pela política econômica imposta ao país desde o golpe de 2016.

A demonstração prática mais visível, nesta semana, da incúria desse governo que não cuida dos interesses do povo e do país, é a greve dos caminhoneiros que, desde a segunda feira (21), afeta a todos os setores da vida nacional, as grandes cidades, os aeroportos e a vida dos brasileiros de maneira geral.

Temer sem forças no Congresso e nas ruas

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

A continuação da paralisação dos caminhoneiros não deixou apenas o governo perdido em relação a seu poder de articulação feito como mostrou também que Michel Temer possui uma base aliada no Congresso Nacional completamente rachada e sem condições de brigar pela votação de matérias de interesse do Executivo, conforme avaliação de parlamentares e cientistas políticos.

O personagem que exemplifica essa situação é o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deu sinais de uma nova postura diante do Palácio do Planalto na crise dos caminhoneiros.

O princípio Lula: democracia e eleições

Por Marcia Tiburi, na revista Cult:

Falar de democracia no Brasil hoje significa, mais do que nunca, falar de um espectro.

Desde o final dos anos 80, com a chamada Abertura, vivemos dentro de uma espécie de bolha democrática que foi furada pelo Golpe. A partir de então, a fragilidade da redemocratização formal que vivíamos veio à tona e, como aquela energia elétrica que falta, a urgência e a importância de democracia apareceu mais radicalmente. Se de um lado ela é frágil e precária, de outro a democracia é uma forma aberta que requer reinvenção. Como cidadãos, seguimos nessa linha.

Os estertores do governo Temer

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O que o Brasil viveu nestes cinco dias não será esquecido. Os custos ainda são inestimáveis mas nenhuma outra greve foi tão onerosa, afetou tão largamente a população e tantos setores da economia. Imagens como as de hectolitros de leite derramado ou de frangos se devorando calaram fundo. Greve ou locaute, agora o governo foi a nocaute. No rescaldo político, vem aí o fogo alto do Congresso contra Temer, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e sua política de preços. Como atravessar os sete meses que restam? Esta é a questão.

Petroleiros vão à greve para baixar preços

Do site da FUP:

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados convocam a categoria petroleira para uma greve nacional de advertência de 72 horas. Os trabalhadores do Sistema Petrobrás iniciarão o movimento a partir do primeiro minuto de quarta-feira, 30 de maio, para baixar os preços do gás de cozinha e dos combustíveis, contra a privatização da empresa e pela saída imediata do presidente Pedro Parente, que, com o aval do governo Michel Temer, mergulhou o país numa crise sem precedentes.

sábado, 26 de maio de 2018

BlogProg discute como "barrar o golpe”

Foto: Tuane Fernandes
Por Anderson Bahia, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Em sua 6° edição, o Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais voltou às origens. Mais especificamente, ao auditório do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, localizado no centro da capital paulista, onde foi realizado o primeiro evento. Oito anos depois, aproximadamente 135 pessoas compareceram ao local para conferir, nessa sexta (25), a abertura da atividade, que contou com a presença da líder indígena Sônia Guajajara, de Marcio Pochmann (Fundação Perseu Abramo) e de André Tokarski (PCdoB).

O Jornal Nacional ainda engana alguém?

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

Fui tentar descobrir a razão da hashtag #JornalNacional estar entre as mais citadas no Brasil na noite de sexta-feira (25/05). Vejam o que encontrei:

Pedro V.
Nem a previsão do tempo do jornal nacional é verdadeira #JornalNacional

RBS:
Até ontem vivíamos no paraíso, mas hoje devido aos caminhoneiros vivemos no meio do caos, é isso que o Jornal Nacional mostrou hoje. Foi patético ver ônibus lotados, eu enfrento isso sempre e a culpa não é dos caminhoneiros. Levanto às 5 h para ir trabalhar e a culpa não é deles também

País cava o fundo do poço da depressão

Por João Sicsú, na revista CartaCapital:

O Brasil mergulhou em uma profunda recessão nos anos de 2015 e 2016, perdeu mais de 8% do tamanho do seu PIB. O desemprego disparou, são quase 14 milhões de desocupados. A falta de demanda por produtos e serviços é prolongada. A taxa de crescimento dos investimentos é negativa desde 2014. O país tem características semelhantes àquelas que a economia norte-americana enfrentou durante os anos 1930.

Justiça solta assassino de Dorothy Stang

Do jornal Brasil de Fato:

O fazendeiro Regivaldo Galvão, preso desde 2017 pelo assassinato da missionária Dorothy Stang, recebeu o benefício de um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (24).

Stang foi morta a tiros no dia 12 de fevereiro de 2005 no município de Anapu, no Pará. A promotoria do Estado afirma que a missionária foi morta em retaliação por seu trabalho em defesa da criação de assentamentos para trabalhadores rurais em terras públicas, reivindicadas também por fazendeiros e empresas madeireiras da região.

Ação de Temer é o combustível para o caos

Por Luciana Santos

Estamos diante de um acontecimento desastroso para o país. Mais um grande apagão comandado por Pedro Parente, a mesma figura que foi responsável pelo apagão energético no início dos anos 2000, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, e que atualmente é o presidente da Petrobras.

Nós estamos vendo uma paralisia dos serviços no país. Em tudo quanto é cidade filas quilométricas nos postos de gasolina e os vários impactos disso na vida do cidadão, do trabalhador comum que está diretamente afetado no seu direito de ir e vir.

Globo agora pede “responsabilidade”?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Depois de três dias açulando a população com os efeitos do bloqueio de rodovias, provocando corridas aos postos de combustíveis, as Organizações Globo, assustada com o descontrole da situação, sai-se, agora, com editorial, na capa do site do jornal O Globo, dizendo que “agora a situação começa a ultrapassar limites perigosos“.

Dois anos de Temer e nada para celebrar

Por Eric Nepomuceno, no site Carta Maior:

No dia 12 de maio o Brasil viveu o dia em que o golpe institucional que instalou Michel Temer no escritório presidencial cumpriu dois anos.

Até agora, ele era uma figura um tanto obscura, cuja carreira de deputado se resumiu basicamente a um certo talento em articular alianças, e outro maior ainda para operar o balcão negócios no qual se baseia o sistema político brasileiro. Exatamente por sua habilidade em articular e controlar a maior parte do seu partido, o PMDB, ele foi indicado por Lula da Silva para ser o vice de Dilma Rousseff em duas eleições seguidas. Entretanto, em vez de usar essa experiência acumulada para assegurar maioria no Congresso, como fez no primeiro mandato da presidenta traída, optou por empregá-la na construção de um golpe institucional.

A comunicação em tempos de retrocesso

O cenário político e a blogosfera

sexta-feira, 25 de maio de 2018

O caos se alastra no Brasil desgovernado

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

A turma dos patos amarelos e das camisas da CBF queria tanto o Brasil de volta que eles conseguiram.

Conseguiram quebrar e parar o país que já estava na banguela, passando vergonha há dois anos.

No quarto dia de locaute dos caminhoneiros, o caos se alastra pelas cidades e nos campos, nos portos e aeroportos, nos supermercados e nas fábricas, nas filas de ônibus e nas estradas, por toda parte.

Em 2013, os rebelados insuflados pela mídia e “movimentos apartidários” saíram às ruas por causa do aumento de 20 centavos nas tarifas de ônibus urbanos e, dois anos depois, para pedir o impeachment de Dilma.

Temer e as escolhas que matam

Por Clemente Ganz Lúcio, no site Brasil Debate:

As crises econômicas e as recessões são fenômenos que atormentam as sociedades nesses dois séculos de capitalismo. Causas diversas estão na origem de cada crise e podem ser tratadas de formas diferentes, conforme as distintas correntes de pensamento econômico. O debate acompanha as escolhas de políticas econômicas dos governos e as decisões de empresas, investidores, bancos, entre outros. As sociedades assistem, às vezes participam, mas sempre sofrem as consequências das crises e das medidas tomadas para enfrentá-las. Desdobramentos assombrosos, como guerras, conflitos sociais, empobrecimento e miséria, desemprego, arrocho salarial e fome tecem a teia de mazelas que une cada contexto histórico específico.

Parente e Miriam Leitão mandam na Petrobras